TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

O MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR

Por:   •  1/12/2021  •  Trabalho acadêmico  •  2.941 Palavras (12 Páginas)  •  79 Visualizações

Página 1 de 12

AO EXCELENTÍSSIMO JUÍZO DE DIREITO DA ... ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE MORRO ALTO – UF

ROBERTO, [nacionalidade], [estado civil], [profissão], portador da cédula de identidade RG nº [XXX], inscrito no CPF/MF sob o nº [XXX], residente e domiciliado na [endereço completo], e-mail [XXX], por seu advogado que ao final subscreve, vem à Vossa Excelência, consubstanciado nos artigos caput e 196 da Constituição Federal; artigos Id e II, da Lei 8.080/90 - Lei Orgânica da Saúde, bem como na Lei 12.016/2009, impetrar

MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR

contra ato ilegal praticado pelo SECRETÁRIO MUNICIPAL DA SAÚDE DA CIDADE DE MORRO ALTO – UF, o senhor [...], que pode ser encontrado na Secretaria Municipal de Saúde de Morro Alto, situada na [endereço completo], e-mail [XXX], pessoa jurídica de direito público, pelas razões que passa a expor.

1 – DOS FATOS

O impetrante é portador de doença que afeta o sistema imunológico, conhecido por SIDA [CID XXX], conforme demonstram os exames e laudos médicos anexos aos autos, [doc- 01].

Em razão disso, o único tratamento capaz de melhorar e manter a qualidade de vida do impetrante são os medicamentos  X,   Y e Z, que deverão ser tomados pelo impetrante de forma intermitente, conforme laudo emitido pelo médico [doc-02], devido sua situação ser considerada gravíssima, sendo este tratamento sua única chance de sobrevida, devendo iniciar imediatamente o uso destas medicações conforme orientação médica anexada aos autos [doc-03].

Ocorre, Excelência, que o impetrante se encontra desempregado e não tem condições de adquirir os referidos medicamentos que juntos custam no importe de R$ 10.000,00 (dez mil reais), conforme consulta de preços anexada aos autos [doc-04], sendo, portanto, muito custosos para realizar o tratamento que lhe garantiria a chance de sobrevida.

O impetrante tentou adquirir o medicamento administrativamente, tendo protocolado requerimento junto à Secretaria do Município de Morro Alto na data de XX-XX-XXX. No entanto, seu requerimento fora indeferido pelo SECRETÁRIO, o senhor [...], sob o argumento de que os referidos medicamentos não correspondem aos catalogados pelo Município.

Por todo o exposto ao norte e por não ter condições financeiras de adquirir a medicação de que necessita e negado o fornecimento do remédio ao autor por meio do Sistema de Saúde Público, não lhe restou outra solução senão socorrer-se do Poder Judiciário, impetrando o presente MANDADO DE SEGURANÇA, para poder realizar seu tratamento médico, pois a manutenção de sua saúde e, consequentemente da própria vida e dignidade, é direito líquido e certo do impetrante, cuja violação por ato de autoridade pública, não deve ser aceita.

2 – DA AUTORIDADE COATORA

A autoridade coatora ora impetrada é o SECRETÁRIO – MORRO ALTO, por ser o responsável pelo fornecimento dos referidos medicamentos.

Assim, o impetrante necessitando das medicações para realização do tratamento médico imprescindível a sua saúde e não tendo condição financeira para a sua aquisição, requereu-os à autoridade impetrada, obtendo a negativas de fornecimento, conforme demonstra os documentos em anexo [doc-04].

Em resposta ao requerimento protocolado pelo impetrante junto à Secretaria do Município de Morro Alto, o secretário municipal de saúde negou o fornecimento, alegando que tais medicamentos não corespondem aos catalogados pelo município.

Todavia, cumpre ressaltar que, a única chance de sobrevida do impetrante é iniciar imediatamente o tratamento com os medicamentos X, Y e Z. 

Ademais, não procede ao argumento da autoridade coatora de que as referidas medicações não estão catalogadas pelo município, posto que o direito à saúde é direito constitucional fundamental e deve ser garantido de forma integral e prioritária pelo Poder Público, seja ele a União, Estado ou Município.  

Demonstrado está que o impetrante tentou obter as referidas medicações gratuitamente junto ao Posto Público competente, não obtendo êxito na sua aquisição.

Imperativo se torna o fornecimento das medicações para o tratamento adequado do impetrante, não devendo prevalecer a postura do Estado, consistente na negativa de fornecimento das medicações necessárias a enfermo carente no aspecto legal do termo, sob a alegação de que as referidas medicações não estão catalogadas pelo município e portanto não estariam disponíveis para distribuição gratuita, por estarem em jogo os direitos de maior relevância, que são os direitos à integridade física e à vida.  

Visto posto, é dever da Autoridade Coatora fornecer as referidas medicações, em caráter de urgência.

3 – DO DIREITO LÍQUIDO E CERTO

Quando se diz que o mandado de segurança exige a comprovação de direito líquido e certo, está-se a reclamar que os fatos alegados pelo impetrante estejam, desde já, comprovados, devendo a exordial vir acompanhada dos documentos indispensáveis a essa comprovação. Daí a exigência de a prova, no mandado de segurança, ser pré-constituída. É o que ocorre no presente caso, em que o impetrante necessitando de medicamentos imprescindíveis ao tratamento médico em caráter de urgência, devido a situação de saúde do impetrante ser gravíssima e conforme comprovado em laudo médico em anexo e da necessidade do tratamento ser iniciado imediatamente, sendo a única chance de sobrevida do impetrante ,tendo em vista que este teve seu direito negado por ato do poder público conforme negativa do requerimento protocolado junto à Secretaria do Município de Morro Alto em anexo.

O direito líquido e certo do impetrante decorre do art. 196 da Constituição Federal, que dispõem claramente sobre o dever do Estado, no que diz respeito aos serviços de saúde pública, in verbis:

“Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantindo mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”. 

O art. 196 da Constituição Federal é, portanto, a previsão de regulamentação futura, a qual deverá respeitar os direitos já consagrados constitucionalmente, merecendo, pois aplicação imediata.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (19.7 Kb)   pdf (114.7 Kb)   docx (15.6 Kb)  
Continuar por mais 11 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com