PROJETO URBANO BIOCLIMÁTICO: DIRETRIZES PARA CIDADE COM CLIMA SUBTROPICAL ÚMIDO

PROJETO URBANO BIOCLIMÁTICO: DIRETRIZES PARA CIDADE COM CLIMA SUBTROPICAL ÚMIDO

Douglas Vieira Fernandes¹; Msc.Michelle Benedet² (orientadora)

RESUMO: 

As abordagens para um melhor padrão em um projeto bioclimático são: melhoria do conforto ambiental, bem estar e meio ambiente saudável, uso de energia solar passiva, melhor qualidade de ar, luz natural e artificial, redução do consumo energético, redução da emissão de gases poluentes na atmosfera, redução na produção de materiais radioativos, redução nos custos de manutenção, redução do impacto energético e gestão da demolição dos edifícios e reciclagem dos materiais de construção. O projeto urbano bioclimático consiste em considerar as particularidades próprias de cada entorno, sociedade e clima, para que as propostas de ordenação no tempo e no espaço estejam em equilíbrio com seu entorno e assim promover o desenvolvimento equilibrado.

 

INTRODUÇÃO: 

Esta pesquisa configura uma verificação sobre o comportamento de espaços públicos em adequação com o clima urbano na cidade contemporânea, pretendendo apontar diretrizes projetuais para o planejamento bioclimático de cidades com clima subtropical úmido. Com os estudos feitos a partir da bibliografia proposta nessa recolha, podemos analisar que é de imensa colaboração para as cidades que o espaço público seja servido de qualidade, para que ali possa acontecer um desenvolvimento sustentável de qualidade, sendo eles, ambiental social e cultural. Desta maneira, os locais devem responder as instâncias dos desfrutadores em conformidade com o local onde será inserido e que já está inserido. Segundo Marta (1988), na arquitetura bioclimática é o próprio ambiente construído que atua como mecanismo de controle das variáveis do meio através de sua envoltura (paredes, pisos, coberturas), seu entorno (água, vegetação, sombras, terra) e, ainda, através do aproveitamento dos elementos e fatores do clima para melhor controle do vento e do sol.  

[...] “Como os índios, que localizavam suas aldeias nas proximidades das matas de galerias, ou do colonizador português, que depois de um longo processo de adaptação, traçava as cidades acompanhando as mazelas do relevo, e construía suas casas com ambientes diferentes para o período seco e úmido.” (GOUVÊA, 2002 p,15)

Para a compreensão do que é um projeto urbano bioclimático, antes é necessário compreender melhor o termo bioclimático. Para Dutra e Andrade (ibid), a crise energética em 1973 trouxe à mente das pessoas o problema do esgotamento dos recursos energéticos disponíveis, formando uma nova consciência e uma nova arquitetura chamada bioclimática. A arquitetura bioclimática utiliza estratégias projetuais tanto para o objeto arquitetônico quanto para o urbano, adaptadas ao clima e ao meio ambiente onde o projeto será inserido, tendo como objetivos principais a obtenção de conforto térmico, visual e acústico do usuário e também a eficiência energética. Os fatores em que se diz ‘’ação do homem’’ são considerados negativos para o espaço em si, para a estrutura urbana geral da cidade, e para a população que nela reside. Conforme Romero, (2000, p 9):

Os efeitos da urbanização são negativos, na maioria dos casos. A excessiva cobertura do solo, a concentração de gases contaminantes, o aumento da temperatura em razão da redução da difusão do calor e dos menores índices de evaporação afetam a saúde física e mental da população. Daí insistirmos que o desenho dos espaços externos urbanos deveria estar condicionado e adaptado as características do meio, tais como a topografia, a cobertura do solo, a ecologia, a latitude e os impactos negativos na massa construída.

 

PALAVRAS-CHAVE: 

Urbanismo bioclimático, sustentabilidade urbana, espaços públicos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

MÉTODO:  

Delineamos o estudo, de qual maneira o ambiente se comporta a meio dessas citações feitas? Como que podemos interferir em um ambiente já consolidado? Podemos tornar esses ambientes como filtros para a cidade e ser confortável para o homem? Independente do clima que será inserido as diretrizes propostas para essa análise, há algumas que podemos dizer que não poderá ser banida em algum deles quando falamos em desenho urbano bioclimático, isso nos releva a dois grandes fatores, a radiação e ventilação sendo eles condicionantes para que haja equilíbrio entre o homem e ambientes, também não menos importante, a vegetação local sempre tem que ser levada em consideração, pois essa será uma condição para o clima do local. Foram até o momento levantados dados das referências para que possa servir de instrumentos para se realizar a próxima etapa da pesquisa, onde serão elencadas nos próximos relatórios.

Conforme Romero, (2000, p 9):

 

[...] “Os efeitos da urbanização são negativos, na maioria dos casos. A excessiva cobertura do solo, a concentração de gases contaminantes, o aumento da temperatura em razão da redução da difusão do calor e dos menores índices de evaporação afetam a saúde física e mental da população. Daí insistirmos que o desenho dos espaços externos urbanos deveria estar condicionado e adaptado as características do meio, tais como a topografia, a cobertura do solo, a ecologia, a latitude e os impactos negativos na massa construída.’’

Para Romero (2000), o projeto urbano, na prática, tem ocorrido ignorando os impactos que causa no meio ambiente, repercutindo em um desequilíbrio mensurável no mesmo, assim como também é desconsiderado o conforto da população que utiliza este espaço.  

Higueras (2006, p.14), comenta a problemática da situação atual de desconsideração de condicionantes locais para o desenho urbano:  

 

 [...] “La planificanión urbana debe considerar los criterios de economia energética y el adecuado aprovechamento de los recursos naturales locales. Así, se logrará um equilibrio entre el deseño urbano y lãs variables climáticas, topográficas y territoriales de cada municipio. Solo así se conseguirá uma optimización em todas las áreas urbanas.’’

RESULTADOS E DISCUSSÕES: 

Para este trabalho foi feita uma revisão de literatura a partir de normas técnicas, livros, teses, dissertações e outras publicações, buscando localizar as diretrizes e estratégias de projetos urbanos bioclimáticos adequados para um bom projeto urbano bioclimático. A partir deste estudo tem-se a possibilidade de elaborar recomendações para o projeto. A adoção de diretrizes como uma estratégia de projeto auxilia na criação de ambientes com maior qualidade de vida, atendendo as necessidades de um ambiente integrado com as características da vida e do clima local, consumindo a menor quantidade de energia e atendendo às exigências térmicas de seus usuários. Conforme os dados obtidos em algumas bibliografias podemos tirar proveito de algumas citações que possa servir de benefícios para as diretrizes lançadas futuramente pelo autor.