O Sucateamento da Malha Ferroviária Brasileira e seus Impactos
Por: Lucas.rock • 9/10/2016 • Trabalho acadêmico • 4.496 Palavras (18 Páginas) • 690 Visualizações
O Sucateamento da Malha Ferroviária Brasileira e seus Impactos
Ailton Germano (UNINOVE-SP); agsilva@danfoss.com
Anderson Ribeiro (UNINOVE-SP); andersonribber@gmail.com
Cleber Cordeiro dos Santos (UNINOVE-SP); clebercordeiro92@gmail.com
Lenilson Torres Nunes (UNINOVE-SP); lenilson.torres@yahoo.com.br
Lucas Nascimento (UNINOVE-SP); Lucas.nasci@outlook.com
Philipe de Sousa (UNINOVE-SP); ph.lipi.desousa@hotmail.com
Orientador Jose Roberto Coppi (UNINOVE-SP); jcoppi@ig.com.br
Resumo
A escolha do modal de transporte se reflete nos custos da empresa e do produto no mercado, posto isso, o modal ferroviário é o mais indicado para o transporte de commodities. Objetivou-se conceituar os modais de transportes, dando ênfase ao modal ferroviário para o transporte de commodities, devido ao seu baixo custo. Com a elaboração do presente artigo, concluiu-se que o transporte em geral, é responsável pela maior parcela dos custos numa empresa e que os sistemas de transporte estão entre as principais funções de administração (logística), tendo papel fundamental no desempenho das diversas dimensões do trabalho para o cliente e que a utilização do modal , o ferroviário, minimiza os custos com o transporte, porém é preciso investimento nesse setor. O transporte de commodities ferroviário é de extrema importância ao que se refere em viagens de longas distâncias e de cargas de grandes quantidades, podendo garantir assim a qualidade durante todo o percurso transcorrido.
Palavras-chave: Transporte, cargas, malha ferroviária, sucateamento.
1. Introdução
O trem já foi, um dia, um meio de transporte de passageiros utilizado no Brasil. Segundo a rvista National Geographic(03/2015), na década de 1960, cerca de 100 milhões de pessoas eram transportadas em funiculares interurbanos. Ainda, com o passar dos anos, as rodovias e os carros foram ganhando preferência, e hoje a maior parte dos trilhos ainda em operação é para mover carga.
No cenário atual, o que vemos é o descaso com esse importante e poderoso modal: o ferroviário.
Será abordado neste presente artigo, o cenário no aspecto da logística no transporte de cargas no Brasil.
Nos últimos anos, a logística vem apresentando evolução constante, sendo hoje um dos elementos-chave na estratégia competitiva das empresas. No início, era confundida como setor apenas responsável pelo transporte e a armazenagem dos produtos. Hoje, é o ponto crucial na cadeia produtiva integrada, atuando diretamente com o moderno conceito do gerenciamento da cadeia de suprimentos (Supply Chain Management).
Mas por que abordar o tema Malha Ferroviária?
Nesse trabalho será abordado a infrastrutura da malha ferroviária no Brasil. Devido a essa situação, muitos impactos ocorrem na cadeia de suprimentos, já que a alternativa mais usada nos dias de hoje é o modal rodoviário. Grande parte do modal ferroviário é antigo e não interliga principais rotas e estados. Sendo assim a alternativa mais usada é o modal rodoviário, que torna o frete mais caro devido aos enormes custos e impostos que são implicados neste modal.
A grande diferença entre os dois modais é a economia do transit-time, sendo que o modal ferroviário é mais atrativo devido ter uma maior capacidade de transporte de seus produtos, a baixo custo de manutenção e com combustível mais barato. Já o modal terrestre se torna mais caro devido à má conservação das estradas e o alto preço do combustível e pedágios, podendo em algumas situações, haver paradas devido a falhas mecânicas e outras situações como roubos e acidentes, corroborando com a perca parcial ou total da carga.
Uma ótima alternativa para acelerar o escoamento da produção seria a interligação entre portos, assim, dando mais vazão e aumentando a economia do país, sendo que com um trem, por exemplo, pode transportar até 300 contêineres de 40 pés (40’), dispondo-se de apenas um maquinista para operar pot todo o trajeto; Já com 1 caminhão temos a limitação de 1 container por veículo, custos com padágios, mão de obra(motorista e ajudante), manutenções, transito, acidentes, etc, assim, perdendo produtos em varias situações adversas que não contribuem para com o crescimento da economia. Além dos altos custos como frete, pedágios, combustíveis, a má conservação das estradas geram muitos acidentes e diminuição da velocidade, tornando o custo total da cadeia de suprimentos mais caro.
1.1 Objetivo
O objeto deste trabalho, num primeiro momento, é a contextualização do sistema ferroviário brasileiro e a exposição de argumentos que demonstram a importância no setor logístico, para posteriormente fazer uma análise do sucateamento da malha ferroviária brasileira como estudo de caso.
1.2 Metodologia
A metodologia a ser utilizada será a pesquisa bibliográfica, com base em artigos, livros, revistas e relatórios disponibilizados em meio virtual como fonte de dados para embasar este trabalho.
2. Panorama Geral
De acordo com o Departamento Nacional de Infra Estrutura de Transporte - DNIT -, a malha ferroviária brasileira foi implantada com objetivo de interligar vários estados do País, principalmente regiões próximas aos portos de Parati, Angra dos Reis e Santos.
As primeiras iniciativas relacionadas à construção de ferrovias foram no ano de 1828, quando o Governo Imperial a Carta de Lei a construção e exploração de estradas em geral, com o objetivo de interligação das diversas regiões do País.
No ano de 1835. O Governo Imperial concretizou a Lei n° 101, que dava o prazo de 40 anos as empresas que propusessem a construir estradas de ferro, interligando os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do sul e Bahia. O incentivo não despertou muito interesse, pois o lucro não foi considerado agradável para atrair investimentos.
Em 1845 foi inaugurado o primeiro trecho ferroviário, partindo da Baía de Guanabara, sendo o primeiro empreendimento do Barão de Mauá, patrono do Ministério dos Transportes, onde construiu os estaleiros da Companhia Ponta de Areia, em Niterói, iniciando a indústria naval brasileira. Em 11 anos, foram fabricados 72 navios a vapor e a vela.(DNIT, 2015)
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