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ASSÉDIO MORAL NO TRABALHO: DA CONCEITUAÇÃO ÀS POSSIBILIDADES DE INTERVENÇÃO

Por:   •  16/5/2021  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.455 Palavras (6 Páginas)  •  122 Visualizações

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PARTE DE CADA UM:

ASSÉDIO MORAL NO TRABALHO: DA CONCEITUAÇÃO ÀS POSSIBILIDADES DE INTERVENÇÃO

  • Introdução (115/116)
  • Conceito e histórico (116/122)
  • Moralidade e Tipos (122/128)
  • Perfil do agressor e da vítima (128/131)
  • Aspectos Legais (131/136)
  • Modos de Gestão contemporâneos e a ‘’Moral do assédio’’ (137/139)
  • Considerações Finais (139/143)

RESUMO:

  • Introdução (1115/116):

O assédio sexual está presente nas relações de trabalho em diferentes locais do mundo e contexto. Todas as diferenças nas nomenclaturas buscam um só objetivo: a formação de um entendimento comum e sedimentado sobre o tema, que possa fornecer elementos de segurança institucional, jurídica e administrativa para o enfrentamento desse problema.

Esse capítulo (115/143) está dividido da seguinte forma:

Inicialmente, busca traçar a descrição conceitual do assédio moral, utilizando autores de referência no assunto. Em seguida, propõe traçar o perfil do assediador e assediado, bem como evidenciar alguns modelos tipificados de práticas de assédio moral, com exemplos de situações de violência psicológica e relações de trabalho danificadas.

Após, o trabalho traz uma seção acerca dos aspectos jurídicos que envolvem a questão, como jurisprudência e a fundamentação de decisões judiciais.

E por fim, as considerações finais, onde são propostas algumas orientações e sugestões de encaminhamento e ações de gestão.

  • Conceito e histórico (116/122):

o Assédio Moral no trabalho passou a surgir na literatura especializada com mais força a partir da década de 1990, muito sob influência dos escritos da pesquisadora Marie France Hirigoyen. Ela possui duas obras que são referência nos estudos sobre as práticas do psicoterror: ‘’Assédio Moral, a violência perversa do cotidiano’’ e ‘’Mal estar do trabalho: redefinindo o Assédio Moral’’.

Hirigoyen define moral como qualquer conduta abusiva, ocorrendo de forma repetida ou sistematiza que atacam covardemente a dignidade ou integridade física ou psíquica de uma pessoa fazendo ameaças de demissão ou lhe atrapalhando no seu momento de trabalho.

Há uma necessidade clara para definir o que é assédio moral. As características como intencionalidade (se a intenção é prejudicar psicologicamente ou fisicamente a pessoa), sistematização (se é feita de forma organizada) e persistência (Se ocorre em grandes quantidades, permitindo o agravamento das condições psicológicas da pessoa que sofre o assédio) temporal se configuram elementos definidores e condicionantes.

Para a autora, o assédio moral começa pela não aceitação de algo que o seu subordinado possui que pode ser conspirado quase uma discriminação  (e elas são muitas, desde uma brincadeira com uma orelha ou nariz grandes até o ato da prática racista) e com o tempo, Hirigoyen acredita que isso se torna um assédio moral de fato.

E caso o subordinado se comporte diferente da maneira homogênea como a maioria é tratado em empresas modernas, ela é esmagada por possuir qualquer especificidade (seja de caráter ou comportamento ou qualquer outra especificidade). E, de acordo com os superiores, elas devem se submeter para melhorar os desempenhos e a rentabilidade dentro da empresa.

Já para Leymann, existe um certo tempo (6 meses em média) com média de uma vez por semana para que a vítima peça demissão, onde a maioria das vezes, o superior (ou um grupo superior), utiliza de vários métodos para destruir as redes de comunicação da vítima e a sua reputação, perturbar o seu desempenho no trabalho, até que a vítima peça demissão.

Para o escritor Heloani, a relação de psicoterror é caracterizada pela intencionalidade, onde o autor do assédio busca fragilizar a vítima com constante e deliberada desqualificação, fazendo com que ela se neutralize em termos de poder. Até chegar um momento em que a vítima começa a perder sua personalidade, não só no trabalho, mas começa a se contestar todas as suas atitudes. Isso é uma forma de disciplinar essa vítima.

Em suma, dizer que os elementos configuradores da prática do psicoterror são:

1) Intensidade da violência psicológica, cuja constatação fornece o elemento de gravidade e força destrutiva que o assédio representa para a vítima;

2) Prolongamento no tempo, pois a configuração das práticas de assédio pressupõe relação temporal de continuidade;

3) Intencionalidade, uma vez que a agressão moral deve ser ato consciente, dirigido e intencional;

4) Dano psíquico, em que se configura o alcance das ações de terror à estrutura psicológica da vítima, determinando seu enfraquecimento emocional;

  • Moralidade e Tipos (122/128):

Existem centenas de formas de ocorrer o assédio moral, uma vez que isso vai depender de como a vítima é e como o autor está em um determinado dia. Mas existem práticas comuns encontrados em várias empresas ao redor do mundo, uma vez que as práticas de assédio moral podem ser classificadas quanto ao seu sentido e direcionamento e quanto a sua origem.

Pode ser tanto em direção a um colega de mesmo hierárquico, como também a um inferior ou superior. Portanto, essas formas são classificadas como horizontal (entre mesmo nível hierárquico), ascendente (de nível inferior para superior) e descendente (de nível superior para inferior). Sendo esse último o mais encontrado nos ambientes de trabalho.

Além dessas inúmeras modalidades citadas, o assédio moral se faz presente na identificação de alguns modos de ação característicos e constantemente encontrados diariamente nos ambientes de trabalho, como:

1. Não passar as informações certas e/ou distorcidas para a vítima em relação a algo do trabalho, comprometendo o seu entendimento da realidade e fazendo com que ela não possua um desempenho nessa certa tarefa exercida no momento.

2. A vítima pode ser rebaixada de carga por conta da atitude egoísta e mesquinha de seu superior, com o intuito de desestabilizar o psicológico da vítima.

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