Resenha - Dois perdidos numa noite suja, plinio marcos
Por: Quintino Facci • 4/4/2016 • Resenha • 1.225 Palavras (5 Páginas) • 1.274 Visualizações
1.REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Marcos, Plinio - Dois perdidos numa noite suja, 1966. Disponível em: http://www.ingresso.ufu.br/sites/default/files/certificacao/Teatro_Dois_Perdidos_Numa_Noite_Suja.pdf , 20 de março de 2016.
2.REFERÊNCIA BIOGRÁFICA
Plinio Marcos
Nasceu em 29 de setembro de 1935, Santos. Onde morava com seus pais, quatro irmãos e uma irmã. Estudou apenas até o curso primário, onde demorou quase 10 anos para concluí-lo. Não deu continuidade em seus estudos, foi aprendiz de encanador e terminou funileiro. Tentou ser jogador de futebol, serviu a aeronáutica e também atuou em radio e televisão de Santos.
Começou a trabalhar como camelô quando foi para São Paulo, aos 25 anos. Também trabalhou lá como ator, administrador e faz-tudo. Desde então começou a se envolver com este meio artístico e em 63 começou a produzir textos para a TV Tupi. Dois anos depois já produzirá um roteiro para um espetáculo musical.
Já nos anos 70, Plinio investirá em sua carreira de ator, interpretando o motorista Vitório na telenovela Beto Rockfeller. Não intimidado com a censura do regime militar na década de 80, continuou por esse período sendo muito produtivo e sempre cheio de cultura popular. Escreveu para diversos jornais e revistas de grande prestígio, além de colaborar também com publicações suas para outras revistas. Ao fim da censura, continuou a escrever e tornou-se palestrante.
Atingiu grande prestigio, tendo suas obras encenadas e traduzidas em mais quatro idiomas além de receber os principais prêmios nacionais em todas suas atividades que praticou como ator, diretor, dramaturgo e escritor. Suas principais peças foram "Dois Perdidos numa Noite Suja" (1966), "Navalha na Carne" (1967), "Balbina de Iansã" (1971) e "Abajur Lilás" (1976). Marcos possuía diabetes e em 1999 sofreu um derrame cerebral tendo seu lado esquerdo paralisado, e após dois meses sofreu um segundo derrame onde ocasionou sua morte aos seus 64 anos em São Paulo, 29 de novembro de 1999.
3. RESUMO DA OBRA
A peça se passa inteiramente em um quarto de uma hotelaria barata, mostrando o dialogo entre dois homens que dividiam o mesmo quarto, Paco e Tonho. Os dois tinham uma vida humilde, trabalhavam em um mercado próximo de onde viviam carregando caixas.
Tonho vinha do interior onde estudou até o ginásio, de família humilde possuía pai e mãe, estava à procura de emprego já que onde vivia não havia oportunidade boa nem nada que oferecesse mais do que o pouco que recebia no mercado. Já paco possuía mãe e não sabia quem era seu pai, antes do mercado ganhava sua vida tocando flauta e sobrevivendo aos arredores dos bares da cidade, até que a roubaram após dormir na rua embriagado, aos efeitos de entorpecentes, e teve que sucumbir ao trabalho de carregador.
O enredo da peça começa com uma discussão dos dois, pois paco tocava muito mal uma gaita enquanto Tonho queria dormir, então brigam física e verbalmente, e ao fim disso Paco se insinua com seu tênis novo, tudo que Tonho achava que precisava para conseguir ir a uma nova entrevista de emprego e sair de tal vida que considerava miserável. Paco não aceita o pedido de seu companheiro de quarto que queria o tênis emprestado para arrumar um emprego.
O homem do interior entra em uma confusão ao carregar o caminhão do Negrão no dia que esse não foi ao mercado trabalhar. Tonho recebe conselho do flautista para resolver violentamente a situação e então recebe como resposta que nada seria resolvido assim, pois era estudado e não precisava disto. Paco fica um bom tempo tirando saro do seu companheiro pela forma que foi resolvida a questão com o Negrão.
Tonho arrumou um revolver com o chofer de um caminhão do mercado que lhe deu para vender. Após discursarem no quarto sobre suas vidas e seus modos para resolver os problemas que estavam enfrentando, Paco pergunta ao colega se havia vendido o revolver, e o mesmo o diz que não. Tonho tinha medo que a policia o pegasse já que suas roupas estavam em mal estado e seria um suspeito fácil para desconfiarem, e esse mesmo pergunta de novo ao Paco se ele não poderia emprestar seu tênis para que possa fazer a entrevista de emprego e sair dessa vida. Novamente recebe um não como resposta, e paco ainda afirma que nunca ninguém havia o ajudado e assim não teria porque ajudar alguém, após discutirem isso Tonho chega a uma conclusão que seria benéfica aos dois, ele conseguiria o tênis que almejava e seu companheiro de quarto, a flauta que o rendia o sustento.
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