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PATRIMÔNIO: ROMPENDO COM ELITISMO E AMPLIANDO O USO SOCIAL.

Por:   •  22/11/2015  •  Resenha  •  1.391 Palavras (6 Páginas)  •  392 Visualizações

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São Paulo, ainda tem exemplos de construções que sintetizam a época da industrialização paulista. A família Matarazzo pioneira na indústria, construiu casa para os operários de característica arquitetônica parecidas com as de Londres, tijolos a vista, janelas ritmadas. Como a Vila Maria Zélia, Vila Economizadora e Vila Inglesa.

Entretanto o risco de extinção dessas construções simbólicas do ciclo da industrialização é grande, a preservação é importante para entender como foi o desenvolvimento da cidade e sua memória.

Apenas alguns palacetes da burguesia cafeeira e industriais foram as remanescentes da época, foram preservadas de maneiras isoladas e as moradias operarias, mais precárias foram deixadas de lado pelos órgãos competentes de preservação.

Atualmente a questão do Patrimônio Histórico está sendo discutida, e os conceitos ampliados e revistos. Segundo Murilo Marx a discursão e revisão dos critérios de seleção do patrimônio a ser preservada é desde a pós-guerra e ainda está em andamento.

Por que preservar? Por que registrar os palacetes uma visão elitista, e as vilas operarias? Para Marx, apesar de as vilas operarias não propiciar um interesse arquitetônico, de vista artística, as vilas operarias são representativas para a economia e sociedade da época preservando a ‘’memória da cidade’’.

TOMBAMENTO ISOLADO.

Segundo C.Lemos um bem cultural ou natural não deve ser encarado isoladamente, mas em conjunto e em relação com outros bens. O que não acontece no Brasil com o órgão responsável de preservação, onde não é definido o que é patrimônio, para que e por que tombar? Então quando um bem é tombado ele é trabalhado isoladamente.

Segundo o professor Hugues de Varine- Bohan, o patrimônio é classificado em três grupos. Primeiro, elemento da natureza, no meio em que o homem vive. Segundo, elementos não tangíveis, conhecimento técnico e cientifico. Terceiro o que o homem fez em base na tecnologia e o material que a natureza fornece.

Para Lemos, o correto é a preservação de manchas arquitetônicas de épocas, ciclos econômicos e social diferentes. Exemplo: Preservar um palacete do século XVIII, XIX isoladamente do entorno e irrelevante, uma vez que deixa de existir um conjunto significativo.

USO SOCIAL.

Qual uso destinar a um bem tombado? Discursão desde o pós-guerra, Murilo Marx diz que a comunidade deve usufruir do patrimônio preservado.

‘’NÃO SE PRESERVA PARA O PASSADO, MAS PARA O PRESENTE E O FUTURO’’ o edifício tombado deve ser melhor aproveitado com usos distintos de museus, mas de punho institucional como escola, biblioteca, de saúde como hospital, UPA, AMA, UBS etc. Outros usos ligados a saúde e educação são mais importantes e bem aproveitados em um país com poucos recursos para a população.

Porém ainda falta uma política para o uso de bens tombados no Brasil, que não depende apenas do órgão de preservação, mas também o estado deve seguir uma melhor utilização.

Para Lima de Toledo, a população tendo acesso ao patrimônio, ela aprende a respeitar, preservar e zelar o bem. Porque para entender sua função na sociedade é necessário organizar e educar a comunidade para tal.

Cabe a responsabilidade não apenas a população, mas o conjunto de arquitetos que tem a atribuição de proteger a memória nacional.

Integrar na área de projeto, planejamento urbano e paisagístico. Para L. de Toledo o órgão de proteção deveria funcionar como uma unidade de consulta, onde os arquitetos deveriam assumir naturalmente e incorpora-la em seus projetos a responsabilidade de preservar.

Simultaneamente, o uso do bem preservado deve ser o mais próximo no original. (;Ex. igrejas). Muito difícil um bem tombado continuar com seu programa/ uso original, mas C.Lemos diz, para a utilização consciente de um bem tombado como vila operaria onde o uso original é indesejável, e importante alterar o mínimo possível da sua construção física, manter a fachada ritmada, e o interior ampliar para o novo programa/ uso.

ROMPENDO O ELITISMO.

Se o patrimônio deve ser usado pela comunidade, deveria a comunidade que decidir a questão ligadas ao tema. Alguns defender e alegam o aproveitamento de bem cultural e da elite.

Para Marx, todo profissional e representante da área cultural deve trabalhar em conjunto para solucionar os problemas de preservação, e a sociedade também tivesse uma parcela de responsabilidade. Dependendo da comunidade, decisões que favorecem a elite seriam tombadas, mas cabe aos governantes a tomada de decisões que favorecem e representasse a maior parte da sociedade democrática.

São Paulo, ainda tem exemplos de construções que sintetizam a época da industrialização paulista. A família Matarazzo pioneira na indústria, construiu casa para os operários de característica arquitetônica parecidas com as de Londres, tijolos a vista, janelas ritmadas. Como a Vila Maria Zélia, Vila Economizadora e Vila Inglesa.

Entretanto o risco de extinção dessas construções simbólicas do ciclo da industrialização é grande, a preservação é importante para entender como foi o desenvolvimento da cidade e sua memória.

Apenas alguns palacetes da burguesia cafeeira e industriais foram as remanescentes da época, foram preservadas de maneiras isoladas e as moradias operarias, mais precárias foram deixadas de lado pelos órgãos competentes de preservação.

Atualmente a questão do Patrimônio Histórico está sendo discutida, e os conceitos ampliados e revistos. Segundo Murilo Marx a discursão e revisão dos critérios de seleção

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