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O ANISTIA INTERNACIONAL

Por:   •  23/11/2020  •  Trabalho acadêmico  •  541 Palavras (3 Páginas)  •  94 Visualizações

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ANISTIA INTERNACIONAL

Ao se deparar com uma notícia que acontecera em um bar de Lisboa em Portugal, onde dois jovens brindavam comemorando a liberdade do governo ditador de Antonio de Oliveira Salazar, esses jovens foram presos, processados e condenados a 7 anos de prisão, o advogado inglês Peter Beneson indignado com o ocorrido, publicou o artigo The Observer  em 28 de maio de 1961 e lançou uma campanha mundial com um apelo aos governos do mundo inteiro para libertar as pessoas detidas por descordarem das opiniões dos oficiais  ou que lhes garantisse um julgamento rápido e justo. Nasce então a Anistia Internacional.

Beneson imaginou uma nova forma pressão sobre as ditaduras e os governos em geral, escrevendo cartas, telegramas, jornais, rádios, canais de televisão...com a  intenção de atrair a atenção pública mundial para violações dos direitos humanos cometidas pelos governos ditatoriais.

Ele organizou um núcleo de trabalho que rapidamente se ampliou e atraiu importantes adesões entre advogados, jornalistas, professores, políticos e intelectuais. O primeiro artigo sqaiu com grande destaque, em pagina inteira, com o titulo The Forgotte prisioners ( os prisioneiros esquecidos), que comentavam sobre oito casos de presos.

O resultado foi uma avalanche de cartas e doações de toda a parte do mundo. Multiplicaram-se grupos de ação que incentivavam escolas e igrejas a se organizarem da mesma forma. Logo o movimento estava nacionalmente organizado na Bélgica, Grécia, Austrália, Suécia, Noruega, Suíça, França, Alemanha Ocidental, Irlanda, Holanda, Inglaterra e Estados Unidos.

No Brasil, durante o longo período de autoritarismo que começou com o golpe militar de 1964, tivemos presos de consciência. E um deles foi Vladimir Herzog, o Vlado, que tornou-se símbolo maior de todos eles, durante uma sessão de tortura, em outubro de 1975.  casado, pai de dois filhos, chefiava o setor de jornalismo da Fundação Padre Anchieta (TV Cultura) em São Paulo. Opunha-se à ditadura, mas nunca defendeu o uso da violência, em sua pregação democrática.

Outro ponto prioritário no mandato da Anistia é o combate à tortura, O torturador não se limita as torturas, e perversidades as pessoas desarmadas e indefesas e não somente presos políticos como tbm a presos comum... onde a tortura funciona como uma pena adicional e sim uma estratégia de segurança, oposição ao governo, intimidação ameaça.

A Anistia recoloca para um mundo em crise a questão da ética. Ressalta a ideia de que há valores universais que devem ser conhecidos e respeitados em qualquer país. Devolve o ser humano ao centro das nossas preocupações fundamentais. Cria uma escola de convivência democrática e de pluralismo. E abre a cabeça das pessoas para uma visão universal da sociedade. A Anistia nos ensina que fazemos todos parte de uma mesma espécie, de uma mesma comunidade, inseparável e indivisível. Se alguém está sendo torturado na Turquia ou na China, no Irã ou no Iraque, isso nos diz respeito. Nossa liberdade jamais será plenamente vivida, enquanto a liberdade de alguém, nos altiplanos da Bolívia ou nos arrozais do Vietnã, estiver cerceada ou ameaçada. A internacionalização das mentes, a universalização dos corações, a superação de uma leitura provinciana, menor, mesquinha, tudo isso faz parte das saudáveis transformações provocadas pelo trabalho da Anistia Internacional. Ela ajuda a criar criaturas humanamente mais ricas, mais generosas, mais solidárias. Ela contribui para a construção definitiva da cidadania.

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