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O Encarceramento

Por:   •  1/12/2021  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.922 Palavras (8 Páginas)  •  99 Visualizações

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Em uma primeira abordagem, é importante sinalizar que quando se discute a respeito sobre o assunto do encarceramento feminino no brasil notasse que é uma tragedia diária na qual nos coexistimos todos os dias, é importante a sociedade fazer uma reflexão sobre o tema do encarceramento. diante disso, notasse uma visão idealizada sobre as prisões ou seja com um espaço repleto de pessoas criminosas, terrivelmente perigosas para a sociedade e por esta nesse local é justo elas estarem sofrendo todo tipo de mazelas como, violência física, comida estragada dentre muitos outros e além disso tem se uma visão de que quando essas mulheres saírem do presidio ela será ressocializada na sociedade, mais fica uma dúvida de que forma isso vai acontecer uma vez que antes de adentrarem no presidio elas já eram excluídas então podemos verificar que é ilógico essa percepção essa percepção que as prisões ressocializam ou revitalização a pessoa. O problema do cárcere é um problema complexo então ele precisa ser analisado também de forma complexa, porque respostas prontas não são suficientes para que se consiga entender uma problemática tão grande como essa. O brasil é o terceiro país que mais cárcere pessoas no mundo hoje contando com mais de 700 mil pessoas presas e a criminalidade não diminui com o encarceramento o que se observa é uma lógica inversa, uma vez que quanto mais se prende mais motivos são criados para se prender pessoas, então é possível dizer que as prisões têm estruturas elas têm base da sua existência elas podem ser intendidas como desigualdade social, capitalismo, racismo e o patriarcalismo. A partir dessa análise caótica que é a prisão o número de mulheres presas são cerca de sete porcento esse número pequeno pode parecer que que essa temática seja irrelevante, mas é importante sinaliza que durante 16 anos o número de homens presos subiu 200% já o número de mulheres subiu quase 700% e essa realidade de mulheres ingressando nas prisões como criminosas não mais como visitas isso é um verdadeiro problema.

É importante falarmos que são as mulheres encarceradas nos dias de hoje no brasil de acordo com pesquisas realizadas no país elas são de a maioria compostas por mulheres jovens que abrangem uma facha entre 18 a 29 anos de idade sendo essa faixa etária onde as mulheres são economicamente ativas ou seja o momento que em tese deveriam esta construindo o seu futuro mais estão presas , quando elas saem do presidio elas cabam por ser marcadas com o estigma de uma mulher encarcerada e assim dificilmente conseguem um emprego digno para que consigam se manter , também essas mulheres tem baixa escolaridade , já são mães de pelo menos de uma criança , são chefes de família são presas provisórias isso que dizer que são presas sem nem uma condenação transitada e julgada elas não tem uma sentença mais mesmo assim se encontram presas e uma questão interessante ao mesmo tento triste é que as mulheres que são presas são mulheres negras ou pardas em sua maioria observamos que após 33 anos da abolição da escravatura a população negra segue na liderança na piores estatísticas. Diante disso, é importante retomando o início da história, o olhar mais aguçado para as mulheres negras– nesse aspecto, o corpo da mulher negra era violado, para o prazer dos senhores proprietários das fazendas, nesta época, também existiam o ódio, os ciúmes nutridos pelas esposas. Neste contexto, muitas negras eram torturadas severamente, tais torturas ocorriam, independentemente de idade -, meninas escravas abusadas e violentamente estupradas. Uma visão errônea era imputada a mulher negra “de que elas suportavam dores”, diferente das mulheres brancas. O discurso político não se estabelece no abstrato, mas sobre corpos. O sujeito coletivo é construído de modo subalterno por essas práticas políticas e discursivas. Nesse sentido, afeta o corpo não apenas o biológico, mas o religioso, o moral, a classe, o gênero dentre muitos outros. O corpo também, portanto, é um espaço de ideologia. De acordo com a autora Juliana Borges, as mulheres negras passaram e passam pela coisificação material e simbólica Uma fala importante de Sueli Carneiro, acerca do exemplo discorrido pelo historiador Anthony Mark, em relação a raça, então vejamos: “[...] o uso que as elites fizeram e fazem da diferença racial foi sempre com o objetivo de provar a superioridade branca e assim manter seus privilégios, à custa da escravidão e exploração [...]”. Para manter o controle das pessoas escravizadas, permeava a punição, o constrangimento, a violência e a coerção foram impingidas para que se estabelecesse explicitamente a mensagem de qual lugar negros e negras teriam na sociedade baseada nessas hierarquizações. Neste ponto, fazia-se questionar os negros a sua identidade. Afinal, esta era e é uma forma de negar lugar ao corpo negro na sociedade. Colocando à disposição destes poucos lugares, um deles acaba sendo o próprio cárcere.

Ressalta-se que de acordo com a fonte INFOPEN, um sistema de informações estatísticas do sistema penitenciário brasileiro desenvolvido pelo Ministério da Justiça, o Brasil não possui infraestrutura para comportar número elevado de mulheres presas que aumentou nos últimos anos. A realidade é de celas superlotadas, alimentação precária e violência. Situação que faz do sistema carcerário um grave problema social e de segurança pública. Além da precariedade do sistema carcerário, as políticas de encarceramento e aumento de pena se voltam, geralmente, contra a população negra e pobre. Entre os presos, 61,7% são pretos ou pardos. Importante lembrar que 53,63% da população brasileira têm essa característica – o problema só tende a se agravar De acordo com o livro, “Encarceramento em massa”, o direito e a justiça são espaços de reprodução do racismo, da criminalização e do extermínio da população negra. Este crime pode ser verificado historicamente nas leis brasileiras. Articulação entre a Justiça que tem como braço de ação a polícia, o início do que viria, em décadas seguintes, como marcada criminalização. Preliminarmente emergi a vigilância e repressão em relação à população negra, mas sempre como em relação aos “menos favorecidos” e com teor ideológico e de estereótipo das massas como elementos para exercício de controle.

2-Os direitos da mulher presa vinculado com os direitos humanos

Ademais, é de extrema importância a promoção

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