O PROCEDIMENTO METODOLÓGICO

PROCEDIMENTO METODOLÓGICO

Este trabalho tem como objetivo abordar uma das problemáticas mais comuns na construção civil, especificamente em estruturas de concreto armado: a corrosão em armaduras.

Esta pesquisa bibliográfica foi redigida da seguinte forma:

Inicialmente fez-se a revisão bibliográfica para o desenvolvimento do estudo teórico voltado ao assunto, sendo a revisão realizada com livros, normas da ABNT , artigos e revistas cientificas, monografias e dissertações.

Realizado o levantamento pertinente ao assunto, aplicou-se no desenvolvimento deste trabalho todo o conhecimento adquirido através da pesquisa. O processo químico que provoca a corrosão em armaduras metálicas demanda um tempo consideravelmente alto, sendo assim, não foi realizada pesquisa de campo, limitando assim a uma revisão bibliográfica.

 

Serão apresentadas a seguir apenas de forma teórica, algumas características peculiares do aço e agente do meio, o qual o torna vulnerável ao fenômeno corrosão.

Fundamentação teórica

AÇO

Tipos de aços utilizados como armaduras para estruturas de concreto armado.

Depois que se da inicio a corrosão, em estruturas dentro das mesmas condições, a velocidade e danos da corrosão variam em função do tipo de aço da armadura. Sendo assim o “tipo de aço” é de extrema importância no processo de corrosão.

“[...] a variável aço passa a ter uma influência no desenvolvimento dos processos corrosivos, uma vez que os diferentes tratamentos térmicos e mecânicos por que passam as armaduras para concreto, bem como a composição química variada e os diversos níveis de inclusão apresentados pelos tipos de aço, alteram a microestrutura do material, tornando-o mais ou menos susceptível à corrosão”( CASCUDO O.; HELENE P. R. L., 2001, p.2)

Existem inúmeros tipos de aço com uma gama considerável de matérias primas para a fabricação do mesmo. Entretanto de forma genérica o aço é uma liga metálica constituída basicamente de ferro e carbono, variando de 0,008% até aproximados 2,11% de carbono levado a altas temperaturas para fundição.

 O aço possui propriedades mecânicas como resistência à tração, flexão, compressão e sendo um material homogêneo, facilita sua trabalhabilidade.

 Os tipos de aços diferem entre si por sua composição química que por sua vez varia dependendo da aplicação final. Através da adição de variados elementos químicos forma-se aços com diferentes índices de resistência mecânica, soldabilidade, ductilidade, resistência à corrosão, entre outras características. Voltado à construção civil o aço em uso conjunto ao concreto, denomina-se como concreto armado.

Para HELENE (1986), corrosão é uma interação destrutiva de um material com o ambiente, seja por reação química, ou eletroquímica.

        As barras de aço utilizadas na construção civil especificamente nas estruturas de concreto armado são classificadas conforme sua característica de resistência de escoamento (fyk) sendo sua unidade de medida em Kgf/mm², sendo classificados com a nomenclatura CA 25, CA 40, CA 50 e CA 60.  

[pic 1]

Figura 1 – Barras de aço

Tipos de corrosão em armaduras

Existem dois tipos principais de corrosão em armaduras de concreto armado segundo a sua natureza: a corrosão química e corrosão eletroquímica. O primeiro acontece quando há uma reação entre gás/metal, formando uma fina camada de óxido; já a segunda ocorre em meio aquoso, como resultado é a formação de uma pilha causando danos ainda maiores às estruturas de concreto armado.

 

Barbosa et al. (2012), considera que o fenômeno da corrosão das armaduras é mais recorrente e comum do que qualquer outro fenômeno de deterioração das estruturas de concreto armado, comprometendo-as tanto na esfera estética, quanto da segurança.

Ação do meio ambiente e agentes como aceleradores do processo de corrosão

A corrosão pode ser acelerada por agentes agressivos do próprio meio ambiente bem como os íons sulfetos, íons cloretos, dióxidos de carbono, nitritos, gás sulfúrico, cátion amônio, óxidos de enxofre, entre outros.
Um dos principais agentes iniciadores da corrosão é o dióxido de carbono (CO2), encontrado com facilidade na atmosfera das grandes cidades e metrópoles.

Segundo Torres (2011), a presença de íons cloreto pode ser constatada tanto na produção, quanto no concreto endurecido.

Em lugares onde a armação tanto em natura quanto agregada ao concreto tem um maior contato com a água, tendo o ciclo de molhagem e secagem, ocorrem as ações mais agressivas, devido ao ingresso da água e sais, sendo facilmente encontrados em regiões marinhas, onde existe uma grande concentração de cloretos e sulfatos. Os íons cloretos e gás carbônico são agentes altamente agressivos às estruturas de concreto armado, devido os mesmos acelerarem o processo de corrosão.

“Alguns autores afirmam que a corrosão química também é eletroquímica, embora em menor escala por apresentar menor quantidade de eletrólito, e não concordam, portanto com o termo corrosão seca, bem como diferenciam corrosão química de oxidação” (CASCUDO, 1997, p.18).

 ABNT 7480/2007

 Aço destinado a armaduras para estruturas de concreto armado – Especificações.

        

A norma da ABNT (NBR 7480/2007) tem a finalidade de estabelecer os requisitos exigidos para a encomenda, fabricação e fornecimento de barras e fios de aço destinados a armaduras para estruturas de concreto armado, com ou sem revestimento superficial.

Conforme especificação da NBR 7480/2007  as barras e os fios de aço destinados a armaduras de concreto armado devem ser isento de defeitos prejudiciais, tais como: esfoliação (escamas), corrosão, manchas de óleo, redução de seção e fissuras transversais. A norma permite oxidação apenas superficial, sem comprometer sua forma geométrica e ressalta que a determinação deste respectivo grau de oxidação é caracterizada quando para remoção for utilizado tecido grosseiro ou escova qualquer, não se observe evidencias de corrosão.