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AS DIFERENÇAS ENTRE GERAÇÕES: Conflitos e aproximações no mercado de trabalho

Por:   •  1/11/2018  •  Artigo  •  4.586 Palavras (19 Páginas)  •  238 Visualizações

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FACULDADE PITÁGORAS

SARAH LORENTZ DA SILVA

AS DIFERENÇAS ENTRE GERAÇÕES:

conflitos e aproximações no mercado de trabalho

BELO HORIZONTE - MG

2018

FACULDADE PITÁGORAS

SARAH LORENTZ DA SILVA

AS DIFERENÇAS ENTRE GERAÇÕES:

conflitos e aproximações no mercado de trabalho

Artigo Científico Apresentado à Faculdade Pitágoras como requisito parcial para a obtenção do título de MBA em Gestão de Pessoas.

Professor Orientador: Ms . Maisa Wandebildes

BELO HORIZONTE - MG

2018


AS DIFERENÇAS ENTRE GERAÇÕES:

conflitos e aproximações no mercado de trabalho

RESUMO

A preocupação básica deste estudo é refletir sobre as diferenças geracionais e suas relações de aproximação e conflito no mercado de trabalho. Atualmente, no ambiente das organizações, convivem profissionais da Geração dos Baby Boomers, Geração X, Geração Y e futuramente da Geração Z. Assim, existe grande necessidade de profissionais habilitados para se relacionar de maneira produtiva com este ambiente multigeracional, visando o desenvolvimento de equipes que alcancem os objetivos organizacionais. Desta forma, o objetivo do artigo será discorrer sobre as características de cada geração, suas diferenças e contexto situacional, bem como averiguar os conflitos e zonas de aproximação no ambiente de trabalho. Realizou-se uma pesquisa bibliográfica, de cunho qualitativo, considerando as contribuições de autores como: OLIVEIRA (2010), PINHEIRO (2010), MANNHEIM (1982), MALDONADO (2009), SMOLA & SUTTON (2002) e LÉVY (1999), entre outros, procurando analisar cada uma das gerações e o seu comportamento profissional.

Palavras-chave: Ambiente multigeracional. Gerações. Gestão de conflitos.


1 Introdução

O presente trabalho tem como tema refletir sobre as diferenças geracionais e suas relações de aproximação e conflito no mercado de trabalho. Atualmente, no ambiente das organizações, convivem profissionais da Geração dos Baby Boomers, Geração X, Geração Y e futuramente da Geração Z. Esta situação exige grande habilidade dos profissionais de gestão de pessoas para que possam atuar produtivamente neste ambiente multigeracional.

Nesta perspectiva, construiu-se questões que nortearam este trabalho:

  • Quais são as características de cada geração?
  • Quais são as diferenças e contexto situacional?
  • Quais são os conflitos e zonas de aproximação no ambiente de trabalho?

Várias gerações convivem na família, na escola, no trabalho, na comunidade e, quando se fala em de diferenças de gerações, é possível notar que há semelhanças e diferenças em questões como: valores e visão de mundo, modo de lidar com a autoridade, sentido de lealdade, expectativas, equilíbrio entre as diversas áreas da vida. Contudo, ao traçar o perfil das diferentes gerações, corre-se o risco de fazer generalizações, uma vez que nem todos os colaboradores se encaixam nos esquemas propostos pelos teóricos.

Vários autores analisam e estudam as diferenças geracionais. Pinheiro (2010, p.10) ressalta que “os estudos sobre gerações estão deixando de considerar fatores importantes que determinam o comportamento humano: as experiências vivenciadas e as escolhas de vida”. Já Oliveira (2010, p.33) conclui, alegando que “o que forma cada geração não é necessariamente a data de nascimento e, sim, o contexto em que ela viveu enquanto estava se formando”.

Neste contexto, o objetivo primordial deste estudo é, pois, investigar diferenças geracionais e suas relações de aproximação e conflito no mercado de trabalho visando auxiliar o profissional de gestão de pessoas na sua atuação para a resolução de conflitos.

Para alcançar os objetivos propostos, utilizou-se como recurso metodológico, a pesquisa bibliográfica, de cunho qualitativo, realizada a partir da análise pormenorizada de materiais já publicados na literatura e artigos científicos divulgados no meio eletrônico.

O texto final foi fundamentado nas ideias e concepções de autores como: Oliveira (2010), Pinheiro (2010), Mannheim (1982), Maldonado (2009), Smola & Sutton (2002) e Lévy (1999).

2 características DAS geraçÕES

2.1 Conceito de Geração

        Segundo o Dicionário Aurélio[1] existem 12 significados distintos para o termo geração, contudo dentro do contexto do artigo, é possível citar: o conjunto dos homens da mesma época; derivação; desenvolvimento; e formação. Já o Dicionário on-line[2] complementa: “etapa da descendência natural que deve ser seguida por outra; considera-se como período de tempo de cada geração humana cerca de 25 anos: os pais representam uma geração, os filhos representam a geração seguinte”.

        A sociologia utiliza o termo para designar um grupo de pessoas que, por terem nascido no mesmo período histórico, receberam conhecimento e estímulos culturais e sociais próprios daquele período, sendo expostas a determinadas situações particulares e significativas ao momento em que viveram e, por conseguinte, possuem a visão de mundo, os gostos, as atitudes, os comportamentos e interesses em comuns.

         Mannheim[3](1982) é um sociólogo associado à sociologia do conhecimento, mas também podemos considerá-lo um pioneiro da Sociologia da Juventude. Ele expressa a sua corrente de pensamento:

A meta é compreender imediatamente as mudanças formais das correntes espirituais e sociais a partir da esfera biológica, apreender a forma de progresso da espécie humana com base nos elementos vitalícios. Nisto simplifica-se tudo o que é possível: a psicologia esquemática trata de estabelecer continuamente a velhice como o elemento conservador e a juventude é vista unicamente em seu aspecto tempestuoso. A história das ciências humanas aparece nessa caracterização como se houvessem sido estudadas apenas as tabelas cronológicas históricas. Após essa simplificação, a dificuldade do problema parece residir apenas sobre este aspecto: encontrar o tempo médio no qual uma geração anterior é substituída por uma nova na vida pública e, sobretudo, encontrar o ponto de início natural no qual se procede um corte na história, a partir do qual se deve começar a contar. A duração da geração é determinada de forma diversa a cada momento. Alguns fixam a duração do efeito de geração em 15 anos (por exemplo, Dromel[4]); mas a maioria em 30, considerando que os primeiros 30 anos são os anos de formação, quando, normalmente, se inicia o processo individual criativo do indivíduo; aos 60 o ser humano deixa a vida pública. (MANNHEIM, 1982, p. 511).

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