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Resumo de saúde ambiental

Por:   •  29/9/2015  •  Resenha  •  6.859 Palavras (28 Páginas)  •  1.223 Visualizações

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  1. Aspectos históricos da saúde: da colonização aos dias atuais  Período Colonial (1500 até 1822): produção econômica do país visava aos interesses da Coroa Portuguesa.  Saúde da população precária: medidas para o combate de doenças eram pontuais e visavam ao aumento da economia.  De 1685 a 1694 houve uma campanha pontual contra a febre amarela, doença que afetava os trabalhadores e a produção de açúcar, ou seja, a situação econômica do país. 1.1 Aspectos históricos da saúde: da colonização aos dias atuais  Primeira República ou República Velha (1889 até 1930): favoreceu o crescimento de ideias liberais e republicanas (que visavam a ideais abolicionistas) e exigências internacionais favoreceram a substituição do trabalho escravo pelo trabalho assalariado.  Mas afinal, qual era o quadro sanitário dessa época? 1.1 Aspectos históricos da saúde: da colonização aos dias atuais  Quadro sanitário da época: escravos e imigrantes traziam consigo muitas doenças, como: sexuais, hanseníase, tuberculose, febre amarela, cólera, malária, varíola e leishmaniose. Sofriam com mordidas de animais peçonhentos e enfrentavam condições precárias de vida e trabalho, contribuindo para endemias e epidemias.  Qual a diferença entre epidemia e endemia? 1.1 Aspectos históricos da saúde: da colonização aos dias atuais  Endemia: ocorrência coletiva de uma doença em uma determinada área, acometendo a população de forma permanente e contínua. Ex: Malária no Norte do Brasil.  Epidemia: ocorrência súbita de uma doença acometendo em pouco tempo um número alto de pessoas. Ex: Dengue em São Paulo. 1.1 Aspectos históricos da saúde: da colonização aos dias atuais  1902: criação do Programa de Saneamento, no Rio de Janeiro, e de Combate à Febre Amarela, em São Paulo.  Oswaldo Cruz, nomeado como diretor geral da saúde pública, utilizou campanhas sanitárias para combater as epidemias rurais e urbanas.  Criação do Instituto Oswaldo Cruz para pesquisa e desenvolvimento de vacinas.  1904: aprovada Lei para vacinação contra a varíola, favorecendo uma Revolta Popular (Revolta da Vacina), mas também o controle da doença. 1.1 Aspectos históricos da saúde: da colonização aos dias atuais  1920: Carlos Chagas assumiu o Departamento Nacional de Saúde e introduziu propagandas para educação sanitária da população com a visão de prevenção de doenças.  Criação de órgãos para o controle de doenças como: tuberculose, hanseníase e sexualmente transmissíveis.  Surge a Previdência Social: assistência médica aos trabalhadores.  Restante da população: dependência da medicina popular e casas de misericórdia. 1.1 Aspectos históricos da saúde: da colonização aos dias atuais  1922-1929: rupturas no cenário político pela crise mundial.  1930: Revolução comandada por Getúlio Vargas (Era Vargas). Ditadura: centralização política e participação estatal na política.  Investimento na região Sudeste - desequilíbrio entre as regiões do Brasil: migração e êxodo rural: surgimento das favelas (crescimento desordenado).  Crescimento industrial vs. condições precárias de trabalho = aumento dos riscos aos trabalhadores e problemas de saúde, piorando a qualidade de vida e de saúde da população. 1.1 Aspectos históricos da saúde: da colonização aos dias atuais  1930: Criação do Ministério da Educação e Saúde: coordenar as ações de saúde pública, com ações de caráter coletivo.  1953: Criação do Ministério da Saúde independente do da Educação.  Final dos anos 1970: agravamento da crise da previdência: início dos movimentos sociais em busca de melhores condições de saúde e de vida. Criação de programas como o de Imunização, Vigilância Epidemiológica, dentre outros.

1.2 Papel das conferências na saúde e no meio ambiente  Modificações na saúde no Brasil iniciaram à partir das Conferências Nacionais, que sofriam influências das Conferências Internacionais.  Conferências (internacionais e nacionais) são movimentos que ocorrem periodicamente em defesa da ampliação dos campos de ação em saúde e em meio ambiente para o alcance dos objetivos propostos.  1977 (na 30ª Assembleia Mundial de Saúde): OMS organizou a Primeira Conferência Internacional sobre os Cuidados Primários de Saúde (em Alma-Ata, Cazaquistão, 1978). Tema: “Saúde para todos no ano 2000”. 1.2 Papel das conferências na saúde e no meio ambiente  1978: Primeira Conferência Internacional sobre os Cuidados Primários de Saúde (em Alma-Ata).  Elaboração da Declaração Alma-Ata: reafirma a saúde como um direito do ser humano.  Declaração Alma-Ata gerou o conceito de saúde: “um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doença”. 1.2 Papel das conferências na saúde e no meio ambiente  1986: Primeira Conferência sobre Promoção da Saúde em Ottawa (Canadá).  Papel da Conferência: demonstrava uma preocupação das organizadoras em relação à industrialização e ao impacto sobre o meio ambiente. Elaboração da Carta de Intenções com objetivos de:  Definir promoção da saúde.  Atingir os níveis de completo bem-estar físico, mental e social junto com o meio ambiente.  Descrever os pré-requisitos básicos de saúde, como: paz, habitação, educação, alimentação, renda, ecossistema estável, recursos sustentáveis, justiça social e equidade. 1.2 Papel das conferências na saúde e no meio ambiente  Carta de Ottawa foi crucial para inserir o meio ambiente como fator importante para a saúde.  Após a Carta de Ottawa, o Brasil teve grande avanço no setor da saúde – criação do SUS, em que as suas competências e atribuições são mantidas na Lei Orgânica de Saúde, constituída por duas principais Leis: Lei 8080/90 e Lei 8142/90. 1.3 Processo saúde-doença e meio ambiente Reflexão: o que é saúde?  A pronta resposta seria a definição clássica da declaração Alma-Ata: “um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doença”.  Compreender que o ser humano é formado não somente pela ausência de doenças, mas também por tudo o que está ao seu redor, permite que comecemos a entender o papel do meio ambiente nesse processo. 1.3 Processo saúde-doença e meio ambiente  As teorias na área da ciência são especulações e hipóteses que tentam explicar fatos observados, criando um raciocínio aceito pela comunidade científica.  Muitos cientistas ou simplesmente observadores, ao longo dos séculos, tentaram explicar a origem das doenças. 1.3 Processo saúde-doença e meio ambiente Proposta de reflexão:  Imagine você vivendo em uma época sem tecnologia, com acesso limitado aos lugares e com um conhecimento baseado na vivência.  Como você explicaria alguma doença que está acometendo a sua comunidade? 1.3 Processo saúde-doença e meio ambiente  Naquela época, as pessoas acreditavam em uma teoria para origem das doenças que estava vinculada ao sobrenatural, ou seja, as doenças aconteciam mediante fatores que não podiam ser controlados pelo ser humano, denominada Teoria Mística. 1.3 Processo saúde-doença e meio ambiente  Quando o homem passou a observar de forma mais aprofundada e a comparar as pessoas acometidas pela doença com as pessoas saudáveis, permitiu a criação de outra linha de raciocínio sobre a origem das doenças.  Nessa segunda teoria, a Teoria dos Miasmas, os homens acreditavam que os gases e odores vindos do solo ou do ar poderiam ser espalhados com o vento, atingindo o indivíduo que acabava por adoecer. 1.3 Processo saúde-doença e meio ambiente  Contudo, com o avanço da ciência e dos estudos, aproximadamente em 1860, Louis Pasteur descobriu os agentes etiológicos (vírus e bactérias), fazendo com que a Teoria dos Miasmas acabasse por ser desconsiderada e fosse substituída pela Teoria da Unicausalidade.  Contudo, essa teoria ainda foi incapaz de descrever todas as causas das doenças, pois, muitas vezes, estas não dependiam somente do agente etiológico. 1.3 Processo saúde-doença e meio ambiente  Quando os estudos epidemiológicos foram iniciados, puderam demonstrar que diversos fatores, incluindo o meio ambiente no qual o indivíduo está inserido, contribuem para seu adoecimento.  Portanto, a teoria baseada nos estudos epidemiológicos é denominada Teoria da Multicausalidade, que engloba o agente etiológico e uma série de fatores: físicos, psíquicos, químicos, ambientais e sociais.

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