O Fustel de Coulanges
Por: dimtk • 16/9/2019 • Resenha • 2.387 Palavras (10 Páginas) • 140 Visualizações
UNIFAESP
Faculdade Anchieta de Ensino Superior
Marcos Paulo Krebs Moreira
História do Direito
Atividade 1 - capítulo I Fustel
2019
Resumo
Nos textos a seguir encontra-se um fichamento de maneira detalhada, a onde pude refletir e posicionar as minhas ideias de maneira didática. Para uma melhor interpretação e maior organização minha com o livro. Tendo como objetivo mostrar de maneira direta e didática o que ocorria nos tempos antigos, suas crenças e aspectos da cultura desse povo.
Nota do Aluno
Eu particularmente fiquei assustado em ler e entender como eram as crenças há séculos passados. Fiquei um pouco intrigado, pois, algumas coisas eu realmente não vi ou me foi mencionado no ensino médio na matéria de história. Algumas revelações que o autor faz são assustadoras bem como, o credo tão rigoroso em acreditar que os mortos teriam a necessidade das coisas que tinha em vida como, escravos, cavalos, alimentos, vinho, etc... É bem sombrio imaginar a pratica sem ‘’ pena ou dó ‘’ em degolar os escravos e cavalos que o morto tinha e assim ocorreu após a morte, enquanto em vida. Imagino que os que o serviam ao morto antes da morte, por causa da crença pagaram um preço que nem era deles. Não é atoa que a história diz que, o império romano foi considerado o ‘’ Povo bárbaro ‘’ na idade antiga. È estranho imaginar que a filosofia foi desenvolvida nesse meio, a onde as crenças eram perpétuas independente da ‘’ evolução ‘’ por assim dizer, daquela sociedade.
Palavras chave: Crença sobre a alma e morte, culto dos mortos, fogo sagrado.
Crenças sobre a alma e sobre a morte
Na história da Grécia e Roma, via-se persistir uma sociedade dividida entre um conjunto de pensamentos e costumes. Por se datar de uma época muito distante. Dar-se a entender que as opiniões dos homens inicialmente eram sobre a própria natureza, alma e morte que por via era um mistério.
O autor fala ‘’ Por mais longe no passado que recuemos na história da raça indo-europeia, de que as populações gregas e italianas [...] ’’ (p.23). Não se pensava que depois da breve vida tudo estivesse acabado para o homem, uma geração antiga desses povos, filósofos, acreditavam em uma segunda existência, ou seja, vida após a morte. Acreditando que a morte era apenas uma mudança de vida. Podemos ver que no presente momento, essa crença de vida após a morte ainda existe em algumas culturas em diferentes sociedades. Em discorrimento do capitulo o autor fala que a crença metempsicose jamais poderia entrar como pensamento no âmbito da população Greco-italiana, pois, acreditavam que o pensar de almas encontrando morada celestial era uma opinião antiga do Oriente. Porém, o pensamento de morada celestial se encontra não totalmente, mas bem recente no Ocidente. Argumentando sobre isso o autor cita o poeta Focílides; Onde ele diz.
‘’ A morada celeste jamais foi considerada a recompensa de alguns grandes homens e dos benfeitores da humanidade. ‘’ (p.24). Segundo a crença mais antiga dos italianos e gregos, não seria em um mundo desconhecido que a alma ia viver a sua vida após a morte, ela continuaria perto dos homens na terra.
Eles acreditaram por muito tempo que depois da morte a alma ficava associada ao corpo, assim como nascida com ele, a morte não a separava dele, se acabava com ele junto ao túmulo. Porém, os ritos traziam um pensamento de maneira clara, pois, a crença colocava que quando se colocava um corpo no sepulcro, acreditava que nele se colocava algo vivo. Algumas ideias de escritores como, Virgílio, em cerimonias religiosas dos funerais de Polidoro, terminavam com uma narrativa onde dizia ‘’ Encerramos a alma no túmulo ‘’. O autor aponta que, a mesma expressão de ideia da alma, em outros autores como, Ovídio e Plínio. Porém, a expressão não corresponde às ideias que esses escritores tinham sobre a alma, o que o autor quis colocar foi que. Mesmo em tempos que não se tem memória por conta da sua antiguidade ela se faz durar entre as crenças antigas e populares. O autor diz também ‘’ Era costume, ao termino da cerimonia fúnebre; chamar três vezes a alma do morto pelo nome que ele tivera [...] Que a terra lhe seja leve ’’ (p.24). O povo acreditava que o cadáver ainda viveria com o sentimento de bem estar e de dor. Eles escreviam sobre o túmulo do cadáver, o autor revela que essa expressão sobreviveu a todas as crenças de século em século e chegou até o tempo dele. Ainda a empregavam embora no tempo ninguém mais pensasse que um ser imortal repousava em um túmulo. Porém, os antigos acreditavam fortemente que avia um homem vivo, que não enterrava ele sem enterrar as coisas que ele tivesse necessidade. Exemplo; Roupas, vasos, arma, etc... Chegavam a derramar vinho sobre o túmulo para sessar à sede, comida para sessar a fome. Matavam cavalos e escravos degolado com uma ideia, de que esses seres, mortos junto o morto, serviriam para ele na tumba, como serviram em vida.
Eles diziam que uma alma que não tivesse um túmulo aquela não tinha residência. Ficava como um vagante da outra vida, sem ter descanso depois de trabalho e agitações de uma vida, sem receber oferendas e alimentos que eles acreditavam que o homem na sua sepultura precisaria. Tornava-se aquilo que a religião hoje em dia denomina de fantasma ou demônio atormentando os vivos, enviando doenças, destruindo como relata o livro às colheitas, assustando os vivos com aparições sombrias ou lúgubres como diz o autor. Iniciou-se dai o credo nos fantasmas. Estavam convencidos de que sem uma sepultura a alma do homem era miserável e que através de sua sepultura se tonaria um homem feliz para sempre. As cerimonias fúnebre serviam de repouso e felicidade para o morto. O autor aponta uma nota de que não bastava enterrar o corpo, precisava-se ainda observar os tiros tradicionais e pronuncias de determinadas fórmulas. Para Plauto em ‘’ A história de um fantasma ‘’ entende que uma alma continua errada se não for enterrada com os ritos certos. Portando assim, o homem ou mulher eram enterrados sobe o efeitos dos ritos e fórmulas de cerimonia nos sepulcros, para que não se tornassem fantasmas, para que as almas fossem fixadas e encerradas no túmulo. E ali os entregava o que achavam que o morto precisava.
Uma virtude contraria dos antigos que, evocavam as almas e faziam as mesmas, sai momentaneamente do sepulcro ou tumba. O autor revela que para os escritores antigos o homem era atormentado pelo medo desses ritos e fórmulas não ocorrerem de maneira correta. Eles temiam mais a esses rituais e fórmulas do que a própria morte. Porque, dependia-se da privação da sepultura a felicidade e repouso eternos.
Alguns atenienses condenaram á morte os generais depois de uma vitória marítima, pois, segundo o povo os generais haviam negligenciado enterrar os soldados atenienses mortos na batalha. Esses generais por hora eram alunos dos filósofos, para eles parecia-lhe pouco importante se um cadáver se decompusesse em terra ou na água. Por outro lado, a multidão em Atenas ainda era apegada ás antigas crenças e acusaram os seus generais de impiedade e fizeram-nos morrerem. Com a vitória os generais tinham salvado Atenas; mas, com a negligência para os que ainda eram apegados as crenças, os generais haviam perdido milhares de almas. Assim, portanto, na lei antiga os culparam com o castigo considerado terrível, que é a privação de se sepultura. Punindo-os a própria alma, que lhe fora aplicado uma punição quase eterna.
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