Crimes de grande repercussão na mídia
Por: eliamaar • 3/4/2016 • Trabalho acadêmico • 2.397 Palavras (10 Páginas) • 343 Visualizações
Amanda
Claudia
Eduardo
Felipe
Gabriela
Leonardo
Luiz Felipe
Priscila
Sheila
CRIMES DE GRANDE REPERCUSSÃO NA MÍDIA
O MANÍACO DO PARQUE
FACULDADE DE TALENTOS HUMANOS
Uberaba – MG / 2016
CRIMES DE GRANDE REPERCUSSÃO NA MÍDIA
O MANÍACO DO PARQUE
INTRODUÇÃO
Vivemos em meio a uma série de problemas, tais como tráfico de drogas, desemprego, os quais acabam por desencadear casos de violência, criando, uma situação de calamidade que parece não ter fim. Assaltantes roubam e tiram a vida das pessoas; pedófilos praticam crimes com grande brutalidade; mulheres sofrem violência praticada pelos próprios maridos; mães abandonam filhos, até mesmo recém-nascidos; filhos matam os pais interessados nos patrimônios que poderão herdar; policiais são mortos em chacinas.
Um simples acesso a um meio de comunicação, seja um jornal, televisivo ou impresso, basta para nos depararmos e ficarmos estarrecidos com os mais variados casos de extrema violência que são praticados, muitas vezes, por motivos banais.
A violência existe desde os primórdios, não sendo, portanto, um fato característico somente dos dias atuais. De acordo com PEREIRA et al (2000), a violência sempre esteve presente em qualquer ambiente coletivo, pois a luta e a disputa são o fundamento de qualquer relação social.
O que nos chama a atenção é a grande quantidade de casos e tipos de violência cometidos atualmente, como os atos contra os homossexuais, crianças, idosos, mulheres, deficientes, policiais, bem como a violência no trânsito, contra os animais, e vários outros tipos de violência.
Pode ser que o aumento dessa fúria, na atualidade, decorra, parcialmente, do fato de que houve um aumento significativo na quantidade de meios de informação e na acessibilidade que temos a eles, o que nos permite ter notícias sobre uma quantidade maior de casos. A violência tem, de fato, tomado conta dos mais diversos ambientes e vitimado todos os grupos de indivíduos, indiscriminadamente.
Nota-se, desse modo, que são diversos os casos de violência que nos cercam cotidianamente e, se quiséssemos, poderíamos preencher páginas e mais páginas com os mais diversificados exemplos.
Estamos, assim, expostos todos os dias à violência e, diante dessa realidade, vivemos sempre com medo do que possa vir a acontecer. Com isso, acabamos ficando reclusos em nossas casas, entre cercas elétricas, muros altos, reforçados portões e alarmes. Os bandidos estão soltos nas ruas e a parcela da população que busca viver uma vida digna, tem que se proteger de toda essa violência, prisioneiras em seus próprios lares.
Exemplos de violência que sempre detêm muita atenção são os casos de serial killer, expressão de origem inglesa que significa assassinatos em série. O termo foi usado pela primeira vez nos anos 70 por Robert Ressler. Serial killersão indivíduos que cometem uma série de homicídios durante algum período de tempo, com pelo menos alguns dias de intervalo entre eles. O espaço de tempo entre um crime e outro os diferencia dos assassinos de massa, indivíduos que matam várias pessoas em questão de horas. (CASOY, 2004).
No Brasil, ocorreram diversos casos de serial killer, os quais, cada qual em sua época, ganhou grande repercussão pela mídia, sendo amplamente noticiados, causando comoção e também indignação social.
Como exemplo desse tipo de crime, um dos casos mais conhecidos que podemos citar é o maníaco do parque, caso em que Francisco de Assis Pereira, um motoboy, no decorrer do ano de 1998, seduzia mulheres nas redondezas do Parque do Estado de São Paulo, situado na região sul da cidade de São Paulo. O criminoso convidava as mulheres para um suposto ensaio fotográfico, com a falsa proposta de uma carreira de modelo fotográfico e as estuprava e as enforcava. Ele fez nove vítimas fatais, e mais outras cinco que conseguiram escapar com vida.
O CASO
No princípio do mês de julho de 1998, um operário encontrou casualmente dois cadáveres no Parque do Estado, uma reserva da Mata Atlântica na área industrial da capital paulista.
Em seguida a polícia localizou outros corpos completamente nus ou vestidos apenas com peças íntimas, todos do mesmo biótipo, ou seja, eram do sexo feminino, estavam na faixa dos 18 aos 23 anos de idade, tinham cabelos escuros, pele morena e estatura mediana.
A autópsia revelou que as vítimas haviam sido estupradas, algumas com marcas de mordidas nos ombros, seios e interior das pernas, enquanto que os pés de outras estavam cravados no chão, em posição de quem suplica misericórdia.
O principal suspeito de ter sido o autor desses crimes é um homem de cerca de 30 anos de idade, vindo de família modesta, porém estruturada e sem qualquer envolvimento com a polícia ou com a justiça.
Foram 49 dias de veiculação ininterrupta nos jornais de maior prestígio de São Paulo e em várias edições da principal revista semanal de informação do Brasil, recebendo a matéria de capa quando o suspeito confessou os crimes.
Após a ênfase no aspecto sexual, o caso passou a ter características de mistério, pois não se sabia quem havia assassinado as moças e nem o motivo. Começaram a levantar suspeitas sobre a existência de um maníaco sexual que atuaria nas matas do Parque do Estado. Ao mesmo tempo, vítimas que sobreviveram ao ataque do assassino começam a aparecer e contar histórias sobre terem sido convidadas para servir de modelo a um catálogo de cosméticos por um"jovem legal e atraente". Entretanto, esse rapaz se transforma quando entra com as mulheres na mata e passa a agredi-las e estuprá-las enquanto afirma que fez isso devido a uma desilusão amorosa.
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FIGURA 01 – Francisco de Assis Pereira, o “maníaco do parque”, serial killer nacional mais conhecido. Construindo a ilusão de que as mulheres tornar-se-iam modelos fotográficas, o motoboy conseguiu atrair 14 vítimas, sendo que apenas cinco delas fugiram depois de estupradas e mordidas. As outras tiveram um fim trágico, estranguladas por uma corda ou cadarço. Pelos crimes, Francisco foi condenado a 274 anos de prisão. Perguntado sobre o motivo, assim respondeu: "Eu tenho um lado ruim dentro de mim. É uma coisa feia, perversa, que eu não consigo controlar. Tenho pesadelos, sonho com coisas terríveis. Acordo todo suado. Tinha noite que não saía de casa porque sabia que na rua ia querer fazer de novo, não ia me segurar. Deito e rezo, pra tentar me controlar".
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