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A mundialização do Capital e a Expansão do Poder Americano

Por:   •  16/3/2017  •  Resenha  •  732 Palavras (3 Páginas)  •  994 Visualizações

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A Mundialização do Capital e a Expansão do Poder Americano – Maria Conceição Tavares e Luiz Gonzaga Belluzzo

Por: Fabrício de Souza Duarte

Trata-se de uma análise histórica acerca das relações existentes no sistema capitalista desde o seu processo de surgimento (pós-Revolução Industrial) e posterior expansão em nível global. A expansão do capital, segundo os autores, “tem sua expressão mais geral na apropriação privada da riqueza e na vocação compulsiva para a acumulação sem limites”, “tem ciclos de acumulação, de incorporação de progresso técnico, de valorização e desvalorização do capital financeiro, e de deslocamento espacial. A conquista de novos mercados, a incorporação de novos consumidores e a expansão da força de trabalho a taxas de exploração variável, são forças imanentes da concorrência capitalista”.

A nova ordem mundial que se instaura, sob os princípios do liberalismo, introduz a economia mundial, especialmente os países “do centro” em um elevado nível de desenvolvimento. A economia mercantil, pautada pelo protecionismo comercial e caracterizada por relações limitadas entre os países passa a ser substituída por novas relações de consumo e comércio internacional. As sucessivas Revoluções Industriais que se seguem a partir do século XVIII alteram toda a estrutura do processo produtivo, consubstanciando a expansão das escalas de produção, das manufaturas e dos investimentos que a sociedade em transição exigia. O final do século XIX e início do século XX foi caracterizado pela inserção de países antes considerados periféricos à nova zona de influência da economia mundial, casos de EUA, Alemanha e Japão, que, segundo os autores, através de suas estruturas capitalistas, emergiram como novas potências, inaugurando um período de grande rivalidade internacional.

Os Estados Unidos, no decorrer do século XX, consolidaram-se como uma superpotência, desbancando a hegemonia inglesa. Isso porque, ao término do século XIX, o país já era a maior economia industrial do planeta, segundo Tavares e Belluzzo, “tornando-se poderoso competidor nos mercados mundiais de alimentos, matérias-primas e manufaturas”. O fato é que hegemonia britânica foi conhecendo sua derrocada a partir da internacionalização do capital norte-americano e pela sua própria fragilidade em coordenar as finanças internacionais, sobretudo no período anterior a I Guerra Mundial. A década de 1920, para os autores, “foi um período de expansão – embora desequilibrado – para o capitalismo americano, consolidando uma sociedade de consumo de massas, na Europa, as hiperinflações e os programas de estabilização na Alemanha e na Europa Central, as políticas de stop and go na Inglaterra e a crise econômica no norte da Europa geraram desempregos e tensões sociais […]”. Em suma, pode-se dizer que os desequilíbrios observados no continente Europeu, bem como as crises política, social e econômica, de certa forma, contribuíram para elevar os EUA à condição de País dominante no âmbito global.

O texto desenvolve-se no desenrolar das Guerras no continente europeu e suas consequências no meio político e na economia mundial. O Poder americano, que no entre guerras e após o término da II Guerra Mundial consolidou-se como único

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