Síria - Os conflitos que assolam um país.
Por: Roberto B. A. Guimarães • 18/4/2016 • Artigo • 4.725 Palavras (19 Páginas) • 501 Visualizações
História
Durante vários milênios o território que hoje configura a Síria atual, já foi ocupado por diversos povos. O povo Assírio (povo que ocupava a então Assíria), por exemplo, foi uma das primeiras civilizações mesopotâmicas na antiguidade, revezou o poder regional, sob fortes guerras, entre outros povos como: Os Caldeus, Sumérios, Medos e Persas. Também fez parte, como província, do Império Romano e posteriormente do Império Turco Otomano, este último que influenciou fortemente o Islamismo na região, como religião dominante, e tal influencia perdura até os dias atuais. Na idade moderna a Síria foi conquistada pela França(1920), e teve a sua independência no ano de 1946. Agora como país livre e em contrapartida muito Instável internamente como país independente, devido a conflitos pela posse do poder e controle político entre grupos dominantes rivais, seguiu-se então diversas guerras civis que destruíram o país, mediante diversos golpes de Estado.
A Síria sempre foi inimiga de Israel, desde a sua formação do Estado Israelense, em 1948. E esteve presente em todos os conflitos iniciais, orquestrados pelos países árabes, dos quais a Síria também fazia parte. Em todas as guerras contra o Estado Israelense, Israel saiu vitoriosa. Confirmando a sua hegemonia na região.
Desde 1963, o partido Ba’ath governa a Síria. Em pouco tempo que chegou ao poder implantou um regime autoritário, impondo a censura à imprensa e decretou um Estado de Emergência em todo o país. Que é quando o governo pode tomar medidas que contrariam os direitos civis em nome dos ideais do Estado, efetuando prisões, impondo toques de recolher, entre outras medidas.
Bashar Al-Assad chegou ao poder em 2000, quando seu pai o então ditador Hafez Al-Assad veio a falecer. Bashar Al-Assad prometeu uma série de reformas que nunca foram realizadas.
Atualmente o país é governado pelo então ditador, acompanhado de uma espécie de Cartel formado por governistas e empresários, os quais monopolizam os lucros e as riquezas geradas pelo país, impedindo a distribuição de renda e promovendo a opressão através de grandes lucros em detrimento do sofrimento dos menos favorecidos.
Território
A Síria tinha uma população estimada em 22,85 milhão (2013, Fonte: Banco Mundial), e dados mais recentes estimam uma população média de 17,95 milhão em 2014 (Wikipedia). O território sírio faz fronteira com o Líbano; Turquia; Iraque; Jordânia e Israel. No entanto, desde o início da guerra civil(2011) o controle real do governo sírio estende-se a apenas 30-40% da área do país e abrange menos de 60% da população.
A primavera árabe
Vários países do Oriente Médio, sobretudo os países de predominância árabe, foram marcados por protestos em larga escala. A população, cansada da opressão por parte dos governos locais, reprimidas dos seus direitos como cidadãos, sofrendo com altos índices de desemprego, falta de alimentos, altos impostos, leis opressoras, riquezas monopolizadas por pequenos grupos privilegiados, violência policial, entre outros fatores; deram o seu grito de socorro e de revolta para o mundo.
Através da internet, meio o qual os governos ditatoriais não conseguiam controlar, a população destes países se organizaram e foram para as ruas com todas as suas revoltas e esperança de mudança.
A Primavera Árabe, como é mundialmente conhecida, teve seu início na Tunísia, seguido de Argélia, Jordânia, Omã, Egito, Iêmen, Djibouti, Somália, Sudão, Iraque, Bahrain, Líbia, Kuwait, Marrocos, Mauritânia, Líbano, Arábia Saudita, Síria, Emirados Árabes Unidos e Palestina. Mas, foi no Egito que os protestos revolucionários ganharam repercussão na mídia internacional.
A Síria, foi o único país até hoje, que não conseguiu derrubar o governo do ditador Bashar Al-Assad. Amargando numa guerra civil interminável e sangrenta, onde as vítimas deste conflito se aglomeram em campos de refugiados, e em fuga para várias regiões do mundo, como a Turquia, que recebeu o maior número de emigrantes. Atualmente o movimento migratório dos refugiados da Síria está direcionando o foco aos países ricos da Europa, aonde chegam aos milhares; famintos, doentes, sofridos e com a única esperança: de conseguir ficar longe da opressão e das áreas de conflito.
A Guerra Civil na Síria
A Guerra Civil Síria teve início nos protestos, na tão conhecida Primavera Árabe. O povo clamava por um governo mais democrático e menos opressor, quando então o governo local, no comando do ditador Bashar Al-Assad, ordenou a execução de vários manifestantes, e muitos bombardeios a cidades e vilarejos considerados REBELDES. O resultado foi trágico, um verdadeiro “banho de sangue”, muitas pessoas mortas entre mulheres e crianças. O Governo dava a resposta ao povo, de que não iria deixar o poder, e que iria até as últimas consequências para se sustentar.
A imprensa internacional divulgou por semanas a fio a situação que se encontrava a Síria no início do conflito. Mas, não teve muita atenção dos países dominantes, e uma intervenção é esperada até hoje. Motivo da não intervenção da ONU: Interesses Americanos, Já que os EUA era, outrora, o principal aliado da maioria dos governos ditadores que caíram durante a Primavera Árabe. Nada pessoal tal apoio, tudo pela “petro-economia” americana. Lembrando que a Rússia é o principal aliado do Regime do ditador Bashar Al-Assad.
Fome, cidades inteiras reduzidas à pó, famílias destruídas, doentes aos milhares, condições sub humanas de saneamento e saúde, entre muitas outras mazelas, fazem da Síria atual um cenário apocalíptico e totalmente desprovido de esperança.
A situação da Síria desde o início do conflito (2011), já estava miseravelmente difícil. Com o surgimento do Estado Islâmico e a sua “guerra santa”, a problemática tornou-se ainda pior. Já que na fase inicial do conflito era somente governo e rebeldes.
A Origem do Islã
No dia 6 de abril de 570, nasce Maomé. De família nômade que pertencia ao Clã dos Hachemitas, teve contato com muitas culturas e povos desde a infância. No ano de 595, jovem e pobre, conheceu uma viúva muito rica e influente na cidade de Meca, com a qual se casou; o seu nome era Kadhija, ela tinha 40 anos de idade. Percebeu em Maomé uma grande aptidão para o comércio, Maomé se tornou um grande comerciante, e as suas caravanas percorriam grandes extensões territoriais em toda a Ásia.
Maomé havia conhecido, além das culturas dos diversos povos, muitas religiões, mas foi inicialmente no judaísmo e no cristianismo que teve os seus contatos mais profundos como religião.
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