Os métodos lineares
Seminário: Os métodos lineares. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: indemoniada • 15/10/2013 • Seminário • 772 Palavras (4 Páginas) • 404 Visualizações
Os métodos lineares funcionam melhor em períodos de estabilidade relativa; entram em colapso em períodos de convulsão, como o que passamos agora. Isso sugere a necessidade de desenvolvimento de melhores métodos de planejamento não-lineares [TOFFLER,1985:200].
O planejamento tradicional baseia-se em diagnósticos do ambiente e na construção de modelos. Um modelo é sempre uma representação simplificada da realidade, pois é muito complicado incluir todas as variáveis na construção do mesmo. Sendo assim, geralmente ele não representa adequadamente a realidade complexa. Muitas variáveis que são descartadas durante a construção do modelo, podem se tornar relevantes, tornando grande a distância entre o modelo e a realidade. Assim, o planejamento tradicional tem um caráter normativo, concebendo planos "tecnicamente perfeitos", mas, que podem ser politicamente inviáveis.
Como o próprio nome sugere, o planejamento estratégico situacional [PES] parte de uma apreciação da situação e projeta ações para mudá-la, transformando crises em oportunidades. É um método que procura mudar a realidade, tendo em vista as dificuldades econômicas e aquelas de caráter político e social. "A proposta do Planejamento Situacional é conceber um plano de ação para cada problema, e atuar sobre a realidade cambiante, na mesma velocidade desta transformação" [IIDA,1997:14].
O PES difere do planejamento tradicional, já que este último produz um volumoso documento, segmentando o tempo em curto, médio e longo prazos, mas que pode distanciar-se da realidade logo no início de sua execução. Do contrário, o PES apresenta métodos e técnicas adequadas para descrever e interpretar problemas complexos de natureza social. É um modelo não-determinístico no sentido de não apresentar uma solução única para o problema. Essa situação é continuamente monitorada de modo que as ações se ajustem às circunstâncias situacionais do momento. Desse modo, a tarefa de planejamento ocorre continuamente, durante todo o tempo de execução do projeto.
Sabe-se que muitos estudos de planejamento se tornam obsoletos antes de serem divulgados. Quanto mais rápido o ritmo de mudança, maior é a extensão de tempo necessária e novamente, mais difícil se torna o processo. Também significa um aumento na velocidade da tomada de decisões, o que, por sua vez, introduz uma pressão maior sobre as equipes de planejamento para que façam avaliações mais rápidas e mais freqüentes de alternativas.
A menos que seja projetada, comunicada e executada no tempo real, está sempre inevitavelmente condenada à obsolescência no momento mesmo em que é lida. E mais: mesmo as melhores estratégias raramente levam em consideração mais do que umas poucas conseqüências que delas decorrem. Na vida real, os tomadores de decisões devem se ajustar continuamente a essas conseqüências e, no processo, se desviar do rumo claro definido anteriormente [TOFFLER,1985:209].
Para amenizar este problema, o planejamento situacional procura trabalhar próximo da ação, e isso quer dizer que se envolve com problemas de curto prazo, passo a passo. Pode-se evocar aqui aquele provérbio chinês que diz: "Para andar 10km é necessário dar o primeiro passo". Realizando este modelo de planejamento, assegura-se que esses passos sejam dados no sentido correto, para se
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