Resenha crítica - Urbanized Documentário
Por: 99102424 • 17/2/2020 • Resenha • 1.103 Palavras (5 Páginas) • 252 Visualizações
Resenha: URBANIZED
O documentário retrata primeiramente a importância de um planejamento urbano, pois é a partir desse desenho que entende-se a simbologia da cidade, definindo como ela se comporta diante as questões sociais, econômicas e ambientais. Entretanto, essa linha de concepção tem se expandido muito através dos anos, com o aumento da globalização e o êxodo rural, o desenho urbano tem sido definido de forma esporádica, ocasionando condições de vidas precárias, sem o auxilio de saneamento, esgoto e água potável. Para exemplificar essa realidade, trás a cidade de Mumbai, que sofre com o acelerado adensamento da população, onde os promotores com poder aquisitivo consideravelmente maior proporciona melhorias apenas para 10% dos habitantes, já a população de baixa renda que se aloca em situações cada vez mais contingente, permanecem sem o acolhimento do governo. Muitas das vezes, diante a necessidade de emprego e outros equipamentos urbanos que facilitam a vida na cidade, a favelização acaba ocupando lugares nos centros urbanos, para resolver essa questão, o poder majoritário, muitas das vezes expulsa essa população que acaba se apropriando de áreas periféricas. Pensando em uma solução que permitisse uma qualidade de vida, Alejandro Aravena desenvolve o Projeto Elemental, ditando assim de um local que fornecesse equipamentos urbanos para essa população e ainda assim permitindo a participação significativa delas no desenvolvimento de seus lares.
A partir dos avanços tecnológicos permitindo diariamente a inserção de mais automóveis cada vez mais sofisticados e confortáveis no mercado, que em conjunto com a industrialização, evidenciam uma realidade que se tornou gritante a partir dos anos 90, entende-se diante isso o aparecimento de problemas urbanos como congestionamento, insalubridade e cidades cada vez mais voltada para os carros do que para os pedestres. Como uma crítica a esse pensamento ilustra a cidade de Brasília, que com uma raciocínio todo voltado a monumentalidade tanto das arquiteturas quanto das passagens, idealizou uma cidade para os automóveis, ignorando a figura essencial em análise, que é o pedestre. Contrapondo essa visão idealizada de Brasília, eles exemplificam Bogotá, que ao se encontrar diante uma nova gestão administrativa política e problemas urbanísticos voltados principalmente a congestionamentos, adquire então a inserção de um sistema de mobilidade coletivo, inspirado nas técnicas desenvolvidas em Curitiba, onde priorizam de fato a população e não uma nova infraestrutura que lidasse com os problemas de engarrafamento, além disso a cidade também se adequou a linhas de ciclovias investindo segurança, prioridade e qualidade, incentivando a população a utilizar deste meio. Demonstrando resultados desses métodos, concebe a cidade de Copenhague, na Dinamarca, que apresenta o efeito de 30 a 40 anos após a intrusão das faixas de ciclovias, concedendo então um exemplo de resoluções urbanísticas que atendem não apenas a uma população de renda especifica, mas sim, a população em geral.
A Revolução Industrial, foi um marco importante mundialmente que possibilitou a facilitação da produção através de maquinas, entretanto com a sua utilização entrando em obsolescência, atingiu as cidades em que se alocavam, onde a grande onda econômica que geravam entrou cada vez mais em decadência, gerando então espaços abandonados que passaram a se deteriorar cada vez mais com o passar dos anos. Essas áreas hoje deterioradas, ocupam um lugar na cidade que acaba por gerar insegurança, medo e muitas das vezes são ocupadas ilegalmente pela população que não se encontra acolhida no meio urbano, diante isso muitos acreditam que esses locais devam ser derrubados ou demolidos, desconfigurando toda a história e memória que aquele lugar remete. Contestando essa ideia, o documentário ilustra o exemplo de High Line, um projeto sob uma linha férrea que cruza a cidade de Nova York e que se tornou indesejável para a população com o passar dos anos, então a partir disso cria-se um parque sobre ela inspirando a história que aquele lugar viveu, a cultura, e a natureza que havia se apropriado daquele espaço, demonstrando então a beleza da arquitetura quando associada a memória local. Jane Jacobs,
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