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Resenha Crítica de Crátilo

Por:   •  22/5/2022  •  Resenha  •  1.124 Palavras (5 Páginas)  •  246 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ

PRÓ-REITORIA DE ENSINO E GRADUAÇÃO

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

CURSO DE BACHARELADO EM DIREITO

DISCIPLINA: FILOSOFIA GERAL E JURÍDICA

PROFESSOR(A): ESTHER CASTELO BRANCO

DIÁLOGOS DE PLATÃO: CRÁTILO

Bianca Vasconcelos Almeida

Teresina-PI

Janeiro/2022


UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ

PRÓ-REITORIA DE ENSINO E GRADUAÇÃO

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

CURSO DE BACHARELADO EM DIREITO

DISCIPLINA: FILOSOFIA GERAL E JURÍDICA

PROFESSOR(A): ESTHER CASTELO BRANCO

Bianca Vasconcelos Almeida

DIÁLOGOS DE PLATÃO: CRÁTILO

                                                                    Resenha Crítica apresentada como requisito para a obtenção de nota da disciplina Filosofia Geral e Jurídica, pelo Curso de Bacharelado em Direito da Universidade Estadual do Piauí, ministrada pela professora Esther Castelo Branco.

Teresina-PI

Janeiro/2022

DIÁLOGOS DE PLATÃO: CRÁTILO

PLATÃO. Crátilo. In: Platão Diálogos VI – Crátilo (ou Da Correção dos Nomes), Cármides (ou Da Moderação), Laques (ou Da Coragem), Ion (ou Da Ilíada), Menexeno (ou Oração Fúnebre). Tradução, textos complementares e notas por Edson Bini. São Paulo: Edipro; 2ª edição, 2016, capítulo 1.

A filosofia platônica foi expressa e transmitida por meio de diálogos, os quais possuem origem na dialética socrática e visam reproduzi-la. Além disso, é válido ressaltar que Platão questionou quase tudo que conhecia. A partir disso, surge a questão acerca da “Justeza dos Nomes” ou a “Correção dos Nomes”, tratada em um dos principais diálogos de Platão – Crátilo, do grego Κρατύλος. Esse diálogo faz parte da segunda tetralogia – de acordo com a divisão feita por Trasílaco de Mendes no século I – e aborda a arte da dialética a partir das teses opostas apresentadas na obra, por intermédio, da conversa entre Crátilo, Hermógenes e Sócrates, que versa sobre quais os critérios que estabelecem a relação entre nome e coisa nomeada.

Em primeira análise, a obra se inicia com Hermógenes comunicando a Sócrates sobre o assunto que está sendo conversado com Crátilo, quem segue um pensamento de linha naturalista, como um oráculo, o qual acreditava em uma justeza dos nomes baseada na ideia de que cada coisa tem por natureza um nome apropriado e que não se trata da denominação que alguns homens convencionaram dar-lhes, ou seja, por natureza, têm sentido certo, sempre o mesmo. Em contraposição, o pensamento de Hermógenes é de linha convencionalista, o qual acreditava que a correção dos nomes se baseava em convenção e acordo, ou seja, para ele, seja qual for o nome dado a uma determinada coisa, esse é seu nome certo e se, por algum motivo, esse nome venha a ser substituído e se tornar primitivo devido ao desuso, o novo nome não será menos correto que o primeiro, ou seja, nenhum nome seria dado por natureza a uma coisa, mas sim pela lei e pelos costumes dos que se habituaram a chama-la dessa forma. Diante desse cenário, Sócrates aparece como o personagem que apresenta questões e argumentações aos defensores de suas teses, com o intuito de que Crátilo e Hermógenes sejam levados a uma nova percepção do que estava sendo argumentado.

No desencadeamento do diálogo, já se sabe que, na concepção de Hermógenes, o nome é atribuído às coisas da forma que foi convencionado como correto. Dessa forma, o critério é o hábito, pois nada teria um nome completamente correto, mas existiria uma convenção acerca da justeza dos nomes. A partir disso, Sócrates começa a questioná-lo como isso seria possível, pois se é dado um nome a uma coisa qualquer, por exemplo, se ao que hoje é conhecido como homem, fosse dado o nome de cavalo, a mesma coisa passará a ser denominada homem por todos, e cavalo por alguém particularmente, e, na outra hipótese, homem apenas para alguém, e cavalo para todos os outros. Dessa forma, Sócrates introduz sua argumentação, mostrando a impossibilidade da concepção de Hermógenes ser totalmente correta, podendo até existir certo grau de convencionalismo, ou seja, um mesmo objeto pode ser chamado por nomes diferentes nas diversas línguas, dando a possibilidade de troca-los à vontade, porém, a comunicação se tornaria impossível. Ainda sobre as dúvidas de Hermógenes, ele e Sócrates chegam à conclusão de que seu nome – Hermógenes – não seria verdadeiro, pois não condiz com o ser, e isso já havia sido falado por Crátilo.

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