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Resumo de Economia Brasileira II

Por:   •  17/11/2015  •  Exam  •  13.040 Palavras (53 Páginas)  •  532 Visualizações

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Resumo Economia Brasileira II - P1

Aula 1:

        Período de extremo crescimento econômico durante o período militar (legitimação do período militar imposto).

Antes desse processo de crescimento houve uma fase conhecida como PAEG, plano de ação econômica e reformas institucionais que modernizam o sistema financeiro nacional, criando o BC, por exemplo. Criação de vários mecanismos de credito e controle que dizia que os bancos comerciais emprestavam para o povo, por exemplo. O objetivo dessas novas instituições é captar recursos de um lado da população, aqueles que tinham muito e não tinham onde aplicar, e viabilização de novos investimentos (poupança)- nova institucionalidade financeira. Junto a isso surgiu o PAEG, que queria acabar com a inflação e permitir maior crescimento econômico.  

        Diagnostico PAEG com Campos: havia detectado um aumento de preços que se originou do conflito distributivo (os três setores que tinham frações na renda nacional, não queriam perder a sua parcela relativa nessa renda). As empresas, governos e trabalhadores não aceitam diminuir sua renda. Suponha que o governo aumento os impostos, isso impacto preços, e as empresas aumentam preços, e os trabalhadores querem aumento salarial, com isso, inflação. Com isso, elevada demanda agregada inviabilizando a queda de preços. O excesso de demanda causa inflação (ortodoxo), ou seja, o nível alto da demanda faz com que aumente a oferta monetária, ou seja, se você não controla a demanda, os preços não caem. Isso foi amenizado com a perda de salário real para os trabalhadores, pois seus salários eram reajustados na média da inflação dos anos anteriores, ou seja, controle salarial para diminuir a demanda agregada para diminuir a inflação. Isso também causa um maior controle dos custos das empresas, e como as empresas eram monopolistas há um aumento do mark-up. Portanto, houve um controle da inflação, caem os salários e com isso diminui a demanda, e aumenta os mark-ups para as empresas voltar a investir, mas isso não ocorre.

        Mesmo com a melhoria do mercado, houve uma mudança nos investimentos do governo. Antes o investimento era feito com o aumento da oferta monetário, pois não conseguir pagar suas dívidas exterior. Porém, no plano de metas enquanto a renda e a moeda crescem isso não é problema. O problema é quando a economia para de crescer e os gatos públicos continuar a subir o déficit volta a crescer, portanto, ainda há expansão monetária, causando inflação. Surge então o mercado da dívida pública, para controlar a quantidade de moeda na economia. Com isso, não haveria mais pressões inflacionarias. Ou seja, o governo deixa de se financiar por emissões monetárias e se financia com os títulos da dívidapública. Durante o PAEG não houve crescimento econômico, pois diminui demanda, pois os salários menores. Mas controlou a inflação.

        Com a entrada de Delfim o crescimento econômico está muito baixa. A inflação não é mais de demanda, e sim de custos. As altas taxas de juros cobradas pelo banco oneravam demais o capital de giro das empresas. Com isso, os empréstimos elevados eram repassados pelo seu preço, e causando mais inflação. Outro ponto era a baixa quantidade de vendas das empresas. Como a renda não cresceu as vendas também não aumentou. Diminuir o custo fixo presente nos preços, através de maior investimento.

        Foi um período de milagre porque houve aumento do emprego, queda na capacidade ociosa e aumento do crescimento sem causar inflação (curva de Philips), e porque não houve um déficit na balança comercial, ou seja, aumentou-se a exportação e a importação sem causar déficits na balança comercial por causada conjuntura econômica internacional. O governo interferiu nos preços da indústria com o CIP, quando os oligopólios falavam que iam aumentar o preço, o governo estudava esse aumento e permitia ou não.

Estímulos para construção civil e financeira. Ou seja, muito emprego, maior renda, maior demanda de aço, ferro, cimento. Isso faz com que o setor de bens duráveis volte a ser ativo na economia. O milagre foi então um momento de crescimento econômico liderado pela construção civil e setor de bens duráveis, decorrente da maior oferta de credito.

Como foi possível o aumento do consumo com os salários em queda?  Não foi o povo que financiou isso, foram às classes mais altas, e com aumento das classes mais altas da sociedade.

Aula 2 -  Continuação milagre econômico

        Expansão da demanda durante o milagre econômico: está ligada as instituições financeiras que ofertavam credito na economia e do outro lado está ligada as mine desvalorizações que contribuíram para a recuperação do credito externo, a soma desses dois fatores alavancaram a demanda interna e permitiram que houvesse o crescimento bem sucedido do milagre econômico.

        Instituições: Todo processo de montagem dessa nova institucionalidade permitiu que houvesse mais estímulos aos investimentos e a demanda interna na economia. Criaram-se novas instituições financeiras que pegavam os recursos na economia e os direcionavam para determinados segmentos que os demandavam. Destacam-se: BNDE, sistema bancário publico e privado (que é constituído por um conjunto de novos bancos investimento, desenvolvimento além dos comerciais) e os títulos da dívida pública que permitiu ao Estado recuperar sua capacidade de financiamento e investir novamente.

        Por algum motivo era preciso acreditar e fazer com que os agentes de uma hora pra outra tivesse interesse em poder direcionar seus recursos para novos produtos financeiros:

        - Bancos de investimento -  CDB (depósitos a prazo)

        - Financeiras: (criadas para dar credito direto ao consumidor) – letras de cambio

        - Caixas econômicas federal e estadual: cadernetas de poupança

Essas instituições passam a ofertar esses novos produtos financeiros. O interesse dos agentes dependia do quanto que ia render o dinheiro aplicado.

        Completando esse conjunto de instituições que acabou sendo lançado a partir das reformas (67) e colocado em vigor no milagre: Houve isenção fiscal na agricultura – redução de impostos sobre determinados produtos agrícolas e exportáveis; Sistema financeiro de habitação: recuperando ritmo da construção civil; política de mine desvalorização cambiais (68): antes se mantinha o câmbio valorizado para facilitar importação (processo de substituição das importações), depois houve o processo de leilão que colocou varias taxas de cambio, já após o plano de metas desvalorizamos o câmbio e convivemos com processo de alta inflação num contexto de desaquecimento econômico. Agora a intenção era recuperar as exportações do pais (comercio exterior começa a se expandir o final da década de 60 começo de 70) a política tenta manter o câmbio mais desvalorizado do que foi na época de substituição mantendo-o estável; esta política teve como objetivo incentivar a entrada de novos investimentos externos (já que no final do plano de metas teve uma forte saída). Quando o processo inflacionário se torna evidente que não seria eliminado no curto prazo, e conseqüentemente quem está exportando caso o cambio não mude na mesma proporção que muda os preços o exportador tem prejuízo. Ex.:  dólar fixo com inflação os custos deles (exportador) se elevam - mão de obra, matéria prima -  porem a receita será sempre a mesma o que desestimula esse processo. Na mine desvalorização em intervalos curtos de tempo (6, 3 e depois 1 mês) o cambio era reajustado conforme a inflação permitindo ao exportador racionalizar seus cálculos, visto que tinha uma expectativa de quanto o câmbio ia se desvalorizar, fazendo com que ele previsse suas receitas (afetava diretamente a balança comercial)

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