A LIBERDADE PROVISÓRIA
Por: Henrique Bulhoes • 5/5/2021 • Trabalho acadêmico • 507 Palavras (3 Páginas) • 141 Visualizações
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA 6ª VARA CRIMINAL DE MACEIÓ/AL
Pedro, brasileiro, casado, auxiliar de escritório, residente no endereço e domiciliado no endereço, vem respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por seu advogado, que ora subscreve, (procuração em anexo) e endereço profissional situado na rua tal; vêm requerer:
A LIBERDADE PROVISÓRIA, COM FUNDAMENTO NOS ARTS. 5º, LXVI, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, E ARTS. 310, III, E 321, AMBOS DO CPP, PELAS RAZÕES A SEGUIR:
DOS FATOS
No dia 25 de novembro de 2020, o requerente foi preso em flagrante delito, e está sendo acusado de ter praticado o crime de roubo, tipificado no artigo 157, do Código Penal, porém consta nos autos que não foi preenchido os requisitos necessários para a decretação da prisão preventiva.
Pedro é réu primário e de bons antecedentes, possui residência fixa e é assalariado, e todo sustento de sua casa depende dele.
DO DIREITO
A Constituição Federal traz no bojo das garantias fundamentais o direito à liberdade provisória, conforme art. 5º, LXVI:
“Ninguém será levado à prisão, ou nela mantido, quando a lei admitir liberdade provisória, com ou sem fiança”.
Nessa esteira, os artigos 310, III, e 321 do Código de Processo Penal também preveem expressamente o direito à liberdade provisória.
No caso em questão, não se verifica a existência dos requisitos da prisão preventiva, conforme o art. 312 do CPP: “garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria e de perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado”.
Bem como o § 2º incluído pela Lei nº 13.964, de 2019, in verbis:
“A decisão que decretar a prisão preventiva deve ser motivada e fundamentada em receio de perigo e existência concreta de fatos novos ou contemporâneos que justifiquem a aplicação da medida adotada”. Questão que não se vislumbra no caso concreto. Grifo nosso.
Outrossim, o Requerente é primário, de bons antecedentes, exerce atividade lícita no cargo de Auxiliar de Escritório, ganhando um salário mínimo mensal (R$ 1.100,00). Possui, ainda, esposa e uma filha recém-nascida, em que ambas são absolutamente dependentes do Sr. Pedro.
Portanto, é direito que assiste o acusado, devendo este responder ao processo em liberdade, a fim de que não haja violação do princípio da presunção de inocência.
Dessa forma, em decorrência de ausentes os pressupostos legais para a custódia cautelar, o Requerente faz jus a concessão da liberdade provisória, podendo Vossa Excelência, entender ser o caso de aplicar uma das medidas cautelares diversas da prisão previstas no art. 319, do Código de Processo Penal.
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