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TRABALHO INTERDISCIPLINAR

Por:   •  14/4/2019  •  Artigo  •  4.319 Palavras (18 Páginas)  •  180 Visualizações

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TRABALHO INTERDISCIPLINAR EM UMA EMPRESA DE COSMÉTICOS NO VALE DO AÇO

ALLAN JHONNYSTON SALES RODRIGUES

LEONAM DIAS ANDRADE

RAMON RODRIGO DA SILVA

TAIRON VINICIUS RODRIGUES SILVA

THAMIRYS FERNANDA NASCIMENTO ATZORI

        

RESUMO

Considerando a interdisciplinaridade no curso de Engenharia de Produção, o seguinte artigo aborda os conhecimentos acadêmicos adquiridos ao longo do curso, de forma prática ao meio profissional. Tal objeto de aplicação e pesquisa é uma empresa de cosméticos situada no Vale do Aço. Através da pesquisa de campo e de visita técnica, foi possível conhecer, extrair e sugerir melhorias nos principais aspectos que dinamizam todo o processo da organização em estudo, sendo exposta de forma coerente e de acordo com a proposta pedagógica adotada pela instituição de ensino.

Palavras-Chave: Engenharia de Produção, interdisciplinaridade, cosméticos.

  1.   INTRODUÇÃO

Os avanços científicos e a consequente melhoria da qualidade de vida que acompanhou o aumento da renda da população mundial ao longo dos últimos anos promoveram um maior interesse dos consumidores e uma maior dedicação de recursos aos cuidados com a higiene pessoal e relacionados à aparência. Interesse, que resulta no surgimento e no crescimento de um lucrativo mercado de produtos funcionais e cosméticos de higiene pessoal e de cuidados com a aparência.

A indústria de cosméticos, hoje, corresponde a uma parcela significativa da economia de países emergentes e desenvolvidos, contribuindo para a geração de empregos e para a redução de desigualdades sociais.

Sendo assim, será apresentada a interdisciplinaridade entre algumas disciplinas estudadas no curso de Engenharia de Produção da Faculdade Única, a prática diária vivenciada dentro da gestão de uma empresa no ramo de cosméticos, mostrando a importância do profissional da Engenharia de Produção neste ambiente.

Por definição interdisciplinaridade é: processo de integração recíproca entre várias disciplinas e campos de conhecimento. Constitui uma associação de disciplinas, por conta de um projeto ou de um objeto que lhes sejam comuns.

As matérias relacionadas serão: Planejamento, Programação e Controle da Produção (PPCP), Gestão estratégica e desempenho organizacional (GEDO), Gestão de Cadeira de Suprimentos, Segurança do trabalho, Ergonomia, Gestão Ambiental, Gestão do Conhecimento e Gestão da Qualidade.

O estudo realizado na empresa visitada, tem por objetivo expor a gestão dos recursos produtivos, e de forma bem sucinta, evidenciar pontos positivos e negativos na gestão da produção da organização e por fim propor sugestões de melhoria.

  1.   DESENVOLVIMENTO

2.1.     A empresa

A empresa objeto de estudo é especializada na fabricação de cosméticos, está situada na região do Vale do Aço, e se enquadra como uma empresa de pequeno porte. Com mais de 10 anos no mercado, se destaca por seus produtos serem de característica natural e artesanal.

Atualmente, tem em seu portfólio cerca de 300 produtos, classificados em diversas categorias, estes produtos passam por testes rigorosos no processo de fabricação.

A empresa tem como missão a liderança no mercado de cosméticos e a busca constante pela qualidade e satisfação dos clientes, seguindo tendências do mercado em que atua.

2.2.     Teoria x prática

Dando início a produção dos cosméticos é preciso estabelecer qual a demanda especifica de cada cliente, assim é realizada uma ordem de produção que se da início no preparo das matérias primas, indo para manipulação e produção dos cosméticos, seguindo para rotulagem de embalagens e envase do produto.

 Segundo Moreira (1993) quem não planeja, programa e controla o que produz, provavelmente terá dificuldade de alcançar os índices de produtividade e qualidade que o mercado exige. Para que isso não ocorra, é necessário buscar gerenciar a empresa de maneira mais objetiva, dinâmica e eficaz.

Segundo o mesmo autor, a garantia de bons resultados está ligada ao bom planejamento, programação e controle de todo o processo de produção. Desse modo, torna-se possível atuar corretamente quando ocorrerem desvios, falhas do processo, ou agir em metas traçadas para a melhoria dos produtos.

         Com isso durante o processo produtivo é preenchido uma planilha com a quantidade dos produtos/matéria-prima que são utilizados fazendo uma estimativa de rendimento, o que chamamos de rendimento teórico, e após a produção, colocará o rendimento real e os demais dados, sendo eles: quantidade em quilogramas (Kg) ou em Litros (L), rendimento teórico em unidade, rendimento real em unidade, data de fabricação, validade, apuração do rendimento em percentual, apuração de horas utilizadas para a produção, decretação de liberação ou reprovação do produto e, por fim, é  realizado a elaboração e controle de documentos de qualidade, onde o responsável por pesagem e testes feitos em matérias primas transcreve os dados para uma ficha juntamente com sua assinatura, gerando um documento de qualidade.

        Durante o processo de manipulação é necessário um cuidado redobrado quanto à quantidade correta de produtos que vão ser colocados e com as possíveis contaminações externas.

 De acordo com o Dr. Pankaj Jaiminy, devido ao fato dos produtos cosméticos entrarem em contato direto com o corpo humano, eles são submetidos a uma variedade de testes para proteger os usuários de contaminação microbiológica e química e de outros possíveis efeitos tóxicos. É necessário rigor na seleção e nos testes de matérias-primas para que os produtos apresentem o desempenho esperado e os consumidores estejam protegidos. Eles também são avaliados quanto à sua estabilidade após a fabricação, inclusive quanto à eficácia dos agentes conservantes.

Ao todo é necessário realizar cinco testes nos cosméticos, durante a visita foi evidenciado que os produtos passam por três testes:

  • Teste de contaminante químico: Os contaminantes químicos em produtos cosméticos que são tóxicos aos humanos incluem mercúrio, chumbo, arsênico e dioxano. O teste de contaminante químico costuma ser conduzido em produtos cosméticos antes de serem embalados por meio do uso de técnicas avançadas de análise química, que inclui espectrografia infravermelha (IR) e cromatografia líquida de alto desempenho. Nos casos em que os resultados do teste indicam contaminação química, outros testes em matérias-primas são recomendados;
  • Teste microbiológico: O teste microbiológico avalia a presença de contaminantes microbianos potencialmente nocivos, inclui bactérias e fungos. Geralmente conduzido em produtos recentemente fabricados, o teste microbiológico verifica a qualidade das matérias primas usadas na produção, assim como as boas práticas de fabricação do processo de fabricação. Os resultados dos contaminantes microbianos devem atender às exigências regulamentadoras aplicáveis ou às especificações definidas pelo fabricante, ou o que for mais rigoroso;
  • Teste de estabilidade do produto: O teste de estabilidade do produto é usado para avaliar quaisquer alterações nas características essenciais de um produto cosmético, cuja alteração pode ser esperada durante a vida útil do produto e que impactariam negativamente o seu uso pelo consumidor. Os parâmetros primários de estabilidade do produto podem incluir cor, aspecto e odor. O teste de estabilidade do produto pode ser conduzido em tempo real, que melhor simula o uso real do produto, mais demorado, ou pode ser “acelerado” pela exposição dos produtos a temperaturas elevadas por períodos mais curtos de tempo.

Com o foco de garantir uma excelente qualidade em seus produtos a empresa pode adotar medidas para realizar os outros testes em seus produtos. Que são eles:

  • Teste de eficácia de conservantes: Os conservantes são geralmente adicionados a preparações cosméticas para impedir o desenvolvimento de contaminantes microbiológicos após a produção. Nos testes de eficácia de conservantes, amostras de produtos cosméticos recebem insultos de diversos tipos de bactérias, como Staphylococcus aureus, Escherichia coli e fungos, como Candidaalbicans, e são regularmente avaliadas durante o período de teste quanto aos níveis de contaminação. Produtos cosméticos que apresentam desenvolvimento de contaminação microbiológica como resultado do teste costumam ser reformulados;
  • Teste de segurança do produto: O teste de segurança do produto é o último dos testes primários de produtos cosméticos a ser conduzido. Idealmente, o teste de segurança do produto mede a irritabilidade dérmica (a tendência de um produto a irritar a pele), irritabilidade ocular (a tendência de um produto a irritar os olhos) e a sensibilização dérmica (a tendência de um produto a produzir erupções na pele, inchaço ou outros tipos de reações adversas). O teste de segurança do produto aborda diretamente muitas das preocupações de segurança associadas ao uso de produtos cosméticos por humanos.

        O envase é a etapa de distribuição do produto nos frascos/potes correspondentes. Essa é a segunda fase que merece muito cuidado quanto ao risco de contaminação externa.

Na empresa em questão percebeu-se que parte do envasamento dos produtos é realizado manualmente sem nenhuma padronização, e sem o rigor de higiene necessário, o que pode prejudicar tanto a padronização, quanto a qualidade do produto.

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