Resumos Economia Brasileira
Por: g3744 • 7/3/2019 • Resenha • 10.074 Palavras (41 Páginas) • 302 Visualizações
RESUMOS DE
ECONOMIA BRASILEIRA[1]
ÍNDICE
1950 a 1889: do Brasil Colônia ao Brasil Império ........ | 04 |
1889 a 1961: O Processo de Industrialização ................ | 10 |
1961 a 1974: A Crise dos anos 60 e o Milagre ................ | 12 |
1974 a 1984: Choques Externos, Ajustamento Macroeconômico e Transformação Estrutural .............. |
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1985 a 1992: Restrição Externa, Estagnação e Inflação | 20 |
1992 a 2002: Plano Real ......................................................... | 30 |
2003 a 2013: Governos Lula e Dilma .................................. | 40 |
1950 a 1889: do Brasil Colônia ao Brasil Império
1500 a 1550: Ciclo do Pau Brasil
Quando Portugal descobriu o Brasil, sua conjuntura política e econômica era muito positiva, sobretudo devido ao monopólio do comércio com as Índias. Não obstante, o Brasil aparentava ter pouca capacidade exploratória, uma vez que a população indígena era dispersa e desorganizada e não havia indícios de metais preciosos. A dotação inicial de fatores parecia, portanto, não promissora. Nesse sentido, Portugal inicialmente destinou seus recursos ao comércio com as Índias e a exploração do Brasil foi deixada em segundo plano até 1530, sendo a única atividade econômica a exploração extrativista de Pau-Brasil e de algodão levada à cabo por agentes privados.
Nos anos 1530 Portugal perdeu o monopólio do comércio com as Índias e nações rivais como Inglaterra, França, Holanda e sobretudo a Espanha colocaram ameaças de invasão caso Portugal não ocupasse o território. Pressionada, a corte portuguesa responde estabelecendo o sistema de capitanias hereditárias, largas faixas de terra distribuídas às elites portuguesas, nas quais foram introduzidas plantações de cana de açúcar. Isso de seu por três motivos. Em primeiro lugar, os portugueses tinham o know-how da produção de açúcar nas Ilhas de Açores. Um segundo motivo, as terras brasileiras eram férteis e a cana de açúcar se adaptava com o clima da região. Finalmente, o preço do açúcar estava bem valorizado na época.
Cabe salientar que as regras estabelecidas pela coroa portuguesa inibiram a produção de manufaturados no Brasil, não surpreendendo assim a inexistência de qualquer desenvolvimento industrial na colônia. Na realidade, com o Tratado de Panos e Vinhos celebrado com a Inglaterra nem Portugal experimentou um desenvolvimento da indústria.
1550 a 1680: Ciclo do Açúcar
Como dito, o açúcar foi escolhido para cultivo naquele momento devido ao conhecimento das técnicas de produção, investimento (sobretudo holandês) e mercado consumidor que demandava o produto.
A produção foi estruturada no sistema de plantation, caracterizada pela plantação de somente um gênero agrícola (monocultura), volumosa escala para cobrir os altos custos fixos (latifúndios), ausência de qualquer mobilidade social (mão de obra escrava) e orientação para o mercado externo (exportação).
No que toca à mão-de-obra, os índios não tinham perfil para o regime de plantation, e realmente muitos morreram. Não havia disponibilidade de mão-de-obra portuguesa para se enviar ao Brasil. Diante da situação de ausência de mão-de-obra tanto na colônia como na metrópole, Portugal resolveu optar por uma terceira via. Foi escolhida a mão-de-obra escrava africana, uma vez que Portugal já tinha conhecimento da compra e venda de escravos na África por meio das cidades na costa do continente.
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