O Caso WorldCom
Por: Ramon14041998 • 19/11/2019 • Trabalho acadêmico • 540 Palavras (3 Páginas) • 406 Visualizações
A WorldCom era uma empresa americana de telecomunicações localizada em Ashburn, uma região não incorporada, ou seja, não faz exatamente parte de nenhum município, no estado de Virginia, EUA.
A LDDS, sigla, em português para serviços de longa distância com desconto começou a operar no sul dos EUA em 1984 com pequenos clientes no varejo e alguns comerciantes que tinham pouca esperança em algumas outras empresas de telecomunicações, começou com um capital de 650 mil dólares e logo cresceu isso para 1,5 milhão, não tendo conhecimento técnico, logo nomeou Bernie Ebbers, um dos investidores originais como presidente da empresa, e logo começou a crescer e expandir atingindo só não o oeste e o sul dos EUA, mas a américa latina e a Europa. Em 1989 tornou-se uma empresa aberta, quando se fusionou com a Advantages companies, e em 1993 era a quarta maior empresa operadora de longa distancia dos EUA, e em 05/1995 ficou oficialmente conhecida como WorldCom.
Seu faturamento era superior a U$ 30 bilhões, tinha 104 bilhões em ativos e 60 mil funcionários.
Em 1999, a WorldCom tentou adquirir a empresa de telecomunicações Sprint, porém, a justiça estadunidense não permitiu, fazendo com que o diretor, Ebbers tentasse outros meios de aumentar os negócios, já que o mesmo ficara sem estratégia a partir desse momento, devido ao grande avanço de concorrentes e o estouro da bolha da internet, em 2000, iniciando a partir daí a deteriorar as condições da indústria de telecomunicações, e embora a preocupação com a crise já tivesse alcançado todas as suas 60 companhias e todos os funcionários e envolvidos estivessem dedicados como um maior desempenho, as operações comerciais continuaram em queda. Foi então quando o CEO Sullivan começou a manipular os dados, e os funcionários não podiam questioná-los, apenas continuar seguindo as ordens.
As manobras feitas pelo CEO foram:
Reversão de provisionamento e capitalização das despesas com linhas. Digamos que o custo com um linha não vinham esse mês, vinham meses depois, logo, o pagamento também vinha meses depois, e assim era feito o provisionamento desse pagamento, e caso viesse menor, havia uma reversão da diferença como “redução de despesas” e esse valor era lançado na demonstração de resultados, justificando as despesas baixas e receitas altas, quando essas provisões foram reduzidas a quase zero, outra manobra foi feita, ele começou a capitalizar as despesas, os custos de linha passaram a ser tratados como gasto de capital e não como gastos operacionais. Uma maneira bem simples de explicar é, se a empresa adquiriu um caminhão, esse caminhão vai pro ativo e vai sofrer depreciação, mas tem também a gasolina que vai ser a despesa, então o que fizeram, colocaram a gasolina junto como o bem, capitalizaram no ativo e assim aumentavam o ativo e diminuíam as despesas. Por fim, Ebbers renunciou depois de ter tirado em empréstimos pessoais mais de 366 milhões de dólares, e entre janeiro de 2001 e marco de 2002 somou em torno de 3,8 bilhões em falsos lucros. As consequências foram: 17 mil funcionários cortados, desconfiança dos investidores com suas perdas bilionárias, mas também ao governo, como na seguridade social, ao controle de tráfego aéreo, ao departamento de defesa e aos congressos de contabilidade, sem falar dos bancos que ficaram com dividas que somavam 30 bilhões.
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