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A Defesa de Sócrates – Terceira Parte

Por:   •  23/9/2018  •  Resenha  •  481 Palavras (2 Páginas)  •  255 Visualizações

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Centro Universitário de Brasília[pic 1]

Professora: Gilvaci Rodrigues  Data: 21/08/2018

Aluno: Carlos Eduardo de Sousa Martins

                                   

Fichamento I:  A Defesa de Sócrates – Terceira Parte

Embora A Defesa de Sócrates seja em sua totalidade uma obra ímpar, quando me foi dada a tarefa de escolher uma de suas partes (capítulos) para realização deste fichamento, a Terceira Parte afastou a dúvida rapidamente, por ser riquíssima de reflexões sobre um dos maiores mistérios da vida humana, qual seja, a morte.

Temos no ultimo capitulo da obra um homem extremamente centrado, assim como o foi durante toda sua vida, que não se deixou esmorecer, mesmo após ser condenado a morte pelos cidadãos de Atenas, local onde difundiu a sabedoria através de seus questionamentos que levavam as pessoas ao conhecimento.

Sócrates escolheu sua despedida para fazer grandes alertas ao povo ateniense, os lembrando que sua condenação de modo algum se deu por falta de raciocínios corretos, mas sim porque a verdade que trazia consigo, causava grande incomodo aos demais, que preferiam ouvir mentiras que os agradasse. Tal situação guarda identidade com o período atual em que vivemos, onde a verdade fica em segundo plano, em detrimento das mentiras convenientes.

A coragem de Sócrates foi algo admirável, e evidenciou seu compromisso com a verdade e a busca pela sabedoria, pois diante da morte se recusou a mudar seu discurso e negar seus ensinamentos, defendendo até o ultimo segundo suas crenças.

Outro alerta interessante que Sócrates fez em sua despedida, e que mostra paridade com a realidade contemporânea é quanto a ausência de sabedoria em pessoas que julgam ser possuidoras de tal, e como essas pessoas costumam reagir mal quando são questionadas quanto a sua ignorância, sendo sua morte exemplo disso.

Sócrates se mostrou tão convencido de seus ideais, que passou a ver sua morte como algo bom, uma verdadeira justiça divina, embora não tenha sido este o objetivo daqueles que o julgaram. Diante disso conseguiu observar duas possibilidades quanto a morte. Em uma delas, seria tomado por um sono profundo, tranquilo, daqueles que se tem nos melhores dias de descanso. Na outra, iria para um lugar onde encontraria todos aqueles que já morreram, se submetendo aos verdadeiros juízes, aqueles fiéis ao bem e a justiça. Em ambos os cenários Sócrates via a morte como um presente, o que confirmava sua crença era o fato de em momento algum ter sido incentivado por Deus a tentar evita-la.

Por fim, Sócrates pede aos seus julgadores que não permitam que seus filhos se tornem como eles, se dedicando mais as honrarias do que a verdade, e ressalta que caso assim seja feito, estarão então fazendo justiça.

Referências Bibliográficas:

Platão. A apologia de Sócrates. 1. ed. São Paulo: Martin Claret, 1999.

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