TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

A AÇÃO ANULATÓRIA DE ATO JURÍDICO C/C RESTITUIÇÃO DO VALOR PAGO C/C INDENIZACAO POR DANOS MATERIAS E MORAIS

Por:   •  10/9/2021  •  Trabalho acadêmico  •  1.688 Palavras (7 Páginas)  •  281 Visualizações

Página 1 de 7

[pic 1][pic 2]

EXCELENTÍSSIMA SENHORA DOUTORA JUIZA DE DIREITO DA VARA CIVEL DA COMARCA DE CAMPINA GRANDE DO ESTADO DE CEARA

PEDRO inscrito no CPF sob o nº. 786.980.765-08 e no RG° 45675-8 SSP/CE, residente e domiciliada na Avenida Ceara N° 198, Bairro Céu Azul, na cidade Campina grande, Estado de Ceara, CEP: 78900-000,representado por sua procuradora que abaixo subscreve, legalmente constituído pelo mandato anexo, inscrita na OAB/GO sob o n° 13150, com escritório profissional instalado no endereço Rua Paulo Lopes, Quadra 12, Lote 43 Setor Central,CEP: 75920-000, município de Santa Helena de Goiás- GO, endereço eletrônico                                            jordannaleao65@gmail.com, vem respeitosamente á presença de Vossa Excelência, propor  a presente AÇÃO ANULATÓRIA DE ATO JURÍDICO C/C RESTITUIÇÃO DO VALOR PAGO C/C INDENIZACAO POR DANOS MATERIAS E MORAIS , em face de CLEONICE, inscrita no                              CPF: 980.901.321-09 e no                 RG° 12345-01 SSP/CE, residente e domiciliada na Rua Maranhão N° 901, Bairro Alvorada na cidade Campina Grande, Estado de Ceara, CEP; 78900-000 pelos fatos e fundamentos que passa a expor:

I – DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA

A parte autora encontra-se desempregada não possuindo condições financeiras para arcar com o valor das custas processuais sem prejuizo do seu sustento e de sua familia, (em anexo declaração de hipossuficiência).

 Por tais razões, pleteia-se os beneficios da Justiça Gratuita, assegurados pela Constituição Federal, artigo 5°, LXXIV e pela Lei: 13.105/2015 ( CPC), artigo 98 e seguintes.

II - DO NÃO INDEFERIMENTO POR FALTA DE QUALIFICAÇÃO DAS PARTES

Tratando-se o autor um indivíduo economicamente hipossuficiente juridicamente vulnerável, não possui endereço eletrônico, bem como não sabe informar o endereço eletrônico do requerido, nos termos do art. 319, II do CPC. Não obstante, de acordo com o disposto nos § 2° e 3° do art. 319 do CPC, tais informações não podem ensejar a emenda, tampouco o indeferimento da inicial, sob pena de se restar configurado instransponível óbice ao acesso á justiça.

III - DOS FATOS

A requerida vendeu o imóvel de 300m2, sob o argumento de que o mesmo estaria totalmente regular perante os órgãos fiscais, no valor de R$350.000,00, para o requerente, Pedro,

No ato da negociação a requerida afirmou que o requerido já poderia iniciar sua construção no terreno, foi então que as partes entabularam um acordo mediante contrato de compra e venda, devidamente registrado em cartório.

Logo após a negociação entre as partes, o requerido confiando na autora, iniciou a construção e, em seguida a Prefeitura Municipal de Campinha Grande/CE, veio a embargar a obra, vez que o imóvel estava irregular.

A autora é pessoa idosa, e com incapacidade decorrente de patologia que acarreta seu sistema nervoso.

Diante do quadro fático, não restou outra alternativa ao autor a não ser ingressar com a respectiva ação a fim de rescindir o contrato de compra e venda, bem como para ser restituído do valor pago a título do negócio jurídico, qual seja R$350.000,00, cumulado com danos materiais e danos morais, visto que teve gastos ao iniciar a obra.

IV - DO DIREITO

  • DA OBRIGATORIEDADE DA BOA-FÉ CONTRATUAL

 Neste caso podemos ver que a autora acabou ferindo o princípio da boa-fé contratual, quando informou que o imóvel estava regular, quando na verdade não estava, o que deixa óbvio que não agiu de forma proba ferindo assim o artigo 422 do Código Civil Brasileiro.

Veja o que preleciona o art. 422. Do Código Civil:

Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé”.

Logo, é crível que a requerida tinha plena ciência da irregularidade do imóvel e para vender o imóvel, se valeu da má-fé, ludibriando o  autor, quanto a regularidade do bem imóvel.

IV- DA ANULAÇÃO DO CONTRATO E RESTITUIÇÃO DOS VELORES SOB PENA DE IRREQUECIMENTO ILÍTICO E SEM CAUSA

Conforme exposto, o autor foi vítima da enganação da requerida, que faltou com a verdade, quando vendeu o imóvel irregular, alegando ser regular para concretização do negócio jurídico o que, consequentemente trouxe prejuízo de ordem material ao autor, que não só pagou o valor de R$350.000,00, valor este que deverá ser restituído na sua integralidade, com juros e correção monetária, até a data do efetivo pagamento, como também teve gastos com o início da obra que logo em seguida foi embargada pela prefeitura de Campina Grande/CE,  gastos também que deverão serem ressarcidos.

Destarte, restou provado a má-fé da requerida e, assim, autoriza o requerente a ingressar com a referida ação de anulação de negócio jurídico (desfazimento do negócio), com direito a restituição de valor pago, sem contar que tem direito de ver deferido danos materiais e morais a serem arbitrados por Vossa Excelência, visto que o autor foi ludibriado pela requerida, que dolosamente induziu em erro para obter vantagem indevida, o que é vedado pelo nosso Código Civil Pátrio.

Veja o que diz os artigos 145; 147;171 inciso II, 182 que veda a prática ilegal perpetrada pela autora, que se vale da má-fé para ludibriar o autor  a fim de vender o imóvel irregular lhe causando prejuízo, visto que recebeu quantia que lhe é indevida, senão:

art. 145. São os negócios jurídicos anuláveis por dolo, quando este for a sua causa.

Art. 147. Nos negócios jurídicos bilaterais, o silêncio intencional de uma das partes a respeito de fato ou qualidade que a outra parte haja ignorado, constitui omissão dolosa, provando-se que sem ela o negócio não se teria celebrado

Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico:

II - Por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (9.8 Kb)   pdf (281 Kb)   docx (548.4 Kb)  
Continuar por mais 6 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com