A Transmissão Oral do Trypanosoma Cruzi
Por: Eliza Tavares • 7/9/2018 • Relatório de pesquisa • 342 Palavras (2 Páginas) • 310 Visualizações
Chagas: Contrai-se a doença por via oral (ingestão), picada de mosquito, congênita, transfusão de sangue, transfusão de órgãos.
Amastigota: Intracelular, alojada no tecido.
Epimastigota: vive no intestino, das
porções proximais às terminais. Divide-se
ativamente por divisão binária
Tripomastigota Sanguíneo: Extracelular, vive no sangue. Não sofre
divisão
Tripomastigota metacíclico: vive nas
porções terminais do intestino (ampola retal),
constitui a forma infectante. Não sofre
divisão.
O presente estudo fornece evidências conclusivas de que o local inicial da entrada do parasita afeta criticamente a resposta imune do hospedeiro e o desfecho da doença. À luz da ocorrência de surtos orais de doença de Chagas, nossos resultados levantam importantes implicações em termos da visão atual do curso natural da doença e da relação parasita-hospedeiro.
A transmissão oral do Trypanosoma cruzi, agente causador da doença de Chagas, é a via mais importante de infecção na Amazônia brasileira e na Venezuela. Um estudo recente mostrou a importância do contato do parasita com a cavidade oral para induzir uma doença aguda altamente grave em camundongos. Aqui, nós avaliamos a presença de parasitas T. cruzi em camundongos infectados oralmente, por bioluminescência e PCR quantitativo em tempo real. Imagens bioluminescentes in vivo indicaram a região nasomaxilar como local de invasão do parasito no hospedeiro, tornando-se consistentemente infectadas durante toda a fase aguda. Em momentos posteriores, o sinal luminescente é mais denso no tórax, abdome e região genital, devido à disseminação do parasito em diferentes tecidos. A análise ex vivo demonstrou que a região nasomaxilar, coração, gânglios linfáticos mandibulares, fígado, baço, cérebro, gordura epididimal associada a órgãos sexuais masculinos, glândulas salivares, músculo da bochecha, gordura mesentérica e gânglios linfáticos, estômago, esôfago, intestino delgado e grosso tecidos-alvo nos últimos momentos da infecção. Na mesma linha, ninhos amastigotas detectados na cavidade nasal de camundongos, com DNA do Tripanossoma também observado nos gânglios linfáticos mandibulares, hipófise, coração, fígado, intestino delgado e baço e disseminados para outros tecidos, como o cérebro, estômago, esôfago e intestino grosso. Os resultados demonstraram claramente que a cavidade oral e os compartimentos adjacentes são a principal região alvo na infecção oral por T. cruzi, levando à multiplicação do parasita na cavidade nasal.
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