A Sociedade em Rede Do Conhecimento à Ação Política
Por: cdmatheus-1997 • 31/7/2016 • Dissertação • 1.306 Palavras (6 Páginas) • 565 Visualizações
Universidade Federal da Bahia[pic 1][pic 2]
Instituto de Humanidades, Artes e Ciências HACA01 – Estudos sobre a contemporaneidade
A Sociedade em Rede Do Conhecimento à Ação Política
“A Sociedade em Rede para lá dos Mitos: As Descobertas da Investigação Acadêmica” (CASTLLES, 2004)
Matheus Dantas cdmatheus@hotmail.com
O presente livro em foco, foi fruto reflexivo da Conferência promovida pelo então Presidente de Portugal Jorge Sampaio, e 2005, visando provocar diálogos e buscar diretrizes aos novos rumos que a humanidade vem traçando, a terceira onda da sociedade em rede.
Organizado por Manuel Castells Professor de Comunicação, Tecnologia e Sociedade na Wallis Annenberg School of Communication, Universidade do Sul da Califórnia, Los Angeles e o Professor na Universidade Aberta da Catalunha (UOC), Barcelona Gustavo Cardoso Professor de Ciências da Informação e Comunicação, Departamento de Ciências e Tecnologias de Informação, ISCTE, Lisboa, Portugal.
Conforme prefacia e justifica no livro originado do fórum com o ex presidente Sampaio, esta reflexão sobre os percalços e oportunidades ao alcance da sociedade portuguesa no contexto global de construção de sociedades em rede, sob a batuta acadêmica do Professor Manuel Castells, por ser um dos mais brilhantes e reconhecidos teorizadores da mudança social na era digital. Nos dois dias do seminário por ele organizado em colaboração com Gustavo Cardoso, foi possível, apresentar e discutir perspectivas atualizadas sobre as principais tendências de evolução em direção à sociedade em rede.
Define-se a sociedade em rede como a teia (web) social, operadas por tecnologias de comunicação e informação digitais de computadores que geram, processam e distribuem informação a partir de conhecimento acumulado nos nós dessas redes.
Conforme afirma Castells, a comunicação em rede transcende fronteiras, a sociedade em rede é global, baseada em redes globais. Então, a sua lógica chega a países de todo o planeta e difunde-se através do poder integrado nas redes globais de capital, bens, serviços, comunicação, informação, ciência e tecnologia.
Conceitua ainda (2004), aquilo a que chamamos globalização ser outra maneira de nos referirmos à sociedade em rede, ainda que de forma mais descritiva e menos analítica do que o entendimento de sociedade em rede, implica.
A obra analisa ainda os padrões e as dinâmicas da Sociedade em Rede na sua dimensão de definição de políticas, numa abordagem que nos leva a interrogar a formação de conhecimento a partir do conhecimento baseado na tecnologia e na inovação até à reforma organizacional e modernização do setor público, passando pela regulação da mídia e pelas políticas de comunicação.
A Sociedade em Rede é a nossa sociedade, (2004) a sociedade constituída por indivíduos, empresas e Estado operando num campo local, nacional e internacional.
Nesta linha do tempo 2004/20016, se debruça nossa dissertação reflexiva, por método comparativo os enunciados discutidos na época do livro em tela.
De lá para cá, no presente 2016, á medida que vamos também refletindo os questionamentos levantados em 2004, quando ainda não havia o marco regulatório da internet, nem recursos tecnológicos de rastreamento eletrônico, em que a rede mundial de computadores deixa de ser considerado território sem lei, onde o usuário poderia se esconder no anonimato. Entretanto se por um lado os cyber crimes são cada vez mais sofisticados, por outro lado, governos como o da China já admitem ter criado um exército de Hackers para contingenciar ataques cibernéticos e disseminação de, por exemplo. o da Organização terrorista Estado Islâmico, que se vale da web para recrutar novos adeptos, que demandam cada vez mais desenvolvedores de rastreamento, o que leva à restrição das liberdades individuais, como o direito à privacidade.
Interessante ressaltar que o autor afasta veementemente a possibilidade da realidade imitar a ficção, na formação de um governo global evocando o livro escrito em 1949, George Orwell, um ano antes de morrer tuberculoso, o Nineteen Eighty-Four ( 1984 ), batizando-o de Big Brother, o Grande Irmão, que tudo via, tudo sabia e tudo previa - o invisível senhor de uma engrenagem totalitária que movia guerra ao mundo e aos seus poucos opositores.
Neste particular, mais assertivas foram as “profecias” do renomado economista americano Alvin Toffler, “futurólogo”, autor de best sellers como A Terceira Onda e O Choque do Futuro, que venderam milhões de exemplares em todo o mundo. Ainda nos anos oitenta do século passado, Toffler previu que neste futuro que hoje vivenciamos, o sistema em rede de informações em tempo real seria parte agente de transformações em que o imponderável poderia dar rumos imprevisíveis na geopolítica mundial.
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