O FICHAMENTO DE ESBOÇO DA OBRA A IMPORTÂNCIA DO ATO DE LER

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

CAMILA ROMÃO DA SILVA FIORELLI

FICHAMENTO DE ESBOÇO DA OBRA A IMPORTÂNCIA DO ATO DE LER

MARINGÁ

2020

CAMILA ROMÃO DA SILVA FIORELLI

FICHAMENTO DE ESBOÇO DA OBRA A IMPORTÂNCIA DO ATO DE LER

Trabalho científico apresentado à disciplina de Pesquisa Jurídica, como exigência parcial para avaliação do 1° Bimestre da primeira série do curso de Direito da Universidade Estadual de Maringá. Turma 2 – Matutino. RA119377. Sob orientação da Prof. Dra. Valéria Silva Galdino Cardin.

MARINGÁ

2020

Fichamento de Esboço

A Importância do Ato de ler: em três artigos que se completam	Prefácio	1
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. 23 ed. São Paulo: Autores Associados: Cortez, 1989. 49 p. (Coleção polêmicas do nosso tempo; 4) p. 7. O autor Antônio Joaquim Severino comenta sobre o conteúdo escrito no livro de Paulo Freire, e o objetivo deste em trazer de volta a humanidade dos opressos, onde quer que estejam, contanto que a dignidade dos seres humanos em estado de opressão seja restaurada. p. 7. Severino também resume os pontos principais da obra, como a discussão sobre o importante tema da leitura, demonstrando criticamente a relevância da alfabetização e da biblioteca popular. p. 7. Paulo Freire relata e documenta suas experiências de ensino, e produz a obra revisando seu próprio conhecimento. Descreve que aprender a ler e a escrever é aprender a compreender o mundo, de modo que une o real e a linguagem dinamicamente e não apenas de maneira mecânica. p. 7. Além disso, o ato de aprender é um ato político. Portanto, posição de professores e alunos deve ser crítica quanto a educação, excluindo a fictícia neutralidade desta, a fim de experienciar uma realidade que busca trazer a liberdade e construir a história. Onde todos devem contribuir para que não haja mais relações de exploração.

A Importância do Ato de ler: em três artigos que se completam	A Importância do ato de ler	2
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. 23 ed. São Paulo: Autores Associados: Cortez, 1989. 49 p. (Coleção polêmicas do nosso tempo; 4) p. 9. O ato de ler não acaba após o decifrar de uma palavra escrita, mas é prolongado no conhecimento de mundo, o qual o autor chama de “leitura do mundo”, que vem antes da compreensão da palavra escrita. A Linguagem e o real são unidos e mantêm uma relação dinâmica, pois para entender um texto ou uma obra é necessário compreender o contexto e este é adquirido com o conhecimento de mundo. p. 9. Primeiro ocorre a “leitura” do mundo, do pequeno mundo da infância, onde toma-se conhecimento das palavras na medida que se ouve e tem o contato com objetos, lugares e pessoas, assim como o autor descreve no seu período infantil. Depois, ao decorrer da escolarização, ocorre a leitura da “palavramundo” p. 9-10. Os textos, as palavras e as letras surgem nas experiências de criança com a natureza, as pessoas e suas crenças, gostos, medos e valores. E sem perceber o conhecimento do mundo é ampliado na medida em que se cresce. p. 11. Ao entrar no mundo da leitura, os temores diminuem. E na escola essa leitura do mundo não se acaba, mas é aprofundada com os professores, e agora, a leitura da palavra é a leitura da palavramundo. p. 11. À medida que se avança no colégio os textos lidos em classe aguçam a percepção crítica. Porém, enquanto ocorre a leitura não se pode ver tal ato como um simples dar-se conta que existe uma página escrita a diante e que apenas deve-se ler mecanicamente ao invés de verdadeiramente compreendida. p. 11. A regência verbal, a sintaxe de concordância, o problema de crase, o sinclitismo pronominal, nada disso pode ser reduzido a fragmentos de conhecimentos que devem ser engolidos pelos estudantes. Entretanto, a curiosidade dos alunos deve ser dinâmica e viva ao ler um texto, como se desvendassem um objeto e não com algo a ser apenas descrito. p. 12. Eles têm de aprender o significado mais profundo do objeto e não apenas descrevê-lo. O memorizar ou o saber de um objeto é apenas possível com o aprendizado, o real conhecimento dele, e não apenas a memorização mecânica. p. 12. O fato de professores e professoras insistirem na extensa quantidade de livros a serem lido sem a instrução adequada, a fim de que sejam realmente compreendidos, permite que a compreensão equivocada que existe do ato de ler continue. p. 12. Este fato, dá uma visão “mágica” da palavra escrita, onde a quantidade supera a qualidade e é exatamente o que precisa ser superado. Os documentos filosóficos mais importantes, por exemplo, têm apenas duas páginas e meia. p. 13. É importante reassegurar a alfabetização de adultos como um ato político e um ato de conhecimento e também como ato criador. A alfabetização não pode ser reduzida a apenas ao ensinar das palavras, sílabas e letras, como se o educador fosse preenchendo o suposto vazio mental dos alfabetizandos. p. 13. O caso de o educando precisar da ajuda de seu educador, não quer dizer que este suprima a criatividade a responsabilidade na construção da escrita e leitura da linguagem daquele. A alfabetização é expressar oralidade na escrita, e não deve ser feita pelo professor sobre o educando, mas deixar o alfabetizando ter seu momento criativo. p. 13. Lembrando que a leitura do mundo vem sempre antes da leitura da palavra, onde esta é a continuação daquela, e essas duas leituras fluem de maneira dinâmica. Desse modo, as palavras, a fim de organizar as palavras estudadas com os alfabetizandos, devem fazer parte da vida deles para poderem expressar seus medos, suas preocupações, seus sonhos e aprenderem realmente o significado das palavras e o contexto em que estão inseridas. p. 14. Essa leitura com uma compreensão mais crítica, interpretando e reescrevendo o que foi lido possibilita o povo entender sua condição de extrema pobreza.

...