Poder e conhecimento
Por: noslig_souza • 10/11/2015 • Resenha • 947 Palavras (4 Páginas) • 416 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA
CENTRO DE CIENCIAS AGRARIAS, AMBIENTAIS E BIOLÓGICAS
Especialização em Gestão da Inovação e Desenvolvimento Regional
GILSON DE JESUS SOUZA
VALTERCI RIBEIRO
Relação Contemporânea entre Conhecimento e Poder
Cruz das Almas,
03 de Novembro de 2015
GILSON DE JESUS SOUZA
VALTERCI RIBEIRO
Relação Contemporânea entre Conhecimento e Poder
Trabalho apresentado como requisito de avaliação da disciplina Ciência, Tecnologia e Sociedade do Curso de Especialização em Gestão da Inovação e Desenvolvimento Regional da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia.
Orientadora: Profª. Drª Teresinha Quadros
Cruz das Almas,
03 de Novembro de 2015
Vivemos em meio a uma nova revolução tecnológica, conhecida como informacional ou técnico cientifica, observa-se que profundas mudanças têm acontecido nas relações sociais, na economia, na cultura e no próprio espaço geográfico. Desse[a] modo, o conhecimento se transformou em uma questão estratégica para as organizações contemporâneas. O conhecimento conforme exposto por Perrenoud(1999) [b]“são representações da realidade que construímos e armazenamos ao sabor de nossa experiência e de nossa formação”.
Assim sendo, ousamos dizer que o conhecimento não se resume apenas em produções cientificas, nem são gerados apenas em grandes centros universitários, mas também através do senso comum e de experiências individuais e coletivas colaborando assim para mudanças significativas no dia-a-dia da sociedade. Contudo, para que o conhecimento cientifico seja produzido de modo sistemático se faz necessário compreender a realidade através da inserção de informações relevantes para tal, já o senso comum se esbarra em crenças para explicar essa realidade.
O conhecimento sempre fez parte da sociedade e sistema econômico, e representou um meio de dominação e poder para os que o detêm, por isso denominações como sociedade da informação ou economia do conhecimento buscam melhor exemplificar as mudanças que vem ocorrendo nos cenários atuais. Dado que o capitalismo enquanto modelo de produção, tem na tecnologia a geração de conhecimentos, tidos como cruciais para que o desenvolvimento e a inovação visto que ambos representam a ação do conhecimento sobre si próprio como fonte de produtividade.
Ao se transformar em recurso estratégico, o conhecimento se tornou o principal ativo das organizações acirrando ainda mais o cenário competitivo do mercado global. Surge neste contexto a criação dos softwares a qual interage com uma gama de informações, além das redes de colaboração, da diversidade cultural e das tecnologias do poder. Relatando a evolução tecnologia e desenvolvimento da informática e das TICs permitindo que se expandissem como infra-estrutura de processos produtivos e de práticas sociais, na medida em que viabilizaram a produção de software para tais fins, aumentando a eficiência informacional e econômica. Essa expansão, além de viabilizar o crescimento da indústria de computadores, tornou a programação uma atividade tecnocultural rentável. Nesse sentido, ao passo em que a globalização estabelece a coexistência de redes de relacionamento, nota-se uma estreita relação entre conhecimento e o conceito de poder enquanto capacidade de poder participar, interagir ou mesmo tomar decisões exercendo ou não autoridade.
É fácil entender que se o conhecimento gera poder, também abre muitas possibilidades, bem como o saber gera relações de poder. E é isso que o texto Custo social: propriedade imaterial, software, cultura e natureza de autoria do Prof. Pedro Antônio Dourado de Rezende debate através da discussão sobre a patente de softwares essa relação entre conhecimento e poder. Pois mesmo crendo que estamos vivendo na era da informação poucos atualmente compreendem como são criados e inseridos no mercado artefatos que nos permitem interagir com as TICs. Percebemos que organizações que dominam a tecnologia e conhecimento querem de toda forma continuar dominando tal conhecimento, em contrapartida a grande parte dos interessados ensejam que todo e qualquer conhecimento gerado seja compartilhado e assim se torne acessível para todos. Dai passamos a pensar se a internet vem evoluindo para o bem ou para o mal, pois parecem cada vez mais frágeis os esquemas que buscam controlar fluxos econômicos e mercados de bens simbólicos, através do domínio sobre o direito de uso de bens ou de padrões digitais, ou que buscam controlar a percepção coletiva de fatos através do domínio sobre a mídia corporativa ou sobre o acesso ao conhecimento.
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