Resenha: As três economias políticas do welfare state
Por: Juliana Guimarães • 2/7/2019 • Resenha • 828 Palavras (4 Páginas) • 1.204 Visualizações
Resenha: As três economias políticas do welfare state - Gosta Esping-Andersen
Andersen, busca entender em seu texto, duas questões que norteiam os debates sobre o Welfare State. A primeira é: se a distinção de classe diminui com a extensão da cidadania social e a segunda: quais as forças causais por trás do desenvolvimento do Welfare State?
A partir desses pontos o autor discute sobre o tema apresentando um resumo ideológico da economia clássica.
Os economistas clássicos preocupavam se com a interação entre Capitalismo e bem estar social, e embora tivessem posicionamentos diferentes suas análises levaram a um relacionamento entre Estado e Mercado. Para Adam Smith, o mercado era o meio centralizador para a abolição de classes, visto que a interferência do Estado causaria protecionismo e consequentemente ineficiência, sendo portanto sustentador da classe. Em contrapartida, o mercado poderia destruir as classes.O repúdio a interferência do Estado se dava pelo fato de que este preservava privilégios absolutistas e intervenham nos ideais de liberdade e iniciativa.
Para os liberais, a inserção da democracia era uma ameaça a seus interesses visto que era um meio de reduzir os privilégios da propriedade, podendo assim usurpar ou destruir o mercado. Nesse sentido, tanto os economistas políticos conservadores quanto os marxistas compreenderam essa contradição mas com posições diferentes.
Como solução a possibilidade de democracia e consequentemente desvalorização da propriedade a economia política conservadora foi nacionalista, anti revolucionária e procurava reprimir o impulso democrático, preservando a hierarquia. Uma vez que a falta de autoridade resultaria em colapso da ordem social.
Em contrapartida, a economia política marxista defendia que o mercado enfatiza a desigualdade, gerando divisões de classes cada vez mais intensas.
Os economistas políticos clássicos deixam claro o motivo pelo qual as instituições democráticas deveriam influenciar o desenvolvimento do Welfare State. Os liberais temiam o comprometimento do mercado e a instauração do socialismo através da democracia plena, sendo portanto necessária uma defesa dos mercados contra a intrusão política.
As discussões acerca do Welfare State tem se mostrado pouco interessadas genuinamente no tema. É notável que os estudos sobre ele tem sido motivados por interesses como poder, industrialização e contradições capitalistas, e ao voltar ao foco do tema, é possível questionar a questão principal: o que é um Welfare State?
Os Welfares States se diferem entre si, mas há critérios que podem ser estudados na análises dos Estados. Um dos critérios utilizados é a questão das atividades rotineiras estarem ou não sendo voltadas pras necessidades do bem estar das famílias. Ao olharmos por essa ótica é possível perceber que até a década de 70, os Estados autoclassificados assim não faziam jus, por terem o foco em em outras questões como as administrativas e econômicas.
Uma outra abordagem conceitual descendem da distinção entre os Welfare States residuais e institucionais. Enquanto o primeiro só assume a responsabilidade quando a família ou o mercado são insuficientes, o segundo contempla toda a população, estendendo benefícios sociais a todas as áreas para o bem estar societário.
Ao analisarmos as variações internacionais dos
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