O PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Por: guedes21 • 1/4/2015 • Artigo • 2.748 Palavras (11 Páginas) • 231 Visualizações
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A) MÉTODOS DE PESQUISA
Método: é o conjunto das atividades sistemáticas e racionais que, com mais segurança e aconomia, permite alcançar o objetivo – conhecimento tácito e verdadeiro – traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as decisões do cientista (MARCONI; LAKATOS, 2004, p. 46 ).
Método indutivo: a indução é um processo mental por intermédio do qual, partindo de dados particulares, suficientemente contatados, infere-se uma verdade geral ou universal, não contida nas partes examinadas (MARCONI; LAKATOS, 2004, p. 53).
Uma característica geral não pode deixar de ser assinalada é que o argumento indutivo, da mesma forma que o dedutivo, fundamenta-se em premissas. Contudo, se nos dedutivos premissas verdadeiras levam inevitavelmente à conclusão verdadeira, nos indutivos, conduzem apenas a conclusões prováveis (MARCONI; LAKATOS, 2004, p. 53).
Método dedutivo: neste método a necessidade de explicação não reside nas premissas, mas, ao contrário, na relação entre as premissas e a conclusão (que acarretam). A indução afirma que, em primeiro lugar, vem a observação dos fatos particulares e depois as hipóteses a confirmar, a dedução, defende o aparecimento, em primeiro lugar, do problema e da conjectura, que serão testados pela observação e experimentação.
Método Dialético:
Leis de dialética:
- ação recíproca, unidade polar ou “tudo se relaciona”;
Para a dialética, “as coisas não são analisadas na qualidade de objetos fixos, mas em movimento: nenhuma coisa está ‘acabada’, encontrando-se sempre em via de se transformar, desenvolver; o fim de um processo é sempre o começo do outro” (MARCONI; LAKATOS, 2004, p. 83).
- mudança dialética, negação da negação ou “tudo se transforma”;
Este método entende que “todo movimento, transformação ou desenvolvimento opera-se por meio das contradições ou mediante a negação de uma coisa - essa negação refere-se á transformação das coisas. Dito de outra forma, a negação de uma coisa é o ponto de transformação das coisas em seu contrário”. (MARCONI; LAKATOS, 2004, p. 85).
- passagem da quantidade à qualidade ou mudança qualitativa;
Este método entende ainda que a mudança das coisas não pode ser indefinidamente quantitativa: transformando-se, em determinado momento sofrem mudança qualitativa. A quantidade transforma-se em qualidade (MARCONI; LAKATOS, 2004, p. 86).
- interpenetração dos contrários, contradição ou luta dos contrários (MARCONI; LAKATOS, 2004, p. 83).
Métodos Específicos das Ciências Sociais:
Método comparativo: este método realiza comparações com a finalidade de verificar similitudes e explicar divergências. O método comparativo é usado tanto para comparações de grupos no presente, no passado, ou entre os existente e os do passado, quanto entre sociedades de iguais ou de diferentes estágios de desenvolvimento.
B) TIPOS DE PESQUISA:
Quanto aos fins, as pesquisas são classificadas em (GIL, 1999, p. 42):
Pesquisas Exploratórias: visam proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a construir hipóteses. Busca o aprimoramento de idéias ou a descoberta de intuições. Na maioria dos casos, essas pesquisas envolvem: levantamento bibliográfico; entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado; e análise de exemplos que “estimulem a compreensão”. Seu planejamento é bastante flexível, de modo que possibilite a consideração dos mais variados aspectos relativos ao fato pesquisado.
Pesquisas Descritivas: tem como objetivo descrever as características de determinada população ou fenômeno ou, então, o estabelecimento de relações entre variáveis (por exemplo: análise cruzada de questões). Utiliza técnicas padronizadas de coleta de dados, tais como questionários e a observação sistemática. Dentre essas pesquisas, salientam-se aquelas que têm por objetivo estudar características de um grupo: sua idade, sexo, nível de escolaridade, nível de atendimento de determinados órgãos públicos, etc. Inclui também pesquisas que visam levantar as opiniões, atitudes e crenças de uma população. Algumas pesquisas descritivas vão além da simples identificação da existência de relações (por exemplo, análise do cruzamento de questões) e buscam determinar a natureza dessa relação, se aproximando, neste caso, às pesquisas do tipo explicativas. Outras, embora definidas como descritivas com base nos seus objetivos, acabam servindo mais para proporcionar uma nova visão do problema, se aproximando às pesquisas exploratórias.
IMPORTANTE: As pesquisas descritivas juntamente com as exploratórias são as que habitualmente realizam os pesquisadores sociais preocupados com a atuações pratica.
Pesquisas explicativas: visam identificar os fatores que determinam ou que contribuem para a ocorrência dos fenômenos. È o tipo de pesquisa que mais aprofunda o conhecimento da realidade, porque explica a razão, o por quê das coisas. Por isso é o tipo mais complexo e delicado, já que o risco de cometer erros aumenta consideravelmente. As pesquisas explicativas nas ciências naturais valem-se quase exclusivamente do método experimental. Nas ciências sociais, a explicação deste método reveste-se de muitas dificuldades, razão pelo qual se recorre também a outros métodos, sobretudo ao observacional.
C) TÉCNICAS DE PESQUISA
Ato aos meios, as pesquisas podem ser classificadas em (GIL, 1999, p. 65):
Pesquisa bibliográfica: desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. Boa parte dos estudos exploratórios pode ter definido como pesquisas bibliográficas (GIL, 1999, p. 65).
Vantagem: permite ao pesquisador a cobertura de uma gama de fenômenos muito mais ampla do que aquela que poderia investigar/pesquisar diretamente. Essa vantagem torna-se importante quando o problema de pesquisa requer dados muito dispersos pelo espaço (por exemplo: dados históricos, demográficos, geográficos, etc.).
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