A UNIVERSIDADE CORPORATIVA
Por: annacaaarolina • 13/9/2021 • Monografia • 2.019 Palavras (9 Páginas) • 99 Visualizações
A UNIVERSIDADE CORPORATIVA
A Universidade Corporativa é considerada a nova denominação dos
Centros de Treinamento e Desenvolvimento (T&D) de Recursos Humanos de
grandes empresas. A criação deste termo é atribuída a Jeanne Meister,
presidente da Corporate University Xchage, empresa americana de consultoria
em Educação Corporativa. Para Meister (1999), a Universidade Corporativa
pode ser definida como um guarda-chuva estratégico para desenvolver e
educar funcionários, clientes, fornecedores e comunidade, a fim de cumprir as
estratégias empresariais da organização.
De acordo com Meister (1999), o conhecimento e as qualificações das
pessoas “são adequadas durante um período, que pode variar de 12 a 18
meses, depois do qual precisamos reabastecê-las para competir na economia
global do conhecimento” (p.8). Sendo assim, o conhecimento precisa ser
atualizado sempre, a educação deve ser um processo continuado.
As forças que impulsionam o avanço das Universidades Corporativas,
para Meister (1999), são cinco:
a) A emergência da organização não-hierárquica, enxuta e flexível;
b) O advento e a consolidação da economia do conhecimento;
c) A redução do prazo da validade do conhecimento;
d) O novo na capacidade de empregabilidade ocupacional para a vida toda
em lugar do emprego para toda a vida,
e) Uma mudança fundamental no mercado da educação global.
Para Eboli (1999) a Universidade Corporativa tem como missão formar
e desenvolver os talentos humanos na gerência dos negócios, tendo como
objetivo o desenvolvimento e a inserção das competências profissionais,
técnicas e gerenciais necessárias ao sucesso da organização.
Segundo Alperstedt (2003), na expressão “Universidade Corporativa”,
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o uso do termo “corporativo” significa que a universidade está vinculada a uma
corporação e seus serviços educacionais não constituem seu principal
objetivo. Para o termo “universidade”, este não deve ser entendido dentro do
contexto do sistema de ensino superior, pois a “universidade corporativa”
oferece instrução específica, sempre relacionada à área de negócio da própria
organização.
De acordo com Eboli (2004), o conceito de Universidade Corporativa
corresponde à implementação dos seguintes objetivos:
• Objetivo principal: desenvolver as competências críticas do negócio em
vez de habilidades individuais.
• Foco do aprendizado: privilegiar o aprendizado organizacional
fortalecendo a cultura corporativa e o conhecimento coletivo, e não
apenas o conhecimento individual.
• Escopo: concentrar-se nas necessidades dos negócios, tornando o
escopo estratégico, e não focado exclusivamente nas necessidades
individuais.
• Ênfase dos programas: conceber e desenhar ações e programas
educacionais a partir das estratégias de negócios, ou seja, da
identificação das competências críticas empresariais.
• Público-alvo: adotar o conceito de educação inclusiva, desenvolvendo
competências críticas nos públicos internos e externos (familiares,
clientes, fornecedores, distribuidores, parceiros comerciais e
comunidade), e não somente nos funcionários.
• Local: contemplar a possibilidade de ser um projeto virtual e não
necessariamente um local físico.
• Resultado: aumentar a competitividade empresarial e não apenas as
habilidades individuais.
Para teóricos como Meister (1999), Stuart (1998) e Senge (1996), a
Universidade Acadêmica não é capaz de proporcionar a formação exigida pelo
mercado de trabalho e a Universidade Corporativa é a grande opção para as
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deficiências educacionais da atualidade.
2.1 - O surgimento das Universidades Corporativas
Para Deluiz (2001), na atual fase do capitalismo flexível, pode se
observar uma progressiva transferência do conceito de qualificação
profissional para a noção de competências profissionais. O conceito tradicional
de qualificação estava relacionado aos componentes organizados e definidos
da qualificação do trabalhador: educação escolar, formação técnica e
experiência profissional. Relacionava-se à escolarização e aos seus diplomas
correspondentes.
Com a acrescente concorrência as empresas passam a exigir, cada
vez mais de seus funcionários, uma postura voltada para o
autodesenvolvimento e aprendizagem contínua. Porém a educação formal
fornece apenas o conhecimento
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