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A Legalização do aborto, descriminalização de drogas e redução da maioridade penal

Por:   •  29/6/2015  •  Artigo  •  1.401 Palavras (6 Páginas)  •  238 Visualizações

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Cannabis, a erva da paz, pode trazer guerra?

Temas como a legalização do aborto, descriminalização de drogas e redução da maioridade penal, têm ganhado muito espaço no cenário mundial. Posições contrárias e favoráveis à essas medidas, ambas com excelentes argumentos, geram inúmeros debates extremamente intrigantes. Uma das mais conhecidas dessas medidas é a descriminalização da Cannabis, popularmente conhecida como maconha, esta droga têm sido muito estudada para tratamento de doenças, porém, atualmente, é mais usada para fins recreativos por jovens e adolescentes, em sua maioria.

É notória a falta de conhecimento por parte de muitos que decidem “dar pitacos” sobre assuntos sérios. De fato, a Cannabis, utilizada na medicina, é benéfica. Por mais que possa gerar certa dependência psíquica por parte do usuário, não seria crível imaginar que um ser humano com uma grave patologia deva ser inibido de uma possível cura. Além disso, existem inúmeros remédios vendidos em farmácias que causam dependência, por isso, a maioria deles, necessita de receita médica. Destaca-se que, o fator predominante é a cura.

Dissertando sobre o uso da maconha, Daniel Coelho afirma “Hoje, é considerada um grande remédio contra o enjoo provocado pela quimioterapia contra o câncer. É aceita também no tratamento de glaucoma e pode ser usada contra a asma e o stress. Muitos pacientes com Aids a utilizam para abrir o apetite e ganhar peso” (COELHO, 2013, p.2).

Portanto, a descriminalização da maconha em se tratando de uso medicinal é necessária e urgente. Ignorar os benefícios para o uso medicinal desta droga não diz respeito a ter pensamento retrógrado, e sim a ser desumano em relação a muitas vidas que podem ser salvas a partir do tratamento com a Cannabis.

O problema maior da descriminalização não é o uso medicinal, pois este gera muito mais benefícios do que malefícios. A questão maior gira em torno do uso, como já citado, para fins recreativos. Já diria Coelho (2013, p.4), “A planta, em si, não deve ser a questão, o tipo de uso que se faz dela é que está em jogo”.

Inúmeras pessoas que defendem o uso da maconha para fins recreativos alegam os seguintes pontos: aumento de arrecadação imposto para investimento em saúde, educação…, faz menos mal que o tabaco ou o álcool, deve haver liberdade de escolha e, proibir não têm sido a solução, não é agora que começará a ser.

Em primeiro lugar, o aumento de arrecadação de impostos como argumento favorável a descriminalização da maconha deveria ser, no mínimo, uma ironia. Desejar mais impostos, a partir de substâncias que retardam a capacidade cognitiva, que produz comprometimento dos pulmões e maior risco de acidentes vasculares é um insulto a dignidade humana.

Palavras do próprio Daniel Coelho (2013, p.5), “Os males que a planta produz vão desde o comprometimento do pulmões ao maior risco de acidentes vasculares”. E não para por aqui, no final das contas será preciso algum hospital para tratar destes que acabaram doentes por usarem a droga, e a instalação será no sistema público de saúde, pois bem, não é para estes tratamentos que o dinheiro público deve ser usado!

O respeitado Pe. Paulo Ricardo em um de seus vídeos disserta sobre a diferença do uso da maconha e do tabaco.

“Uma sociedade que usa o tabaco não é uma sociedade entorpecida, uma sociedade que usa a maconha, sim. Nós sabemos que o tabaco com a nicotina provoca uma atuação e um desempenho do cérebro melhor, uma pessoa que usa a nicotina é uma pessoa mais vivaz, que pensa de forma mais ágil. Enquanto, a pessoa que usa maconha, muito pelo contrário, fica num torpor, e essa pessoa é facilmente manipulável. Existem consequências da maconha que tem uma repercussão social: a perda de memória recente, o fato da pessoa ficar eufórica e dócil. Sendo assim, estamos diante de uma campanha que não me parece muito sadia para o bem-comum, que é a finalidade última da política […] O uso da maconha irá corromper o tecido social e irá fazer com que as pessoas se tornem, cada vez mais, objeto de manipulação e de engenharia social possibilitando uma ditadura, possibilitando a derrota da democracia”

O Pe. deixa bastante claro o tema em questão, por mais que seja católico convicto, neste momento de sua fala, não proferiu argumento religioso algum como meio de proibição para a prática. Esclarecido, portanto, que quanto mais pessoas intelectualmente lentas, sem dúvida torna-se fácil a manipulação. Sem contar que, de acordo com o médico neozelandês David Fergusson, da Universidade de Otago, em entrevista a Revista Veja, “seu consumo [da maconha] continuado aumenta o risco de distúrbios psiquiátricos, principalmente depressão. E, finalmente, o uso da maconha estimula o consumo de outras drogas”.

O uso indevido, ou seja, sem necessidade médica da maconha faz, sim, mal à saúde, prejudicando setores do cérebro, como o córtex frontal (controla o comportamento, neste setor que surge a euforia), o núcleo Acumbens (pode sediar o mecanismo que causa dependência), o Hipocampo (é o setor que guarda informações, se atingido perde-se a memória) e o Cerebelo (responde às alterações da

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