Resenha Teoria das Gerações
Por: Maryanna Almeida • 16/5/2021 • Resenha • 707 Palavras (3 Páginas) • 151 Visualizações
Resenha Crítica
Estudantes Universitários
De acordo com a evolução da implantação e desenvolvimento do ensino superior é natural que o perfil dos estudantes universitários mude, ainda mais quando o ensino é amplamente influenciado por um cenário de desigualdade social, racial e de gênero como o do Brasil. Para embasar a caracterização do perfil do universitário contemporâneo é utilizada a teoria das gerações, segundo Manheim (1928) pessoas que experienciam os mesmos momentos históricos “concretos” participam de uma mesma geração.
Não existe consenso entre os autores sobre as datas das gerações, e o conceito é determinado internacionalmente, por isso é necessário utilizá-lo buscando sempre resgatar o contexto histórico local. No texto são especificadas cinco gerações: tradicionais, nascidos entre 1923 a 1945, baby boomers, nascidos entre 1946 a 1964, geração X, nascidos entre 1965 a 1977, geração Y, nascidos entre 1978 a 1994, e geração Z, nascidos entre 1995 a 2010. A partir da observação e análise do comportamento dessas gerações, espera-se criar uma previsão para o comportamento das próximas gerações com base na análise dos acontecimentos mundiais, inovações tecnológicas, e aspectos políticos e econômicos. Levando em consideração que diferentes gerações têm perfis e características diferentes é interessante analisar a relação entre essas gerações distintas, seja no mercado de trabalho, seja na escola ou universidade.
As gerações Y e Z, mais presentes no ambiente universitário, são caracterizadas principalmente por buscarem estruturas mais flexíveis, se adaptarem a mudanças, serem autoconfiantes, por questionarem as hierarquias e principalmente pela ligação com a tecnologia e internet, fatores que influenciam diretamente na forma de se relacionar e perceber o mundo. No ambiente universitário, percebe-se que há um relacionamento entre gerações distintas, professores e alunos, nesse contexto o ponto chave é compreender como foi a adaptação da universidade, do formato das aulas, do currículo escolar e da forma de ensinar praticada ao longo dos anos visando integrar e interagir essa diversidade de gerações.
Apesar das novas gerações serem caracterizadas como flexíveis e facilmente adaptáveis, é interessante que a universidade propicie espaços para auxiliar os estudantes ingressantes no ensino superior, orientando sobre a possibilidade de oferecer atendimento psicopedagógico, possíveis participações em programas de permanência, assistência estudantil, e apoio psicológico a fim de facilitar sua adaptação e evitar a evasão escolar.
A geração Y iniciou um processo de reestruturação do método de ensino-aprendizagem utilizado até então, questionando a hierarquia dentro da sala de aula, exigindo modelos de ensino que sejam mais dinâmicos e possibilitem uma experiência mais prática que teórica. Existe um conflito quando não se consegue chegar a um equilíbrio dentro do que o aluno espera do professor e qual é a forma de ensino que o professor considera adequada. O professor deve incitar a participação em sala de aula e desenvolver o interesse dos alunos, mas temos que nos questionar qual é a forma de atingir esses objetivos, porque não se deve entender que apenas a utilização de equipamentos tecnológicos em sala de aula, de forma isolada, irá necessariamente despertar o interesse dos estudantes.
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