TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

IMPUGNAÇÃO A ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA

Por:   •  28/8/2020  •  Dissertação  •  1.620 Palavras (7 Páginas)  •  291 Visualizações

Página 1 de 7

EXCELENTISSIMO  SENHOR DOUTOR JUIZ DA 2ª  VARA DO TRABALHO DE FLORIANOPOLIS /SC.

NEUZA SOARES, qualificada nos autos  da Reclamação Trabalhista proposta em desfavor de  BUGIO AGROPECUÁRIA-LTDA,  por seus  Procuradores, vem  perante Vossa Excelência, a fim de IMPUGNAR A CONTESTAÇÃO E DOCUMENTOS, apresentados pela Reclamada, o que faz nos seguintes termos:

Que “ab initio” Impugna-se a Contestação e todos os documentos juntados pela Reclamada, tendo em vista, nada quitar do pleiteado.

IMPUGNAÇÃO A ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA

A Reclamante insurge-se quanto ao pedido de Assistência Judiciária Gratuita  postulada pela Reclamante, aduzindo  que a mesma encontra-se exercendo atividade laborativa remunerada e,  que  deixou  de  juntar  aos  autos  comprovação  de  renda  familiar,  bem  como  certidões  do  Detran  ou CRI  para  análise  de  patrimônio e por este motivo, não faz jus a concessão da justiça gratuita.

Desprezadas devem ser as considerações da Reclamada  acerca da concessão da assistência judiciária, tendo em vista que existe pedido expresso na inicial, a qual se encontra devidamente firmada pela Autora, sendo a pobreza do litigante que solicita o benefício da Justiça Gratuita presumida, somente sendo afastada por prova robusta em contrário, cujo ônus não se desincumbiu a Reclamada.

Mais ainda, Excelência, a Reclamante PERCEBE REMUNERAÇÃO MENSAL INFERIOR A 40% DO TETO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL, preenchendo, portanto, os requisitos para concessão do referido benefício.

"A garantia do art. 5º, LXXIV – assistência judiciária integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos – não revogou a de assistência judiciária gratuita da lei nº 1.060, de 1950, aos necessitados, certo que, para a obtenção desta, basta a declaração, feita pelo próprio interessado, de que a sua situação econômica não permite vir a juízo sem prejuízo da sua manutenção ou de sua família. Essa norma infraconstitucional põe-se, ademais, dentro do espírito da Constituição, que deseja facilitado o acesso de todos à Justiça”. (CF, art.5º,XXXV) (STF-2ªT.;Rec. Extr. nº 205.746-1RS; Rel. Min. Carlos Velloso; j. 26.11.1996 - Votação unânime).

JUSTIÇA GRATUITA - NECESSIDADE DE SIMPLES AFIRMAÇÃO DE POBREZA DA PARTE PARA A OBTENÇÃO DO BENEFÍCIO - INEXISTÊNCIA DE INCOMPATIBILIDADE ENTRE O ARTIGO 4º DA LEI Nº 1.060/50 E O ARTIGO 5º, LXXIV, DA CF - Ementa oficial: O artigo 4º da Lei nº 1.060/50 não colide com o artigo 5º, LXXIV, da CF, bastando à parte, para que obtenha o benefício da assistência judiciária, a simples afirmação da sua pobreza, até prova em contrário. (STF - 1ª T.; RE nº 207.382-2/RS; Rel. Min. Ilmar Galvão; j. 22.04.1997; v.u.) RT 748/172. BAASP, 2104/91-m, de 26.04.1999. (Grifos nossos).

E a jurisprudência pátria já se manifestou neste sentido:

Escolha do advogado. A circunstância da parte ser pobre na acepção jurídica do termo, não implica estar tolhida de escolher seu próprio advogado (RT 602/99).

Assim sendo, reitera-se o PEDIDO  de  deferimento da  Assistência Judiciária Gratuita a Autora, conforme pleiteado na Inicial.

 DO CONTRATO DE TRABALHO

A Ré não se insurgiu quanto a data de ingresso da Reclamante na Empresa, nem tampouco, quanto a função e remuneração.

DA RESCISÃO INDIRERTA DO CONTRATO DE TRABALHO

Aduz a Reclamante em sua Defesa que não cabe rescisão indireta pleiteada pela Autora, vez que, improcedem as alegações da mesma na Inicial.

Excelência, o Art. 483 CLT, dispõe que o empregado poderá considerar rescindido o contrato e pleitear a devida indenização quando:

a) forem exigidos serviços superiores às suas forças, defesos por lei, contrários aos bons costumes, ou alheios ao contrato;

d) não cumprir o empregador as obrigações do contrato;

e) praticar o empregador ou seus prepostos, contra ele ou pessoas de sua família, ato lesivo da honra e boa fama;

Pois bem, no caso da Autora, em função dos descumprimentos obrigacionais por parte da Ré, ZELAR PELA BOA FAMA E IGUALMENTE PELA SAÚDE FÍSICA, a mesma não poderia permanecer trabalhando; PORÉM, pelos compromissos com sua família, a mesma não possui condições de  permanecer sem remuneração.

Dessa forma, não havendo outra alternativa, necessita permanecer na Empresa até o final do feito- conforme lhe ampara o Art. 483, § 3º  da CLT.

§ 3º - Nas hipóteses das letras d e g, poderá o empregado pleitear a rescisão de seu contrato de trabalho e o pagamento das respectivas indenizações, permanecendo ou não no serviço até final decisão do processo. (Incluído pela Lei nº 4.825, de 5.11.1965)

Assim sendo, a Impugnação e manifestação da Ré quanto ao não cabimento da rescisão indireta, é totalmente infundada.

DOS VALORES DE LIQUIDAÇÃO DAS VERBAS

A Ré insurge-se quanto a liquidação das verbas pleiteadas pela Autora, aduzindo que a mesma não faz jus ao recebimento das verbas pleiteadas.

Menciona-se entretanto, que em sendo acatadas as razões da Autora na presente Ação,  a mesma terá direito a todas as verbas requeridas; Salvo se já estiverem quitadas pela Ré.

DA DOENÇA OCUPACIONAL

A Reclamada aduz  que a  Reclamante  NÃO SE ENCONTRA ACOMETIDA DE PATOLOGIAS INCAPACITANTES,  quais sejam: TENDINOPATIA DO SUPRA-ESPINHAL COM BURSITE NO MEMBRO SUPERIOR ESQUERDO, E, DEPRESSÃO DO SISTEMA NERVOSO DEVIDO OS MAUS TRATOS.

No entanto, conforme já  mencionado na Inicial e comprovado através de documentos médicos juntados com a Inicial, a Autora faz jus a ser indenizada pelos danos sofridos sem que o Empregador a protegesse.

DA RESPONSABILIDADE  CIVIL DA RÉ FRENTE AS PATOLOGIAS DA AUTORA QUE FORAM ADQUIRIDAS NA EMPRESA.

A Ré menciona que não possui responsabilidade  sobre as patologias e/ou então, que  informa que as mesmas não existem.

Em sede de IMPUGNAÇÃO a estas afirmações, impugna-se afirmando que os documentos médicos acostados,  comprovam o contrário.

Assim sendo, será comprovado através da Pericia de nexo causal, que as patologias foram desencadeadas pelo trabalho exaustivos junto a Ré e pelos assédio moral que foi perpetrado contra a mesma.

DANO MORAL- CALUNIA.

A parte Ré não concorda  em indenizar moralmente, materialmente a Autora, quanto aos pedidos referentes a Calúnia, difamação sofrida perpetrada pelo Encarregado contra a mesma.

No entanto, pelas documentação juntada e pela Prova Testemunhal que comprovará os Assédios Morais sofridos pela Autora, restará com certeza deferido estes pleitos indenizatórios.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (10.6 Kb)   pdf (54.6 Kb)   docx (370.8 Kb)  
Continuar por mais 6 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com