Fama - Teoria Org, Contratos
Por: Emalina • 28/4/2018 • Seminário • 268 Palavras (2 Páginas) • 129 Visualizações
O tema governança corporativa tem-se tornado
importante nos últimos anos, porque com a
evolução das organizações houve a separação entre
a propriedade e o controle e, com isso, os interesses
dos proprietários/acionistas foram, muitas vezes,
prejudicados, em virtude da divergência entre os
seus interesses e os dos dirigentes. Os estudos sobre
esse tema vêm ganhando espaço desde a publicação
de The modern corporation and private property
por Berle e Means (1988), tendo expandido-se
consideravelmente nas últimas décadas como
conseqüência de escândalos financeiros em
empresas de diversos países desenvolvidos, entre os
quais os casos EnronCorp, WorldComInc e
Parmalat, amplamente discutidos tanto na mídia
geral quanto no contexto acadêmico.
Esses eventos revelaram a fragilidade dos
sistemas de governança corporativa, até mesmo
daqueles considerados eficientes, como o sistema
anglo-saxão. Estudos anteriores, como o de La
Porta et al. (1998, 2000), mostraram que a origem
do sistema legal exerce influência sobre a eficiência
do sistema de governança, entendido como a
proteção dos direitos dos investidores. Nesse
sentido, os países de Common Law caracterizam-se
por possuir maiores níveis de qualidade de
governança. No entanto, a divulgação ao público de
fraudes nas empresas – os escândalos financeiros –
revelou a fragilidade dessas conclusões, haja vista
que mesmo grandes empresas de países
desenvolvidos, tais como as supracitadas,
prejudicaram os interesses dos seus investidores.
Nos Estados Unidos, o Congresso reagiu
rapidamente, aprovando em 2002 a lei Public
Company Accouting Reform, conhecida como
Sarbanes-Oxley Act, que visou garantir uma maior
proteção aos investidores.
Todos esses eventos, enfim, contribuíram para
aumentar o interesse da comunidade acadêmica em
estudar a governança corporativa. Observa-se um
número crescente de trabalhos publicados sobre
esse assunto, os
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