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Resumo Crítico - O Caso dos Exploradores de Caverna (Lon Fuller)

Por:   •  10/8/2020  •  Resenha  •  1.140 Palavras (5 Páginas)  •  325 Visualizações

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O Caso dos Exploradores de Cavernas

Resenha crítica

  O livro trata-se de uma ficção ocorrida em 4299, com o comando de Stowfield na Whetmore Company, em que seu proprietário Roger Whetmore, também espeleólogo juntamente com outros quatro estudiosos, partem para a exploração do interior de uma caverna de rocha calcaria. Após algum tempo de caminhada no interior da caverna, blocos de pedras fecharam a entrada impossibilitando que eles conseguissem sair. Com a demora para voltarem para suas casas, suas famílias notificaram a falta e foi montado uma equipe para o resgate.

   Porém, quando chegaram no local, a primeira equipe evidentemente achou algumas dificuldades, notando que seriam necessários vários equipamentos e pessoal para que conseguissem efetuar o resgate. Assim que foram feitos os primeiros contatos com a equipe de resgate, Whetmore percebeu que, talvez, o tempo necessário para a libertação ultrapassasse os limites dos suprimentos que eles haviam levado consigo.

   A crise se instaura no momento em que os exploradores ficam sabendo que o resgate levaria cerca de 10 dias e levantam, diante das dificuldades em que eles se encontram, a possibilidade de utilizarem carne humana para sobreviver até o encerramento do resgate. Obviamente ninguém se mostrou favorável pois diante das regras naturais, isso parecia monstruoso.

  Diante de tal situação, Whetmore propôs para os companheiros que seria aconselhável que um deles fosse sacrificado para que os outros pudesse sobreviver. Analisando se seria coerente tirar na sorte, nenhum dos médicos, juízes, padres ou autoridade governamental assumiu a responsabilidade de responder à pergunta.

  Nessa situação podemos falar como exemplo as favelas cariocas, que com a ausência estatal, os criminosos criam suas próprias normas de conduta, e evidentemente, na caverna elas também forma criadas. Whetmore foi o primeiro a propor que um deles ‘ofertasse’ sua vida para que os outros sobrevivessem.

  Depois de vários debates, todos concordaram com a situação, e assim, criaram uma espécie de jogo da sorte em que, por final, o próprio autor foi escolhido. Porém, após ser sorteado, Whetmore se arrepende e deseja ficar vivo, alegando uma possibilidade de resgate, logicamente, todos os outros discordaram, até pelo fato de que ele mesmo propôs isso. E então, retiraram a sua vida, mesmo com sua discordância. Os espeleólogos forma socorridos e levados para tratamento, mas ao serem apresentados às autoridades, foram condenados.

  No brasil, no dia 23 de junho de 2018, 12 meninos foram passear pela província tailandesa de Chiang Rai com seu técnico de futebol, começou a chover muito forte, e eles foram fugir da chuva em uma caverna, na qual ficaram presos após a água tomar conta de todo o caminho de saída, onde sem equipamentos os mesmos não conseguiriam sair.

  O que sucedeu naquelas duas semanas foi uma notável história de amizade e resistência humana. Eles foram encontrados após 9 dias de procura, foram encontrados com vida, mas em uma área de difícil acesso, um resgatista da elite da Marinha do tailandesa morreu ao tentar ajudá-los.

  Com isso, podemos fazer uma comparação com a história dos exploradores de caverna, porque nesse caso eles não precisaram sacrificar ninguém para servir de alimento? Nos faz pensar. O ser humano ficaria até 25 ou 30 dias sem comer. Ficar apenas 10 dias em uma caverna e já vir a mente a proposta de sacrificar alguém, soa muito desumano.

   A obra “O Caso dos Exploradores de Cavernas” trata de um caso fictício em um país hipotético. A ficção apresentada pelo autor é uma forma de conhecer as principais linhas e correntes de pensamento.

  É uma grande alegoria em que se consegue observar dois momentos claros: a primeira parte é referente ao fato, e a segunda parte, refere-se ao julgamento do fato. Porém, não se confunde a caverna desta obra com a de Platão, onde a ausência de percepção foi dada em virtude do encarceramento das mentes das pessoas, porque nesse caso, as pessoas estavam encarceradas e sem condições de qualquer outra percepção que não a própria sobrevivência, e diante da falta de expectativa de resgate.

  A obra tem como ponto central a execução do justo e a aplicação do direito ao caso concreto. Nesse aspecto poderia entrar em uma discussão da formação da lei que se origina da sociedade e discutir de que maneira ela está modelada, ou seja, como vive e como se relaciona o brasileiro diante das normas.

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