Direito do Trabalho VIII Exame Unificado OAB – FGV
Por: simonetchy • 16/3/2019 • Abstract • 869 Palavras (4 Páginas) • 271 Visualizações
Direito do Trabalho
VIII Exame Unificado OAB – FGV
PLANTÃO 1
PEÇA
Gabriela Nacibe, optante, foi contratada em 01/04/1986 para trabalhar no
Banco Mercantil Eu Quero TChu S/A, como escriturária I, na agência de
Parnaíba/PI. Trabalhava de segunda à sexta-feira, das 10:00 às 16:00
horas, gozando de 15 minutos de intervalo para refeição e descanso.
Mensalmente recebia R$ 7.111,33 de salário. A norma coletiva da
categoria sempre estabeleceu valor fixo mensal de R$ 97,00 a título
compensatório para eventuais prejuízos sofridos pelos empregados que,
como Gabriela Nacibe, laboravam diariamente com manejo de valores.
Essa parcela prevista em norma coletiva não integrava a remuneração
para quaisquer fins. Teve descontados 2 dias de seus salários em razão de
faltas ocasionadas pelo falecimento de sua mãe em março/2011. Durante
o mês de agosto de 2010, foi transferida para outra agência do banco
situada naquele mesmo bairro, para substituir o empregado Jesunio, que
entrava em férias, o qual percebia o salário mensal de R$10.000,19, tendo
permanecido Gabriela Nacibe, contudo, recebendo o mesmo salário
percebido do mês anterior à transferência. Após uma pequena crise
financeira em seus orçamentos domésticos, deixou de honrar diversos
pagamentos de cheques e outros títulos o que gerou a inserção de seu
CPF nos Cadastros de Proteção ao Crédito (SPC/SERASA) sendo que
quando referida informação chegou ao conhecimento do banco, em
29/03/2012, terminou por ocasionar sua dispensa por justa causa, em
01/04/2012, tendo recebido apenas saldo salarial e férias vencidas
quando de sua dispensa. Como advogado contratado por Gabriela Nacibe,
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maneje o meio cabível para a defesa de seus interesses, levando em
consideração que o Banco Mercantil Eu Quero Tchu S/A acaba de ser
adquirido pelo Banco Eu Quero Tcha S/A, com sede em Recife/PE e que a
empregada não possui condições de arcar com as custas e despesas
processuais sem comprometimento de seu sustento e de sua família,
tendo firmado declaração nesse sentido.
QUESTÕES
1) Raul Seixas foi dispensado em 19/01/2011 pela empresa Caco de Telha
Ltda, para a qual trabalhava desde 18/01/2004. Tendo em vista que havia
Comissão de Conciliação Prévia (CCP) instalada em referida empresa, o
reclamante terminou por comparecer à CCP alí instituída, tendo celebrado
acordo no importe de R$ 6.500,00 para quitação das verbas rescisórias,
onde conferiu quitação do contrato de trabalho sem apontar qualquer
ressalva, acordo esse que acabou inadimplido pela empresa. Passados 2
meses, Raul Seixas ajuizou reclamatória trabalhista pleiteando dentre
outros títulos: 2 horas extras diárias e jamais pagas durante toda a
contratualidade além de adicional normativo de 60% e reflexos em aviso
prévio, férias mais 1/3, FGTS mais 40%, DSR e décimo terceiros; valetransporte
e auxilio-refeição previsto na norma coletiva. A ação foi extinta
sem resolução do mérito, tendo o juiz entendido que o reclamante
conferiu quitação ampla e geral ao contrato de trabalho com eficácia
liberatória, pelo que não havendo ressalvas em aludido termo de
quitação, não há que se falar em ajuizamento de ação trabalhista. A partir
da situação hipotética supra, responda:
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a) Houve acerto da decisão quanto à existência de quitação geral do
contrato de trabalho perante a Comissão de Conciliação Prévia?
b) Qual a medida judicial cabível para que Raul Seixas possa buscar o
adimplemento do acordo não honrado pelo empregador?
2) Viviane Araújo foi contratada em 16/03/2007, com salário de R$
1.899,78 pela empresa A FAZENDA LTDA, para exercer as funções de
auxiliar administrativo. Em 16/03/2012, ajuizou reclamação trabalhista em
face
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