A Ética a Nicômaco Livro II
Por: Danielle Cordeiro • 17/8/2023 • Resenha • 670 Palavras (3 Páginas) • 60 Visualizações
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Aluna: Danielle Cordeiro da Silva Matrícula: 20222406090
Curso: Administração 1º Período Disciplina: Filosofia
Resumo: Ética a Nicômaco Livro II
Segundo Aristóteles, há duas espécies de virtudes: as intelectuais e as morais. As virtudes intelectuais são o resultado do ensino, e por isso precisam de experiência e tempo; as virtudes morais são adquiridas em resultado do hábito, elas não surgem em nós por natureza, mas as adquirimos pelo exercício. De acordo com ele, a natureza não nos dá virtudes, mas sim a capacidade de adquiri-la e esta aperfeiçoa-se pelo hábito.
As virtudes não são como os sentidos, que possuímos antes de usá-los, pois só as adquirimos pelo uso reiterado das práticas virtuosas, que nos tornam melhores.
É pelos atos que praticamos em nossas relações com os homens nos tornamos justos ou injustos.Por isso, faz-se necessário estar atento para as qualidades de nossos atos. Um exemplo de como isso acontece é o das cidades-estados, onde os legisladores tornam os bons cidadãos por meio de hábitos,impondo leis que dizem que se deve agir de uma maneira justa. Da mesma forma, uma cidade transforma-se numa cidade ruim sendo regida pelas regras injustas. Ainda mais: é da mesma forma que se gera a virtude e se destrói.
Segundo Aristóteles, é por isso que devemos estudar os atos, pois eles constituem a virtude pelo hábito. Quanto mais praticarmos a justiça mais justos nos tornaremos. Quanto mais enfrentamos nossos medos mais nos tornamos corajosos e quanto mais nos tornamos corajosos mais temos a capacidade de enfrentar nossos medos. Para Aristóteles, o homem que a tudo teme e de tudo foge, não fazendo frente a nada, torna-se um covarde, e o homem que não teme absolutamente nada, mais vai ao encontro de todos os perigos, torna-se temerário, o prazer e a dor estão ligados com a virtude dos atos.
Fazemos as coisas certas pelo fato de que estas nos dão prazer e deixamos de fazer as coisas erradas pelo fato de nos trazer dor ou mesmo por não nos dar prazer.
Segundo Aristóteles, a virtude é uma disposição, pois não somos julgados por ela. Tal é responsável a dar excelência aos nossos atos. O excesso e a falta destroem as boas obras de arte, por isso o artista sempre deve buscar o meio termo. A virtude é o meio termo entre dois vícios: o excesso e a falta. Também nas virtudes, o excesso ou a falta são destrutivos, porque a virtude é mais exata que qualquer arte, pois possui como atributo o meio-termo – mas é em relação à virtude moral; é ela que diz respeito a paixões e ações, nas quais existe excesso, carência e meio-termo.
Mas , o meio termo é relativo. Cada situação tem uma diferente. Pode ser demais para uma pessoa e pouco para outra. Portanto, cada caso deve ser analisado. Para o filósofo ações erradas, como adultério, roubo e assassinato, são sempre ruins, nelas não há falta, nem excesso, nem meio-termo, sempre, em qualquer situação, são desprezíveis. Aristóteles disse que não só chegar ao centro do círculo, mas também ao meio é uma tarefa difícil. É para quem sabe agir com respeito às medidas, às oportunidades, aos motivos e aos caminhos corretos.
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