Historia do Pensamento Economico I
Por: Stefany Reis • 28/3/2016 • Abstract • 1.778 Palavras (8 Páginas) • 500 Visualizações
1) A transição do feudalismo para o capitalismo teve início na idade média baixa, como consequência de vários fatores. A sociedade já passava por mudanças na forma de pensar dos homens, as práticas mercantilistas (altos impostos, restrições de mercado impostas pelo Estado como o pacto colonial) iam contra as vontades da burguesia, que lutava pelo livre comércio. A igreja, que condenava a usura, também desagradava a nova classe que estava em ascensão. O iluminismo surgiu nesse contexto, em que o homem burgues começa a questionar o papel das 2 grandes instituições, o Estado e a Igreja, na sociedade em que vive. Surge uma nova forma de ver o mundo, em que tudo deve ser explicado e comprovado. O Homem passa a ser o centro de tudo.
2) Weber em sua obra a respeito da ética protestante e o capitalismo defende a ideia que o capitalismo iniciou antes do protestantismo e, portanto, não foi uma consequência do protestantismo, foi o que fortaleceu a nova religião como modo de ver o mundo. O que diferencia o capitalismo dos outros modos de produção não são as trocas e sim a acumulação de lucro, a entrada de capital cria novas formas de relações em que as ações são guiadas pelo gerenciamento de finanças através da contabilidade e organização de trabalho racionais. Dois comerciantes, que tem a mesma atividade podem obter resultados diferentes conforme a organização de seus negócios. Se o 1º trabalha apenas para manter seu nível social e manutenção da sua riqueza enquanto o outro investe mais de seu tempo e utiliza da racionalidade para organizar seus subordinados a fim de obter mais lucro, este primeiro aos poucos perde na concorrência de preços.O protestantismo não surgiu com o capitalismo, ele ganhou popularidade entre os burgueses comerciantes durante o período pois diferentemente da igreja católica crista, não condenava a acumulação de lucros e incentivava o trabalho pois este passa a ser enaltecido. Os trabalhadores por outro lado, não compartilhavam do mesmo desejo, assim sendo, um empregador que deseja pagar mais por tarefa feito ao trabalhador acaba de fato lucrando menos, pois o trabalhador se dedica apenas o suficiente a fim de manter a remuneração de antes. Deste modo, a solução encontrada pelo capitalista é diminuir a remuneração do trabalhador para forçá-lo a trabalhar mais pois esse tende a buscar apenas o suficiente para sua subsistência, porém deve haver um equilíbrio uma vez que a qualidade do trabalho também é afetada negativamente conforme a diminuição dos salários.
Karl Marx em sua obra afirma que o capitalismo teve início na separação do homem de seus meios de produção, que de fato ocorreu durante o período de cercamentos em que vários servos foram expulsos dos feudos para que estes fossem usados na criação de ovelhas para obter a matéria-prima das manufaturas que estavam começando a se desenvolver nos grandes centros urbanos. Sem ter como obter sua subsistência no campo, estes trabalhadores se veem forçador a oferecer seu trabalho nas cidades dando origem a um grande contingente de mão de obra de trabalho. A mão de obra em excesso foi absorvida pelas indústrias manufatureiras que cresciam devido a grande quantidade de capital acumulado durante o auge do mercantilismo que eram aplicados nesta nova atividade econômica. O capitalista, dono dos meios de produção, aluga a força de trabalho e remunera com o salário, porém este pagamento não corresponde de fato ao valor produzido pelo operário, esta apropriação do trabalho sem remuneração é o que dá origem ao lucro.
Karl Marx e Weber divergem em vários aspectos em suas teorias porém ambos concordam que o capitalismo tem em sua essência a acumulação de capital e aplicação do mesmo para produzir mais capital.
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4) Mercantilismo se caracteriza por ter como ideologia de que a base para um Estado saudável e forte é a acumulação de metais(ouro e prata), era sustentada pela balança comercial favorável, isto é, exportar mais do que importar pois a concorrência era arma para enfraquecer as outras nações.
Essas práticas que eram mantidas através dos pactos coloniais e do protecionismo executado pelo estado que barravam as cooperações internacionais. As políticas internas incluíam o desenvolvimento da infraestrutura necessária para melhorar o comércio, isto é construção de estradas e desenvolvimento das manufaturas assim como promover o aumento da população para também aumentar a mão de obra disponível e melhorar a produção. O lucro no mercantilismo provém do comércio.
5) Mercantilismo não é uma escola e sim uma doutrina pois os autores que estudam e a defendem divergem muito em suas teorias.
Thomas Munn defendia a ideia de que para obter sucesso um país deveria exportar mais do que importar e chegou a conclusão de que o comércio interno é desvantajoso pois o lucro de um indivíduo implicaria na perda de outro.
Gerard Malynes Defende os mercadores e que o governo devia intervir nas relações de troca porém também percebeu que maior volume de moeda em um país aumentaria as trocas e consequentemente acarretaria em um mercado mais competitivo e preços menores.
Jean Baptist Colbert ao contrário de Charles Devenant era a favor do comércio interno e defendia os mercadores. Colbert também era nacionalista, militarista e defendia a ideia de que uma nação se torna mais rica ao custo de outra.
William Petty era mercantilista, percursor da economia clássica, que defendia os interesses do agricultor, acreditava na divisão do trabalho como forma de aumentar a produtividade, entendia que o capital deve circular rápido para diminuir a quantidade de dinheiro necessária nas transações e até mesmo recomendou a venda do ouro excedente. Petyr introduziu a ideia de que o trabalho é a medida do valor em que “o trabalho e o pai e a terra é mãe da riqueza”. Primeiramente defende que o lucro provém da diferença de preços da data em que o produto é adquirido e a data da venda, uma ideia mais madura o lucro é a diferença de preço regional através da compra em um local vantajoso e venda num local com preço superior que já é pressuposto para sua teoria de renda fundiária onde a terra mais próxima do local de venda tem maior renda pois o valor de transporte é menor.
Bernard Mandeville em “A Fábula das Abelhas”: a busca individualista promove a prosperidade da sociedade.
6) A Espanha foi o país que mais acumulou ouro e outros metais durante o período devido a exploração de suas colônias nas Américas, porém ao voltar toda a atenção para o comércio além-mar não chegou a desenvolver as manufaturas nem o mercado interno. Como consequência, a população enfrentou uma alta inflação e todo o ouro foi escoado para os outros países de quem importavam os produtos para abastecimento interno. Depois desta experiência o objetivo principal do mercantilismo foi manter uma balança comercial favorável.
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