TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Evolução Histórica dos Seguros no Brasil

Por:   •  28/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.083 Palavras (5 Páginas)  •  394 Visualizações

Página 1 de 5

Evolução histórica do Seguro no Brasil

O seguro surgiu na Babilônia vinte e três séculos antes de Cristo, quando as caravanas de camelos destinados à comercialização, atravessavam o deserto. Devido à morte desses animais durante o caminho, todos os “cameleiros” firmavam um acordo no qual pagariam outro camelo para quem havia perdido. Na época essa atitude era solidária e justa, e assim foi surgindo uma maneira de “pagar os riscos de acontecimentos incertos”.

Posteriormente, no ramo da navegação, surgiu outra forma de seguro entre hebreus e fenícios, cujos barcos navegavam pelos Mares Egeu e Mediterrâneo. Os navegantes da mesma viagem pagavam o barco perdido para quem perdeu o bem. E assim, conforme o cenário econômico da época, foram surgindo formas de mutualismo para a substituição de bens que sofriam sinistros. Com as Grandes Navegações foi criado o Seguro Marítimo. Nesse período, Pascal desenvolveu a teoria das probabilidades, associada à estatística, o que facilitou o cálculo dos prêmios a serem pagos. Esses critérios são utilizados até hoje.

Com o surgimento da Revolução Industrial, outras modalidades de seguros foram criadas, como exemplo, cito os seguros contra incêndio, transporte terrestre e o seguro de vida, o qual foi proibido pela Igreja Católica.

No Brasil, século XVI, os jesuítas, particularmente o Padre José de Anchieta, foi o iniciante em oferecer formas de mutualismo. Com a abertura dos portos em 1.808, teve início a exploração de seguros marítimos em território nacional. A pioneira foi a Companhia de Seguros Boa-Fé, sediada na Bahia.

Em 1.831, iniciava-se no Brasil, a operação de seguros, com a Procuradoria dos Seguros das Províncias Imperiais, que se baseava nas leis portuguesas. No ano de 1.850 foram definidas normas para o seguro marítimo e inúmeras seguradoras conseguiram a aprovação de seus estatutos, que deu início a operação de seguros elementares.

Em 1.901, o Decreto nº 4.270, normatizou o funcionamento das companhias de seguros já existentes ou que viessem operar em território nacional. Esse regulamento anexado ao decreto ficou conhecido como “Regulamento Murtinho”.

Nessa época, a fiscalização de seguros era distribuída a diferentes órgãos. Com o Regulamento Murtinho, houve a criação da “Superintendência Geral de Seguros”, a qual respondia diretamente ao Ministério da Fazenda.

A sociedade definiu os tipos de produtos e o perfil do profissional deste setor. O Estado, criador de normas e fiscalizador, só interferiu quando o mercado ganhou força e adquiriu complexidade e diversidade nos negócios.

No ano de 1.940, o governo apresentou o IRB – Instituto de Resseguros do Brasil, que tinha por objetivo proteger o mercado brasileiro contra a presença dominadora das companhias estrangeiras. Com o avanço desse setor na economia, o IRB com o passar dos anos, tornou-se uma instituição com funções ultrapassadas e que fugiu do seu real objetivo. Em 1.966, com o Decreto-Lei 73, o governo brasileiro criou a SUSEP – Superintendência de Seguros Privados, com o objetivo de controlar e fiscalizar o funcionamento das seguradoras e as entidades voltadas para a previdência privada. A SUSEP possibilitou o crescimento do mercado segurador, projetando um ambiente de justa concorrência. Para isso:

• Implantou o sistema de audiência pública e aberta a todos os seguimentos para a tomada de decisões;

• Deu autonomia e liberdade para as empresas criarem novos produtos;

• Estimulou e apoiou a formação de empresas regionais;

• Modificou os critérios para aplicação de reservas técnicas em ativos mobiliários;

• Excluiu das normas, a exigência da carta-patente para o funcionamento das seguradoras;

• Promoveu a atualização constante dos contratos de seguros com base na correção monetária.

Após alguns anos, as companhias de seguros conseguiram importantes avanços no mercado brasileiro. Em ação conjunta, a Constituição de 1.988, a carta de Brasília, a SUSEP, o IRB e a Secretaria de Política Econômica lançaram o Plano Diretor do Sistema de Seguros e Capitalização e Previdência Complementar, o qual vinha reafirmar a importância da desregulamentação do setor e trazia propostas para a modernização da atividade seguradora. Dentre as propostas destacavam-se: abertura do setor ao capital estrangeiro, redefinição da profissão de corretor de seguros, políticas para a liberação de tarifas, controle de solvência das empresas, retorno do seguro de acidente de trabalho do setor privado, regulamentação de outras modalidades de seguro, reestruturação do IRB, o qual havia perdido sua essência, reduzindo assim, o monopólio do resseguro, porém foi extinto.

O mercado segurador brasileiro é o maior da América Latina. Oferece várias modalidades de seguros, conforme a necessidade da sociedade. Atualmente, existem no Brasil, mais de cento e vinte seguradoras, algumas são independentes, e outras trabalham em conjunto com instituições financeiras. Dentre os seguros oferecidos, destaco: Seguros de Automóvel, Incêndio, Residencial, Comercial, Industrial, Seguro de Vida, Seguro Saúde, Seguro Odontológico,

...

Baixar como (para membros premium)  txt (7.8 Kb)   pdf (53.7 Kb)   docx (14.9 Kb)  
Continuar por mais 4 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com