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Resenha Crítica - Documentário Winter on Fire

Por:   •  19/5/2018  •  Resenha  •  801 Palavras (4 Páginas)  •  1.861 Visualizações

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Resenha Crítica

Documentário: Winter On Fire

Ramon Lopes Gravina

        O documentário se dá no contexto de luta pela independência da Ucrânia, que era esmagadoramente controlada pela Rússia, em um viés de integração à União Europeia em busca de maiores liberdades e direitos tendo em vista essa emancipação.

        Viktor Yanukovych, voltando as eleições no ano de 2012, prometeu cumprir um pacto comercial com a União Europeia, entretanto traiu a plataforma que prometia eleições, voltando a Ucrânia na situação de submissão Russa por Vladimir Putin e não assinando o acordo histórico de livre comércio, depois dessa repentina mudança de direção política. Dentro desse contexto, o documentário aborda esse fogo cruzado entre o governo de Yanukovych com o provo ucraniano que desejava à liberdade e a integração econômica com a União Europeia, gerando uma série de conflitos destrutivos entre o governo e o povo.

        É retratado a insatisfação popular frente a esse fato, gerando um movimento no qual os ucranianos declaravam que a Ucrânia fazia parte da Europa, dentro de uma ideia de mundo civilizado que almejavam para o futuro do país. Portanto, insurgiu-se os movimentos que protestavam e contestavam o regime vigente, que foram reprimidos brutalmente pelos soldados, deixando um saldo de pessoas violentadas e agredidas, não só fisicamente, mas também moralmente.

         Os ativistas que lutavam pela causa da liberdade e emancipação ucraniana que conseguirem fugir da reprimenda estatal, se reuniram no mosteiro e desenvolveram uma auto-organização essencial para o fim a que pretendiam. Havia uma mútua cooperação entre esses ativistas, enfrentando situações diversas como frio, falta de recursos e entre outras várias limitações físicas e psíquicas. Ainda assim, resistiram bravamente dentro dessas circunstâncias precárias, mostrando a força do movimento e se articulando com base no que tinham e pautando-se em técnicas de defesa retiradas historicamente de antigas batalhas.

        Havia um entendimento entre os ucranianos ativistas que era necessário que a luta fosse naquele momento sob o risco de futuramente não conseguirem mais se insurgirem contra o regime político instaurado. Sendo assim, havia um risco muito grande do futuro da Ucrânia fosse comprometido por aquele sistema repressivo e nunca mais haver uma abertura para valoração dos princípios que buscavam: liberdade e dignidade.

        O conflito foi marcado pela intensa repressão estatal, inclusive utilizando de máxima violência, mesmo quando os manifestantes não detinham poder bélico relevante, muitas vezes adotando condutas pacíficas e questionando a falta de amparo para suas manifestações e opiniões, sendo reprimidas a ferro e fogo. O povo não tinha voz. Dentro desse contexto, é possível citar as provocações dos policias que criaram um terreno propício para que se desenvolvesse uma guerra entre os soldados ucranianos e o povo.

        É visível pelo documentário a brutalidade com a qual os soldados reprimiam as manifestações que não concretizavam nenhuma ameaça eminente. As ações deles não eram simplesmente para conter que os civis invadissem e tomassem a administração presidencial, mas eram condutas eivadas de ódio com extrema violência, agredindo pessoas aleatoriamente sem nenhum tipo de cuidado. Uma cena em específico ilustra essa situação, em que mesmo a pessoa estando caída, os soldados proferiam vários golpes e pontapés afim de lesionar gravemente a pessoa.

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