A GESTÃO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE EM EVIDÊNCIA

A GESTÃO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE EM EVIDÊNCIA

Em todo o mundo, há uma rápida evolução dos serviços de saúde no tocante à inovação e ao avanço tecnológico, principalmente através das ciências básicas, da genética e das ciências médicas aplicadas que, juntas, constituem a chamada engenharia médica, a qual, apoiada no uso de equipamentos modernos, torna esses serviços altamente dinâmicos nas suas áreas técnico-assistenciais 

Entretanto, esses mesmos serviços de saúde, em particular os hospitais, têm sido alvo de preocupação no que tange à gestão. Poucas são as entidades que prestam serviços de saúde que implementam o chamado “processo administrativo” com desempenho bom ou satisfatório.

Na maioria, além da falta eficiência há falhas de coordenação na execução das atividades, ocorrendo justaposições das tarefas.

Essa situação além de dificultar tal processo, em si, representa obstáculos para as atividades técnico-assistenciais, o que leva, no geral, à perda de qualidade e de produtividade do empreendimento como sistema.

Observa-se que o problema tem início no formado e composição da estrutura organizacional – muitas vezes, tem formato “alto”, dificultando o fluxo de informações, ao mesmo tempo, que é centralizador, retendo o poder em uma ou poucas pessoas.

Quanto à composição, muitos cargos de comando não têm seus ocupantes selecionados através de critérios lógicos – que seriam nas áreas técnico-assistenciais por médicos, enfermeiros, nutricionistas, psicólogos, fisioterapeutas e outros com formação de saúde. Nas áreas administrativas, nos vários níveis hierárquicos, por administradores. Em outros setores não diretamente ligados à saúde do paciente, como Economia, Marketing, Contabilidade, Recursos Humanos, etc., ocupados por profissionais com a formação pertinente.

Um ponto que merece ser destacado é o que tenho chamado à atenção em palestras é sobre a “miopia do mercado de saúde”: de um lado,  esse setor não ver a necessidade de aumentar seus quadros de pessoal com esses profissionais sem formação direta em relação à saúde e, do outro, as entidades formadoras desses profissionais e eles próprios, não percebem a oportunidade de emprego e negócio no setor. Em razão disso, não há preparação e nem estímulos para que se mude esse paradigma.

A problemática da gestão nos serviços de saúde chegou a tal ponto que o Conselho Federal de Medicina (CFM) baixou a Resolução nº 3, de Junho de 2014, que institui no Currículo do Curso de Graduação em Medicina, a nível nacional, a disciplina que denominou de “Administração e Gerenciamento”.

Não temos nenhuma autoridade discordar da ação do CFM, porem Acreditamos que o melhor caminho para se chegar a melhoria, seria através de ação integrada entre as entidades do setor de saúde e as demais áreas, no sentido de implementarem um conjunto de ações que viessem mudar a visão atual, concomitantemente, estimulando hospitais e demais serviços a uma maior abertura e fazendo que estudantes e profissionais das citadas áreas despertassem para importância do mercado de saúde.

A iniciativa do CFA já um começo e alguns Conselhos Regionais e o Federal de Administração já vem promovendo alguma ação nesse sentido inclusive tenho sido convidado a proferir palestras sobre a questão.

 Por outro lado,  Conselho Federal de Administração

O marketing, considerado uma função organizacional das mais importantes nos dias de hoje, não tem sido bem utilizado, mesmo quando outras funções como produção, recursos humanos, finanças e outras estão tendo tratamento administrativo adequado, o que também não é muito comum.

Ainda por causa dessa confusão, outro fator que leva a não utilização adequada do marketing é, quando, em determinado momento e local, a demanda está sendo maior do que a oferta,seja em termos de ocupação de leitos, seja em outros serviços complementares. Em ocorrendo isso, o bom gestor deve estar ciente de que marketing trabalha para o presente e para o futuro, ou seja, sobre situações reais e perspectivas. Um aumento da oferta proporcionado pelo ingresso de novas unidades de saúde, por exemplo, pode mudar totalmente o contexto, e a organização que já não vinha trabalhando um plano e um programa de

Vivenciamos grande crise econômica e social em nível mundial.  Particularmente, no Brasil, ela é muito grave. Entretanto, a experiência tem mostrado que muitas organizações saem das crises fortalecidas. Isso acontece com aquelas que procuram soluções através da absorção de mais conhecimentos e técnicas, condição que as tornem mais aptas a enfrentarem os maiores e novos desafios.

VIVENCIAMOS UMA GRAVE CRISE. ELA É MUNDIAL. ALGUNS PAÍSES ESTÃO EM PIORES SITUAÇÕES. NO BRASIL, VIVENCIAMOS DUAS GRANDES CRISES:  ECONÔMICA E CRISE POLÍTICA. É REALMENTE UM MOMENTO DIFÍCIL PRA PRATICAMENTE TODOS OS SETORES.