Resumo - A Imagem das Organizações
Por: Laura Gomes • 26/9/2019 • Resenha • 2.276 Palavras (10 Páginas) • 219 Visualizações
Organizações Vistas como Máquinas
Empresas racionais planejadas e estruturadas para atingir determinados fins.
• Tem metas e objetivos. • Estrutura racional de tarefas e atividades. • Organograma. • Contratados para operar a máquina que devem comportar-se de modo predeterminado.
Deficiências são evidenciadas quando seres humanos se rebelam contra serem "mecanizados", criando uma rigidez que impede as organizações de se adaptarem e fluírem com a mudança.
O uso das máquinas transformou radicalmente a natureza da atividade produtiva e deixou sua marca na imaginação, nos pensamentos e nos sentimentos humanos. Os cientistas produziram interpretações mecanicistas do mundo natural e os filósofos e psicólogos articularam as teorias mecanicistas da mente e do comportamento humanos. Usar a máquina como metáfora para nós mesmos e para nossa sociedade e moldar nosso mundo com os princípios mecanicistas é muito evidente na organização moderna (máquinas, funcionários são peças).
Espera-se que as pessoas cheguem ao trabalho em dada hora, façam um conjunto predeterminado de atividades (trabalho é bastante mecânico e repetitivo, mesmo em áreas de interações pessoais), descansem em horas marcadas e depois recomecem suas tarefas até que o trabalho termine. Em muitas organizações, um turno de trabalhadores substitui outro de maneira metódica para que o trabalho possa continuar sem interrupção 24 horas por dia.
A lista para monitorar o desempenho dos empregados indica o grau em que uma simples tarefa, como servir um freguês, pode ser mecanizada. (tabela no livro)
MÁQUINAS, PENSAMENTO MECÂNICO E O SURGIMENTO DA ORGANIZAÇÃO BUROCRÁTICA
As organizações planejadas e operadas como se fossem máquinas são chamadas de organizações burocráticas. Temos em mente relações ordenadas entre partes claramente definidas que têm ordem determinada (conjunto de relações mecânicas), além de que, quando as metas são fixas, o ambiente é estável e a força de trabalho é dedicada e submissa (base de uma operação eficiente).
As origens da organização mecanicista
Organização: Ferramentas ou instrumentos (significado vindo do grego), instrumentos criados para alcançar outros fins.
A natureza instrumental da organização é evidente nas práticas das primeiras organizações formais, como as que construíram as grandes pirâmides, impérios, igrejas e exércitos. No entanto, foi com as máquinas que os conceitos se tornaram mecanizados. Na Revolução Industrial, houve tendência crescente para a burocratização e rotinização. Familiares e artesãos abriram mão da autonomia de trabalhar em suas próprias casas e oficinas para trabalhar em tarefas relativamente não especializadas em fábricas. Nas fábricas, a divisão de trabalho intensificou-se e se tornou cada vez mais especializada (para ter mais eficiência com a redução da liberdade de ação do operário e apenas o controle das máquinas e seus supervisores).
Quanto as forças armadas e a automação humana: Frederico O Grande, que reinou de 1740 a 1786, introduziu muitas reformas para reduzir seus soldados a autômatos. Como uniformes, extensão e padronização de regulamentos, aumento da especialização de tarefas, equipamento padronizado, criação de uma linguagem de comando, medo e treinamento sistemático.
As origens da teoria clássica da administração e a administração científica
A burocracia de Weber: Um dos primeiros teóricos organizacionais a observar os paralelos entre a mecanização da indústria e as formas burocráticas de organização foi Max Weber. Ele notou que a forma burocrática rotiniza o processo de administração exatamente como a máquina rotiniza a produção. Primeira definição abrangente de burocracia: forma de organização que enfatiza • precisão, • velocidade, • clareza, • regularidade, • confiabilidade e • eficiência, alcançadas através da criação de divisão fixa de tarefas, supervisão hierárquica, regras e regulamentações. Ele viu que a abordagem burocrática tinha o potencial de rotinizar e mecanizar quase todos os aspectos da vida humana, corroendo o espírito humano e a capacidade de ação espontânea.
Duas outras importantes contribuições da teoria mecanicista foram feitas por um grupo de teóricos e profissionais da administração que estabeleceram as bases para o que conhecemos como "teoria clássica da administração" e "administração científica". Em contraste com Weber, defenderam com firmeza a burocratização e devotaram suas energias à identificação de princípios e métodos detalhados através dos quais esse tipo de organização pudesse ser atingido. Enquanto os teóricos da administração clássica focalizam o planejamento da organização total, os administradores científicos se concentram no planejamento e administração de tarefas individuais.
Administração clássica e princípios mecanicistas da organização
Representantes dos teóricos clássicos foram Henri Fayol, F. W. Mooney e Lyndall Urwick. Idéia de que a administração é um processo de • planejamento, • organização, • comando, • coordenação e • controle. Lançaram a base das modernas técnicas de administração, como a administração por objetivos e os sistemas de planejamento, programação e orçamento. Tinham como base princípios militares e de engenharia: • unidade de comando (um só supervisor por empregado), • linhas de autoridade, • amplitude limitada do controle em termos de número de empregados subordinados a um supervisor, • distinção entre pessoal administrativo e trabalhadores, • encorajamento da iniciativa, • divisão de trabalho em tarefas especializadas, • autoridade para ser responsável pelo próprio trabalho, • autoridade geral centralizada, • disciplina e obediência à administração, • subordinação dos interesses individuais ao interesse da organização, • eqüidade no tratamento e na remuneração, • espírito de união e • estabilidade no emprego.
Essa é a organização representada no organograma - um padrão de cargos definidos, organizados de maneira hierárquica através de linhas definidas de comando e de comunicação. É como se estivessem planejando uma máquina.
A organização torna-se uma forma de engenharia
Teóricos clássicos tentaram chegar a um projeto semelhante ao dos engenheiros ao projetarem uma máquina em sua abordagem à organização: • Conceberam a organização como uma rede de partes. O foco está sobre as funções e departamentos como produção, marketing, finanças, pessoal, pesquisa e desenvolvimento. As responsabilidades dos cargos interligam-se e se complementam. • Planejaram a estrutura organizacional através dos padrões de autoridade, em termos de responsabilidades dos cargos e do direito de dar ordens e exigir obediência.
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