Crítica à Visão Libertaria do Tributo e do Direito Tributário
Por: 11890183 • 9/10/2022 • Trabalho acadêmico • 975 Palavras (4 Páginas) • 72 Visualizações
1) Extrai-se do artigo “Crítica à visão libertarista do tributo e do direito tributário”, de
Marciano Seabra de Godoi, o seguinte trecho:
É certo que o poder de tributar deve ser limitado, e o direito
constitucional-tributário em grande medida corresponde a normas que
definem tais limites. Mas reduzir a função do direito tributário a unicamente
traçar limites que protejam o contribuinte contra as garras do Estado é um
exagero de quem enxerga o tributo como uma operação cujo resultado é
sempre uma subtração (e nunca uma criação ou preservação) de direitos dos
cidadãos.
A postura libertarista até hoje não percebeu o que Adam Smith intuiu ainda no
século XVIII: que o imposto que anualmente retira 10% da renda e 1% do
patrimônio do indivíduo é o que garante a existência de juízes, policiais,
cassetetes, fuzis, cárceres e carcereiros que ao fim e ao cabo são os
responsáveis por garantir a incolumidade daquela renda e daquele
patrimônio que remanesceram com o contribuinte.
[...]
[...] Os libertaristas parecem não se dar conta de que, se levarmos a sério o
compromisso gravado na Constituição de 1988 de “assegurar o exercício dos
direitos sociais [“educação, saúde, trabalho, moradia, lazer, segurança,
previdência social, proteção à maternidade e à infância” – art.6.º] e
individuais” (preâmbulo), de “erradicar a pobreza e marginalização e reduzir
as desigualdades sociais e regionais” (art.3.º), então a atividade financeira
do Estado (da qual o tributo é um elemento central) deve ser vista como um
instrumento de transformação social, necessário para conferir e preservar a
legitimidade do regime político e dar eficácia aos direitos constitucionais dos
cidadãos, e não como um capricho dos governantes que simplesmente retira
recursos da atividade produtiva para descartá-los nas gargantas vorazes da
máquina estatal.
1.1) Após fazer a leitura do referido artigo, informar o que o autor entende por visão
libertarista do tributo (libertarismo) e suas características. (2p)
Segundo a visão Libertarista o tributo confunde-se com uma pena, um castigo,
uma ferramenta de domínio, por parte dos governantes, uma sanção, sendo
usado pelo Estado como um recurso para custear as atividades estatais.
1.2) O que o autor chama de visão insulada da justiça tributária? (2p)
O autor chama de visão insulada da justiça tributária a uma visão objetiva e
sem aprofundamento em questões atingidas pela justiça tributária, uma
concepção rasa e sem levar em consideração todas as vertentes atingidas e
contempladas através da tributação, ou seja, restringe e limita a justiça
tributária em arrecadação, excluindo onde e de que forma esses recursos são
utilizados.
1.3) Qual a opinião, visão crítica, do grupo (ou individual) acerca do posicionamento
do autor tanto em relação à visão libertarista e à visão insulada da justiça tributária?
(2p)
A visão do autor nos leva a refletir que a cultura da sociedade em sua grande
maioria , as pessoa tem uma visão libertarista , uma vez que não dispõe de
conhecimentos necessários de como é destinado suas contribuições.
Sendo que poucos têm uma visão, na qual sabem que sua contribuição vai
ser revestida para coletividade, tendo assim uma sociedade mais justa e para
que o Estado tenha condições de garantir os direitos fundamentais de todos.
2) Segundo Ruy Barbosa Nogueira, em seu “Curso de Direito Tributário”, “através da
história os diferentes índices [...] geraram a multiplicidade dos gêneros e das
espécies dos tributos até hoje existentes”. De modo que “com todas suas pesquisas,
as ciências humanas especulativas ainda não conseguiram fornecer ao Direito esse
parâmetro ideal, mas apenas o chamado princípio da capacidade contributiva”.
2.1) Ao tratar do índice “Despesa”, o autor refere-se ao clero e nobreza, no final da
Idade Média. Na visão do grupo (individual) o “clero e a nobreza” ainda existem
atualmente em nosso país? Em caso positivo, como alcançá-los, se for caso?(2p)
Sim. Atualmente o clero e a nobreza são as pessoas físicas ou jurídicas na qual
dispõe grandes fortunas. Para alcançá-los seria necessário a tributação
progressiva tanto no patrimônio quanto na renda.
3) Explicar a diferença entre competência tributária e capacidade tributária ativa e
informar a fundamentação legal. (2p)
Competência tributária é a conferida pela Constituição Federal autorizando a
entes específicos instituírem tributos.
Capacidade tributária é aquela
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