TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

AÇÃO SUMÁRIA DE REPARAÇÃO DE DANOS EM RAZÃO DE ACIDENTE DE VEÍCULOS

Por:   •  4/6/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.461 Palavras (6 Páginas)  •  212 Visualizações

Página 1 de 6

EXCELENTISSÍMO SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE SOROCABA-SP

Processo n° (...)

Ulhoa Santana e Valter Santana, já devidamente qualificados nos autos da ação em epígrafe; por seu advogado, devidamente inscrito nos quadros da OAB/UF, sob n° (...), com escritório profissional na Rua (...), n°(...), bairro (...), cidade-uf, (...), CEP (...), onde recebe notificações e intimações, vem com todo acatamento e respeito à presença de V. Exa. Apresentar

CONTESTAÇÃO

A ação de AÇÃO SUMÁRIA DE REPARAÇÃO DE DANOS EM RAZÃO DE ACIDENTE DE VEÍCULOS, atuada sob o n° (...), que perante esse respeitável Juízo lhes promove em face de Kenji Gregório, igualmente qualificado nos autos, pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos.

I- DAS PRELIMINARES

Preliminarmente, os Requeridos pedem licença para apontar a ausência de motivos sustentáveis que orientem a propositura da ação em exame bem como seus erros, a começar pela Incompetência territorial. Cabe ressaltar que o foro competente para a propositura da presente ação é o foro do local do fato, ou seja, de onde ocorreu o sinistro.

Deste modo dispõe o artigo 100 do Código de Processo Civil:

Art. 100. É competente o foro:

V - do lugar do ato ou fato:

a) para a ação de reparação do dano; 

Deste modo, os autos devem ser remetidos para a Comarca de Itú, que é a competente para o deslinde da presente ação, tendo em vista que o infortúnio ocorreu na cidade da referida Comarca.

Todavia, a pura e simples menção a eventuais gastos não parece ter o condão de demonstrar a culpabilidade. Mesmo porque, conforme restará sobejamente comprovado, se alguma culpabilidade houve, esta é imputável apenas ao autor, o qual conduzia de modo imprudente o seu veículo. O intuito de causar dano e prejudicar os Requeridos transparece de certa maneira da Ação em exame, não assistindo razão ao Autor vir a Juízo e, mais ainda, procedendo a afirmações insinceras e distantes da realidade. Salvo melhor juízo, a falta de embasamento para as alegações irreais formuladas pelo Suplicante unicamente parece conduzir a tal conclusão. Os argumentos apresentados pelo Autor não correspondem precisamente à verdade, tendo sido modificados, com isso o autor deseja apresentar-se como vítima, como lesado, olvidando as circunstâncias em que realmente ocorreu o acidente. Sendo assim transparece o único motivo do autor em propor a presente ação a de enriquecimento ilícito.

II- DOS FATOS

Na verdade, sucede que o Autor Sr. Kenji Gregório dirigia seu veículo a uma velocidade altíssima, e que sem explicação e motivo aparente freio seu automóvel bruscamente sem se preocupar com quem vinha logo atrás, tão pouco o que isso poderia acarretar. Importante citar que a via não possuía semáforo e não havia nada em sua frente que pudesse resultar nesta diminuição acentuada de velocidade. A imprudência é tamanha que o autor se quer ligou as luzes de alertar em seu veículo para sinalizar uma diminuição de velocidade repentina, e também poderia te olhado em seus retrovisores e visto que não somente o automóvel réu, mas também vários veículos vinham no mesmo sentido. Com que direito um motorista habilitado pôde proceder a semelhante incúria, com tal descaso pelas normas de trânsito? Como admitir, como aceitar semelhante ato. Infelizmente por mais que o Réu tenha tentado diminuir a velocidade de seu automóvel não pôde evitar a colisão. Felizmente a gravidade do acidente não foi o que o cenário poderia ter causado e tudo isso por imprudência do autor.

Após o ocorrido as partes em comum acordo deixaram claro que ficariam cada um com seu prejuízo, razão pela qual os réus não entraram mais em contato com o autor e não entendem o motivo da tutela jurisdicional. As alegações do Autor fatalmente cairão por terra como um "castelo de cartas", eis que não se acham fundamentadas em bases minimamente sólidas, para a propositura da ação. Importa tecer a consideração de que na via onde ocorreu o sinistro, é tremendamente larga, permitindo a qualquer condutor mediano (ou mesmo de pouco tirocínio) dar seta de sinalização em seu veículo e parar no acostamento de maneira prudente e eficaz, de modo a evitar uma colisão. Ora, o Requerente não o fez, quando, se estivesse a uma velocidade menor, (e compatível com a prudência) poderia facilmente havê-lo feito. Como o Autor vinha em enorme e assustadora velocidade, teve apenas o impulso de frear o carro, como ocorreu. Não restando nada a fazer senão o choque de quem vinha atrás.
O Requerente pretende provavelmente colocar as circunstâncias e as afirmações a seu inteiro prazer, sequer se importando com a sua correspondência ou não com a realidade. Para o Requerente, parece ganhar relevo unicamente seu intuito de receber o ressarcimento, em perceber importância em dinheiro que considera que lhe seria devida. Não parece incomodar-se em sacrificar a própria essência dos fatos e da realidade para conseguir seus objetivos.

O autor informa ter feito mais de um orçamento e de tê-los encaminhados para os réus com aviso de recebimento, porém os réus nunca ficaram cientes de tais orçamentos e desconhecem totalmente a assinatura de quem a recebeu.

Estranhamente o Autor deixa de lado pontos capitais, não explicando em nenhum momento por que razão num trecho como o em que ocorreu o sinistro vinha ele (Autor) a uma velocidade abusiva e excessiva, e também não explica o motivo de sua parada brusca e repentina, já que não ocorreu nem um problema mecânico em seu automóvel. Não se entende o porquê após todas as circunstâncias em que transcorreu o sinistro, venha o autor ainda provocar a tutela jurisdicional indevidamente, e mais do que isso, atuando de maneira insincera, buscando mascarar a realidade dos fatos. Ora, de toda a gama de idéia e na linha de raciocínio expendidos, fica claro que o Autor infringiu várias normas de trânsito, havendo conduzido com excesso de velocidade (em local não apropriado para tanto!), falta de sinalização, desatento, com desleixo, incúria e considerável imprudência. Com efeito, devido o acidente de trânsito os Réus foram obrigados a desembolsarem a importância de R$ 1.500,00 (Um mil e quinhentos reais) a título de franquia de seguro para pagamento das reparações feitas em seu automóvel.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (9.2 Kb)   pdf (76.5 Kb)   docx (15.3 Kb)  
Continuar por mais 5 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com