Filosofia do direito
Por: Lalá Nogueira • 5/10/2015 • Artigo • 550 Palavras (3 Páginas) • 176 Visualizações
Primeira Questão: Explique o porquê da assertiva “João é Bom e João não é Bom” ser contrária a assertiva “João é Bom e João não não é Bom” ou “João é Bom e João não não é Bom”? Indique, ainda, qual assertiva é contrária a “Ora é justo, ora injusto fazê-lo” (Sócrates em A República de Platão).
João é bom / e João não é bom
P e ~P
João é bom / e João não não é bom
P e ~(~P)
Observamos nas assertivas que quando se nega uma negação à mesma se torna uma afirmação. Então a segunda assertiva é contrária à primeira, pois ela está afirmando enquanto a primeira está negando tal fato.
Ora é justo / ora é injusto faze-lo
P e ~P
Ora é justo/ ora não é injusto faze-lo
P e ~(~P)
Do mesmo modo, e seguindo o raciocínio lógico, quando se nega uma negação tem se então uma afirmação.
Utilizando um exemplo de argumento lógico podemos entender o seguinte: Observamos que todos os Japoneses possuem o cabelo liso, e vamos verificando que todas as vezes que nos deparamos com japoneses eles realmente possuem os cabelos lisos, concluímos então, que todos os japoneses possuem cabelos lisos. Isso acontece, pois passamos certa quantidade de casos para uma afirmação geral, generalizando alguns poucos para todos. Isso acontece com a indução que nos leva a generalização de determinada assertiva, ou seja, qualquer inferência na qual a afirmativa feita pela conclusão vai além da afirmativa feita pelo conjunto das premissas.
Cabe ressaltar a aplicação do direito e da ética na lógica da filosofia. No nosso ordenamento jurídico e ético é vedado matar, portanto seguindo o raciocínio todos aqueles que praticarem homicídio deverão ser sancionados. Mas admitindo essa assertiva generalizamos o todo e afirmamos o geral. Mas e se matarmos por legitima defesa? Nesse caso estaríamos em um dilema que demonstra que não são todos que matam que devem ser sancionados pela lei, ética ou moral, isso nos faz entender que quando se nega uma afirmação você acaba afirmando. Portanto, algo pode ser ou não pode ser obrigatório ou permitido de acordo com as normas legais.
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