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AÇÃO DE DIVÓRCIO C/PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA CAUTELAR

Por:   •  25/9/2022  •  Trabalho acadêmico  •  880 Palavras (4 Páginas)  •  141 Visualizações

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AO JUÍZO DA XXX VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE XXX

Antônia Moreira Soares, Portuguesa, casada, médica, portadora da cédula de identidade nº XXX, CPF inscrito sob o nº XXX, domiciliada no Município de XXX, residente na Rua XXX, nº XXX, Bairro XXX, CEP XXX, Cidade XXX, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado devidamente constituído, conforme procuração anexa e com fundamentos nos artigos 305 e seguintes, 693 e seguintes ambos do CPC, §6º do artigo 226 da CF/88 e  §1º do artigo 1571 do CC/2002, propor:

AÇÃO DE DIVÓRCIO C/PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA CAUTELAR

Em face de Pedro Soares, brasileiro, casado, dentista, portador da cédula de identidade nº XXX, CPF inscrito sob o nº XXX, domiciliado no Município de XXX, residente na Rua XXX, nº XXX, Bairro XXX, CEP XXX, Cidade XXX.

I- DOS FATOS

A Autora e o Réu estão casados há 30 anos e tiveram dois filhos, Joaquim e Maria das Dores, ambos maiores e capazes.

Na constância do casamento, Autora e Réu constituíram um vasto patrimônio, fruto do esforço comum do casal.

Ocorre que chegou ao conhecimento da Autora, que o Réu possui um relacionamento extraconjugal e ao saber disso, a Autora decidiu pôr fim ao casamento.

O Réu, ao saber da pretensão da Autora em pôr fim ao casamento, deseja doar seus dois automóveis de marca Toyota, modelos SW4 e Corolla, para sua irmã, Isabel Soares. O Réu, também passou a realizar sucessivos saques em uma das contas conjuntas do casal.

A Autora, após ouvir uma conversa entre o Réu e sua Irmã, comprovou junto ao Banco, em que possuem conta conjunta, os saques realizados pelo Réu.

É fato que a Autora desconhece todos os bens a que tem direito, visto que o patrimônio construído ao longo dos 30 anos de casamento é amplo.

Diante do exposto, a Autora requer o pedido de Tutela de Urgência Cautelar, assim como a dissolução do casamento pelo divórcio.

II- DOS FUNDAMENTOS

Diante do ocorrido, fica claro que o Réu tem a intenção de lesar a Autora no que tange a partilha dos bens. Seus atos apontam para o fato de que, agindo de má-fé, o Réu pretende dilapidar o patrimônio construído em conjunto esforço. Para que ao fim da dissolução do casamento, não ocorra o esgotamento do patrimônio do casal, é imperioso observar que a Autora apresenta o requisito fumus boni iures, por ser meeira, tem direito de conhecer e proteger os bens a que faz jus. Além disso, diante das ações do Réu, fica claro a presença do periculum in mora.

Por todo o exposto, a Autora requer em tutela de urgência cautelar o arrolamento dos bens com o objetivo de identificar e resguardar todos os bens a que tem direito, de acordo com o artigo 301 do CPC/15, evitando assim a dilapidação do patrimônio.

De acordo com o parágrafo 6º do artigo 226 da Constituição Federal de 1988, “o casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio”. O texto da lei 6515/77 corrobora com o texto constitucional no parágrafo único do artigo segundo, no qual afirma que “o casamento válido somente se dissolve pela morte de um dos cônjuges ou pelo divórcio”, e ainda no artigo 24 que diz que “o divórcio põe termo ao casamento e aos efeitos civis do matrimônio religioso” e, por fim, a primeira parte do parágrafo 1º do artigo 1571 do CC/2002 afirma que “O casamento válido só se dissolve pela morte de um dos cônjuges ou pelo divórcio”

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