Direito das mulheres
Por: Mariliafb • 18/5/2017 • Dissertação • 801 Palavras (4 Páginas) • 181 Visualizações
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE
SANTANA – UEFS
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MARÍLIA DA SILVA MERCÊS
Trabalho de Direito e Linguagem
FEIRA DE SANTANA
2015
MARÍLIA DA SILVA MERCÊS
Trabalho de Direito e Linguagem
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Orientador: Prof.ª Dr.ª Laurenio Sobra
Coordenador: Prof.ª. Dr.ª Marcia Missi
FEIRA DE SANTANA
2015
Durante os diversos momentos de discursões em torna da ligação Direito e Linguagem, observo-me dentro de um universo no qual procuro explicações para temáticas que dialogam com áreas de interesse próprio. Ao longo desta graduação o aprofundamento na história de libertação das mulheres, é um desafio, tentando dentro da areia jurídica, focar nos gargalos que existiam e ainda existem, na história desse ser. Este componente curricular trouxe esclarecimentos que de uma certa forma não se encontrava explicito, a história das mulheres, teve como um dos primeiros gargalos a fundamentação de uma sociedade nos moldes patriarcais, onde apenas era concedido a pessoas do sexo masculino direitos fundamentais, a exemplo disto a alfabetização, a informação, a participação ativa na vida em sociedade, trazendo como consequências disto a dominância desde grupo, uma forma de exclusão das mulheres.
Intrigava-me em saber o alicerce que se utilizava para manter por tanto tempo esta forma esdruxula de pensamento. Creio que agora estou mas próxima de entender, numa sociedade patriarcal o homem é superior a mulher, ele é quem tem a capacidade de receber conhecimento, de manter uma família e de opinar nas decisões em sociedade, a mulher ao contrario disto teria apenas que obedecer. E então o ponto x da questão, sempre foi muito claro o uso de riquezas para a dominação de um grupo sobre o outro, o que não se enquadra no caso em questão, isto é o que alimentou a buscar por entender como se dava a manutenção desde sistema exclusivo. Chego então ao direito e linguagem, que trouxe aos olhos uma outra forma de dominação. Este se dar pelo fortalecimento do poder através não só do acúmulo de riquezas como também de saber. Cientes disto, aqueles que o detêm controlam o seu fluxo tanto em relação à forma, quanto à qualidade e ao modo de distribuição da informação; a isso entenderemos como abuso de poder. Essa forma de abuso de poder, a partir da manipulação, doutrinação e desinformação, também é responsável por intensificar a desigualdade e injustiças sociais.
Trabalhando tal tema dentro do texto “Discurso e Poder”, de Teun A. Van Dijk o qual traz características do poder, algumas refletem diretamente, são estes: O poder social como uma característica da relação entre grupos, classes e outras formações sociais: As relações onde o poder social se manifesta na intenção, levando em consideração ai o conceito de ação em si que envolve controle dos agentes: A forma indireta de se trabalhar o poder social, agindo por meio da mente, onde se controla a sociedade através desse controle mental, no caso da sociedade como relação as mulheres, a inserção no subconsciente da incapacidade delas, e da sua submissão que deve se ter para com os “homens”; O poder exercido através de recursos socialmente disponíveis para tanto, como é o caso de riquezas, posição, status, autoridade, conhecimento, entre outros, mas que são desigualmente distribuídos entre as varias classes ; e uma ultima característica que relaciono e a qual entendo por ser um dos pontos chaves dentro das desigualdades que viveram e ainda vivem as mulheres é o conhecimento que se tem de seus desejos, vontades, assim exerce-se o poder atreves dos comandos e ameaças, além de utilizar-se do conhecimento inferido das crenças, das normas e dos valores culturais, as quais entendo que vem de uma estrutura ideológica, que só vem a serve a manutenção desse sistema de desigualdades.
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