CURSO DE DIREITO CIÊNCIA POLÍTICA E TEORIA DE ESTADO
Por: alexlindo1234 • 4/5/2021 • Resenha • 3.415 Palavras (14 Páginas) • 215 Visualizações
Universidade Salgado de Oliveira
CIENCIA POLITICA
Goiânia - GO
2021
UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA
CURSO DE DIREITO
CIÊNCIA POLÍTICA E TEORIA DE ESTADO
FILOSOFOS
Goiânia - GO
2021
John Locke
John Locke (1632-1704) é considerado o pai do liberalismo político e do empirismo inglês. Locke estudou medicina, ciências naturais e filosofia em Oxford, aprofundando o entendimento das obras de Francis Bacon e René Descartes. Seu pensamento emerge do contexto das Revoluções Inglesas, quando a Inglaterra se voltou contra o absolutismo da dinastia Stuart. Por defender a Monarquia constitucional é representativa, passou vários anos na França e na Holanda como exilado político. Voltou à Inglaterra depois da revolução de 1688, quando Guilherme de Orange foi coroado rei. Lá permaneceu ocupado cargos no governo até morrer, em 1704, em Oates, Essex.
No 2° tratado sobre o Governo Cívil, Locke contrária Hobbes ao defender que o estado da natureza não poderia ser uma guerra de todos contra todos, mas um estado de perfeita liberdade, sem nenhuma forma de subordinação ou sujeito, sendo todos os homens iguais em poder. No estado de natureza, não havendo polícia ou leis para impedir que os indivíduos se molestem, põe -se nas mãos de todos os homens o poder de preservar sua propriedade contra os danos de outros homens. É claro que, numa situação em que todos tem o direiro de castigar um infrator, surgem inconvenientes: sendo os homens juízes de seus próprios casos, o amor próprio, a paixão e a vingança os levariam longe demais na punição de outrem, daí seguindo a confusão e a desordem.
Por causa desses inconvenientes, os homens, por “necessidade e conveniência”, decidiram reunir-se fazendo um pacto para a mútua conservação da vida, da liberdade e dos bens. Assim, a sociedade política nasce quando os indivíduos renunciam ao seu poder natural de justiça, passando-o às mãos do governo, com o objetivo único de conservar a si próprio, sua liberdade e sua propriedade – o chamado “Contrato Social”. para Locke, o governo não surge para restringir liberdades individuais, mas para preservá-las. Todo governo que não preservar esses direitos pode ser derrubado pelos indivíduos, uma vez que todo o poder político tem origem no consentimento da maioria. Eis aqui o nascimento do chamado liberalismo político, em oposição ao absolutismo da época.
Empirista, Locke também defendia a ideia de que o conhecimento não é inato, mas resulta do modo como elaboramos as informações que recebemos da experiência. A mente é como uma folha em branco ou, para usar a expressão de Locke, uma tábula rasa, na qual as percepções sensíveis deixam sua marca. Desse modo, as ideias em nossa mente correspondem às coisas reais.
Nicolau Maquiavel
Foi um filósofo político, historiador, diplomata e escritor italiano, autor da obra-prima "O Príncipe" em 1513, e publicada postumamente em 1532, se transformou em sua obra-prima. Foi profundo conhecedor da política da época, estudou-a em suas diferentes obras. Viveu durante o governo de Lourenço de Médici. Realista e patriota definiu os meios para erguer a Itália.
Um manual sobre a arte de governar foi inspirado no estilo político de César Bórgia, um dos mais ambiciosos comandantes italianos, que ficou conhecido por seu poder e atrocidades que cometeu para conseguir o que queria. Maquiavel viu nele o modelo para os demais governantes da época.
A obra revela a preocupação de Maquiavel com o momento histórico da Itália, fragilizada pela falta de unidade nacional e alvo de invasões e intrigas diplomáticas. Indignado com a decadência política e moral da Itália, o autor dirige conselhos a um príncipe imaginário, com o único objetivo de unificar a Itália e criar uma nação moderna e poderosa.
Para Maquiavel, o importante era realizar o desejo projetado, mesmo sob qualquer forma de governo – monarquia ou república, e por qualquer meio, inclusive a violência.
Considerava os fatores morais, religiosos e econômicos, que operavam na sociedade como forças que um governante hábil poderia e deveria utilizar para construir um estado nacional forte.
Assim, o príncipe com seu exército nacional que substituísse as precárias forças mercenárias, deveria ser capaz de estender seu domínio sobre todas as cidades italianas, acabando com a discórdia.
Maquiavel refaz a ideia de governo, levando a outra visão de política, não analisar a política como ela deveria ser, mas como ela é, no livro o que vemos, são recomendações para que o Príncipe faça todo o possível para manter-se no poder, falseando a verdade quando necessário.
Foi inovador ao desenvolver um novo conceito de Estado, baseado na perspectiva da segurança nacional, na qual vai estabelecer parâmetros a serem seguidos no sentido de se fortalecer a figura do Estado.
Max Weber
Maximilian Karl Emil Weber (1864-1920) foi um alemão jurista, economista e sociólogo. Grande parte de seus trabalhos estão voltados para a área do pensamento político, economia e também história. Procurando compreender as mudanças sociais.
Weber compreende a política como qualquer tipo de liderança em ação exercida pelo Estado, que tem como meio de atuação a força, portanto a política seria a participação no meio de distribuição de poder. Ele distingue dois tipos de políticos: aquele que vive para a política (possui conduta voltada a prestígios e “poder pelo poder”), e aquele que vive da política (não possui recursos para subsistência além dos que são providos da atividade pública e trabalha basicamente em prol da renda).
O alemão sustenta que na política o “bem” pode gerar o “mal”. Ele diferencia dois tipos de éticas da ação política: a ética da convicção (condiz com as ações de um indivíduo no qual coloca em primeiro plano seu objetivos e crenças que consideram inabdicável), e a ética da responsabilidade (conjunto de valores e regras que devem ser seguidas por governantes em decisões políticas).
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